DIA A DIA

Bovespa perde 1,85% nos primeiros negócios; dólar atinge R$ 1,83
01/06/2010 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre perdas acentuadas desde os primeiros negócios desta terça-feira, primeiro pregão do mês. Analistas esperam uma rodada de negócios marcada por um renovado nervosismo em relação à crise na Europa.

A declaração do BCE (Banco Central Europeu), estimando perdas de 195 bilhões de euros no sistema bancário local (pelos próximos 2 anos) já derrubou a moeda europeia para sua menor cotação em quatro anos.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recua 1,85%, aos 61.878 pontos. Ontem, a Bovespa fechou em alta de 1,77%.


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O dólar comercial é cotado por R$ 1,832, em um acréscimo de 0,60% sobre o fechamento anterior. A taxa de risco-país marca 238 pontos, número 1,70% acima da pontuação anterior.

As principais Bolsas asiáticas concluíram os negócios de hoje em queda, a exemplo de Tóquio (recuo de 0,58%) e Hong Kong (retração de 1,36%), com a frustração dos investidores em relação aos dados do setor manufatureiro chinês.

Na Europa, a Bolsa de Londres cede 1,85%; a Bolsa de Frankfurt cai 1,64%.

Entre as primeiras notícias do dia, o escritório estatístico Eurostat revelou uma taxa recorde de desemprego (10,1%) em abril para os países da zona do euro. A Espanha, mais uma vez, surpreendeu, com uma taxa de 19,7%, o maior número da região.

Ainda no setor externo, pesquisas privadas e um relatório oficial apontaram uma desaceleração no nível de atividade do setor manufatureiro entre abril e maio. Para economistas, já se trata de um efeito das medidas adotadas recentemente por Pequim para conter um "superaquecimento" da economia e a formação de "bolhas" em ativos, principalmente no setor imobiliário.

Outros analistas preferiram enfatizar a repercussão da crise na Europa sobre um dos maiores exportadores globais.

No front doméstico, o IBGE divulgou que a produção industrial do país caiu 0,7% em abril. Trata-se da primeira queda após quatro meses de crescimento.

Analistas e investidores aguardam para as próximas horas a divulgação do índice ISM, relativo ao nível de atividade do setor manufatureiro americano, e os gastos de construção civil, também nos EUA.

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