DIA A DIA

Em dia "morno", Bovespa fecha em queda de 0,11% após rebaixamento da Grécia
14/06/2010 - Epaminondas Neto - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) finalizou o pregão desta segunda com uma modesta baixa, em outro dia de com um volume reduzido de negócios. Pela manhã, os mercados ganharam fôlego renovado com os números do setor industrial europeu, mas no início da tarde, o rebaixamento do "rating" grego desanimou os investidores na ponta de compra.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cedeu 0,11% no fechamento, aos 63.532 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,27 bilhões, abaixo da média do mês (R$ 5,1 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) recuou 0,20% no encerramento das operações.

"Com certeza, essa notícia [o rebaixamento do rating grego] já era esperada pelo mercado: não era possível que a Moody's não reduzisse a nota desse país. Mesmo assim, ainda acho que foi a principal causa para a queda no final do dia, porque sempre gera algum nervosismo", comenta Marco Aurélio Etchegoyen, da mesa de operações da corretora Diferencial.


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O dólar comercial foi vendido por R$ 1,808, em queda de 0,44%. Trata-se da cotação mais baixa desde 14 de maio. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,812 e R$ 1,796.

Entre as principais notícias do dia, a agência de estatísticas Eurostat apontou que um crescimento de 0,8% para a produção industrial do países da zona do euro no mês de abril sobre. Em relação a abril do ano passado, houve uma expansão de 9,5%, a maior taxa desde 1991.

A agência de classificação Moody's rebaixou o "rating" (nota para risco de crédito) da dívida soberana grega de A3 para Ba1, um degrau dentro do grau especulativo, a pior classificação. A agência justifica o ajuste pelos riscos associados ao pacote de ajuda da zona do euro e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

No front doméstico, o boletim Focus mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro já prevê um crescimento de,6,99% para o PIB (soma das riquezas do país) neste ano. A mediana das projeções anteriores foi 6,60%. O IPCA projetado para este ano recuou de 5,64% para 5,61%.

A balança comercial teve deficit de US$ 166 milhões na segunda semana de junho. No mês, o saldo comercial ainda é positivo em US$ 979 milhões, enquanto neste ano chega a US$ 6,588 bilhões, com média diária de US$ 59,9 milhões.

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