DIA A DIA

Bovespa cai 0,32% no fechamento; cautela por China afeta mercado
14/07/2010 - Epaminondas Neto - Folha Online

A expectativa pelos indicadores econômicos da China, um maiores compradores mundiais de commodities, elevou a aversão a risco dos investidores na rodada de negócios da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) nesta quarta-feira. Números ruins da economia americana também contribuíram para estimular as ordens de venda no pregão.

Na Bolsa brasileira, ações de empresas baseadas em matérias-primas, como a mineradora Vale, têm grande peso no "termômetro" Ibovespa. Por esse motivo, notícias do gigante asiático costumam afetar com força a Bovespa.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recuou 0,32% no fechamento, aos 63.479 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,71 bilhões, inferior à média mensal (pouco mais de R$ 5 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, registrou leve alta de 0,04%.


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"O dia foi de muita cautela, por conta da expectativa pelos dados econômicos da China, que saem hoje à noite. No final, isso acaba influenciando até mais do que um eventual resultado corporativo, mesmo que muito positivo", comenta da mesa de operações da corretora Diferencial. O profissional faz referência ao balanço da Intel, que apresentou números muito fortes na noite de ontem.

O dólar comercial foi trocado por R$ 1,764, em um acréscimo de 0,62%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,769 e R$ 1,757. O Banco Central brasileiro comunicou que o fluxo cambial do país está negativo em US$ 1,2 bilhão até a segunda semana do mês. No mesmo período de 2009, o saldo estava positivo em US$ 400 milhões.

Entre as principais notícias do dia, o banco central americano surpreendeu os mercados ao rebaixar suas projeções para o crescimento da economia local, agora situada numa faixa entre 3% e 3,5%. Em abril, as previsões de alta do PIB oscilavam entre 3% e 3,7%.

Horas antes, pela manhã, o Departamento de Comércio dos EUA já havia reportado um decréscimo de 0,5% nas vendas do setor varejista em junho, em um desempenho pior do que o previsto pelo mercado (expectativa de uma queda de 0,3%).

No front europeu, o governo do Reino Unido apontou uma retração no montante de pedidos pelos benefícios do auxílio-desemprego em junho, o menor nível em mais de 12 meses.

Ontem à noite, a Intel, maior fabricante de chips do mundo, informou um lucro líquido de US$ 2,9 bilhões, ou US$ 0,51 por ação, para o segundo trimestre, ante um prejuízo líquido de US$ 398 milhões, ou US$ 0,07 por papel, um ano atrás. Economistas de bancos e corretoras projetavam um lucro de US$ 0,43 por ação.

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