Em sabatina, Marina critica novo código florestal: “é estelionato ambiental” 15/07/2010
- Jair Stangler - Agência Estado
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, participou nesta quinta-feira, 15, em São Paulo, de uma sabatina promovida pela Record News e pelo portal R7. Entre outros temas, Marina aproveitou para criticar o código florestal aprovado na Câmara e diz que vai combater o projeto no Senado: “é estelionato ambiental”, afirmou.
Participaram da sabatina os jornalistas Christina Lemos, da TV Record, Eduardo Ribeiro, da Record News, Gisele Silva, editora de Brasil do R7, e o blogueiro Marco Antonio Araújo, do R7.
18h02 – “Precisamos de uma visão de País que nos coloque a altura do que somos, uma potência ambiental”.
17h58 – Perguntada sobre distribuição de camisinha, Marina diz que não entra na questão da Igreja Católica, mas defendeu que se tenha uma política preventiva: “Não é só uma questão de distribuir camisinha. É uma questão de educação. Você tem de ter uma política para a prevenção da gravidez precoce, das doenças sexualmente transmissíveis.”
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17h57 – Marina diz que só discute o segundo turno no segundo turno, e defende também um plebiscito para resolver a questão do aborto.
17h54 – Marina diz que já deu sua contribuição para o Ministério do Meio Ambiente e que existe uma gama de pessoas capacitadas para assumir a função no governo Dilma ou no governo Serra.
17h50 – Sobre a questão do ensino religioso nas escolas, Marina diz que não defende e nunca defendeu o ensino religioso nas escolas. “A vida toda combati o preconceito contra as pessoas que não são crentes. Nunca gostei daquela exposição sobre o presidente FHC, nunca gostei daquilo de dizerem que o Lula ia queimar bíblias. Então me causa um estranhamento ver que existe esse preconceito (contra quem tem fé).”
17h48 – “Acho muito positivo ter duas mulheres concorrendo, está mais do que na hora de ter uma mulher na Presidência”. Segundo ela, relação com Dilma é de amizade. “Tenhos carinho e respeito pelos dois (Serra e Dilma)”.
17h43 – Para Marina, não dá para tratar o chá do Santo Daime com preconceito. “Usado fora de contexto, pode causar problema. Tem essa função alucinógena, mas no contexto da religião, tem outra função”.
17h40 – Marina diz que nunca bebeu álcool e nunca fumou maconha: “só biotônico fontoura”. Sobre a descriminalização da maconha, a senadora diz que é contra, mas entende que isso deveria ser levado a plebiscito popular.
17h35 – Ainda sobre a polêmica do casamento gay, Marina diz que defende os direitos civis, mas que entende que o casamento é um sacramento e isso ela não defende. Sobre a adoção por casais gays, diz não ter opinião formada, mas que essa é uma questão para especialistas. Diz também que é preciso levar em conta que há muitas crianças abandonadas, e é melhor que elas tenham um lar.
17h30 – Para Marina, é possível fazer aliança programática na democracia. “Quero governar com os melhores do PT, do PSDB, e do PMDB. O PT achou que podia governar sem conversar com o PSDB, acabou ficando refém do fisiologismo do PMDB, o PSDB ficou refém do fisiologismo do DEM. Quero governar em cima de programa. Não precisa ser em troca de cargo. Muitas pessoas se mobilizam por achar que estão contribuindo para o País.”
17h25 – “A revolução cubana resgatou uma série de questões como a saúde, a educação, mas essa revolução precisa ser completada, isso só acontece com democracia”. Marina elogia a política internacional de Lula, sobretudo ao se aproximar da África. Para ela, por Lula ter sua história ligada à luta pela democracia, causou estranhamento o posicionamento assumido diante do Irã e de Cuba.
17h19 – “Nós tivemos ganhos com o Plano Real, tivemos ganhos com o Bolsa Família. Agora, os ganhos não devem levar à complacência, como se já estivesse tudo pronto, tudo feito”.
17h17 – Marina diz que o Brasil tem baixa inclusão digital, e que pretende ampliar o acesso à banda larga. Ela defende a atuação do Estado e da iniciativa privada para isso.
17h13 – Na volta do intervalo, Marina fala sobre educação. “Precisamos de um sistema nacional de educação integral. Precisamos investir mais na educação, na qualidade dos professores, computador nas escolas, utilizando o melhor da tecnologia digital, precisamos uma escola que seja favorável ao conhecimento, ao gosto de aprender. Nós queremos ensinar como aprendemos no passado, e isso não é mais possível”.
17h05 – Para a candidata, sua saída acabou forçando o presidente Lula a manter sua política contra o desmatamento. “A questão da ética é uma questão que eu tenho que ser vigilante onde eu estiver, eu fazia isso no PT, faço isso no PV. Mas mudar a visão sobre o que é o desafio desse século, comprometer o planeta pelo lucro de algumas décadas, isso eu não estava conseguindo fazer no PT.”
17h01 – Marina diz que o presidente também acaba sofrendo com as contradições da sociedade, nega que esteja poupando o governo Lula, mas diz não gostar do termo ‘falar mal’. “Eu não falo mal nem do vizinho…”. Mas, segundo ela, o governo Lula não entendeu o principal desafio do século 21.
16h59 – Segundo a senadora, como presidente, ela terá mais condições, porque o presidente dá as diretrizes do governo. Lembra que o programa de desmatamento do governo foi coordenado pela Casa Civil, que tem poder de convocação.
16h56 – Perguntada porque não fez as coisas que afirma que irá fazer enquanto era ministra, Marina diz que “as pessoas precisam entender que um ministro não tem todo esse poder, é uma pessoa dentro de um processo, há outros ministros.”
16h54 – Marina disse que foi favorável ao aumento para os aposentados, mas também foi favorável ao veto para o fim do fator previdenciário. “O País não tem condições de agüentar mais esse peso”
16h51 – “A reforma da previdência que eu defendo é a que sai da situação de dependência para uma situação de capitalização”. Marina lembra também que é preciso resolver a questão da informalidade para resolver a previdência.
16h43 – A candidata do PV diz que este está na hora dos programas assistenciais de 3ª geração. Elogia o Bolsa-Família, mas diz que “não podemos ficar presos a eles”. “Precisamos investir em educação, permitir que as pessoas saiam do Bolsa-Família”.
16h43 – Marina vê diálogo possível com a bancada ruralista no Congresso, caso seja eleita. “Tem o caminho de baixo, de quem quer derrubar a legislação ambiental. Precisamos seguir o caminho de cima, de investir em tecnologia, em conhecimento. Gostaria de chegar para os pecuaristas e dizer ‘vocês sempre foram vistos como os vilões. Mas se a gente investir em tecnologia, em conhecimento, vocês vão produzir mais e liberar 70 milhões de hectares do desmatamento e criar uma nova narrativa sobre esses produtos.”
16h42 – Marina diz que vai trabalhar no Senado para derrubar o novo Código Florestal.
16h38 – Marina volta a criticar o novo Código Florestal: “É um estelionato ambiental. Como ficam aqueles que, a duras penas, conseguiram cumprir a legislação ambiental? Nós podemos dobrar a nossa produção sem derrubar uma árvore. É um retrocesso.”
16h34 – Perguntada sobre a taxação de grandes fortunas, ela diz que essa questão deveria entrar na discussão de uma reforma tributária mais ampla, “porque o pobre paga mais de forma indireta”.
16h34 – Sobre Guilherme Leal, Marina diz que seu vice tem um grande compromisso ético e é fruto de sua própria educação.
16h32 – Perguntada sobre sua declaração de renda, Marina diz que, apesar de ter boa renda, optou por não juntar patrimônio e que parte de seu dinheiro é usado para ajudar sua família e para financiar sua luta ambiental.
16h29 – Marina, sobre a questão do plebiscito entre PT x PSDB: “No primeiro turno, a gente vota em quem a gente acredita, em quem a gente gosta”.