Bovespa abre em forte alta seguindo mercado externo; dólar vai a R$ 1,76 22/07/2010
- Folha Online
O mercado de ações brasileiro começou o dia em alta nesta quinta-feira, após a divulgação de indicadores positivos na zona do euro. As Bolsas na Europa e Estados Unidos também sobem e corroboram com o clima positivo na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
A zona do euro divulgou hoje que as encomendas à indústria em seus 16 países membros aumentaram 3,8% em maio ante abril e 22,7% ante maio passado, superando as expectativas de estabilidade. Além disso, o PMI (Índice dos Gerentes de Compra) preliminar para julho subiu para 56,7, o maior nível em três meses.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, sobe 1,89%, aos 65.696 pontos. Ontem, a Bovespa fechou com alta de 0,02%, quase estável.
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Em Nova York, o Dow Jones sobe 1,48%. Na Europa, a Bolsa de Londres sobe 1,28%, enquanto a de Frankfurt apresenta alta de 1,69%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,764, em queda de 1,12%. A taxa de risco-país marca 217 pontos, 4,82% abaixo do nível do fechamento anterior.
Prejudicadas pelo pessimismo no discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) ontem --que derrubou os índices norte-americanos e fez a Bovespa fechar estável--, as Bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio terminou com queda de 0,62%, enquanto em Seul a Bolsa caiu 0,76%.
Em testemunho preparado para apresentação ao Comitê Bancário do Senado, Bernanke afirmou que as perspectivas econômias no país continuam "atipicamente incertas". Ele disse, porém, que o banco central está pronto para adotar mais medidas para impulsionar o crescimento se for necessário.
Hoje, a agenda de indicadores é forte nos Estados Unidos. No início do dia, o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país subiram para 464 mil --aumento de 37 mil pedidos em relação ao último levantamento revisado, de 427 mil. A alta já era esperada pelo mercado.
Às 11h, serão divulgados as vendas de casas usadas no país em junho e os preços de imóveis.
No Brasil, o mercado pode repercutir hoje a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano. O ritmo menor de alta era esperado por parte do mercado, após indicadores mostrarem um arrefecimento na atividade econômica no país e nas pressões inflacionárias.
Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que a taxa de desemprego no país ficou em 7% em junho, abaixo dos 7,5% registrados em maio e dos 8,1% do mesmo mês no ano passado. O índice é o menor, para o mês, desde o início da série histórica, em 2002.