Bovespa perde 0,12% na abertura; dólar marca R$ 1,76 28/07/2010
- Folha Online
As ações brasileiras desvalorizam desde os primeiros negócios desta quarta-feira, após a divulgação de queda nos pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos. Ontem, a Bolsa fechou em alta pelo sétimo dia consecutivo.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cede 0,12%, aos 66.594 pontos. Na sexta-feira, a Bovespa fechou em alta de 0,38%.
O dólar comercial registra queda de 0,16%, em R$ 1,767. A taxa de risco-país marca 196 pontos, número 1,01% abaixo da pontuação anterior.
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Os pedidos de bens duráveis (itens com durabilidade mínima prevista de três anos) nos Estados Unidos tiveram queda de 1% (US$ 2 bilhões), para US$ 190,5 bilhões em maio, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio. A expectativa do mercado era de alta de 1%.
As principais Bolsas asiáticas encerraram os negócios de hoje com ações mais valorizadas, graças aos investidores animados com a queda do iene e os bons resultados trimestrais das empresas japonesas.
Outro fator de influência positiva foi a divulgação de comunicado do FMI (Fundo Monetário Internacional) elogiando o resultado da flexibilização da moeda chinesa, o yuan, e recomendando ao gigante asiático que reforce o consumo interno no país.
Na Europa, a Bolsa de Londres tem perdas de 0,63% enquanto a Bolsa de Frankfurt descende 0,45%.
Entre as primeiras notícias do dia, o Bradesco anunciou lucro líquido ajustado de R$ 4,602 bilhões no primeiro semestre. O resultado é 16,4% maior do que o apurado no mesmo período do ano passado, período subsequente à crise global em que os bancos brasileiros foram mais seletivos no crédito.
Além disso, o Dieese divulgou que a taxa de desemprego em São Paulo caiu em junho para o menor nível registrado para o mês desde 2001, em 12,9%. Na média do país, a taxa caiu de 13,2% para 12,7%. Em junho do ano passado, o índice havia sido de 14,6%.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que o ritmo de crescimento da indústria perdeu força ao final do segundo trimestre deste ano. O indicador de atividade encerrou junho em 51,8, ainda acima do nível de 50, o que demonstra crescimento. Em maio, o índice havia ficado em 54,9.
CAPTAÇÃO
O Tesouro Nacional informou na manhã desta quarta-feira o resultado final da captação externa com os bônus em dólar com vencimento em 22 de janeiro de 2021. O título, que havia captado US$ 750 milhões nos mercados da Europa e Estados Unidos, conseguiu exercer a totalidade do lote adicional de US$ 75 milhões na Ásia, fechando a captação de US$ 825 milhões.