DIA A DIA

Bovespa oscila após piora nos EUA; dólar é cotado a R$ 1,77
29/07/2010 - Folha Online

Depois de começar o dia em alta, a cautela tomou conta dos investidores no exterior, arrastando os índices nos Estados Unidos para o terreno negativo. No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) oscila, depois de ensaiar novamente o patamar de 67 mil pontos.

Mesmo com os dados econômicos e balanços corporativos positivos divulgados nesta quinta-feira, o mercado opera indeciso, aguardando o anúncio do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano no segundo trimestre, na sexta-feira.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cai 0,07%, aos 66.764 pontos. Na quarta-feira, a Bovespa fechou em alta de 0,20%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones registra desvalorização de 0,81%.


PUBLICIDADE


O dólar comercial registra queda de 0,05%, em R$ 1,770. A taxa de risco-país marca 204 pontos, número 0,99% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, a Comissão Europeia informou que a confiança econômica da zona do euro melhorou mais que o esperado em julho. O índice para 101,3 neste mês, ante a leitura revisada para cima de 99 em junho.

O desemprego na Alemanha diminuiu em julho para o menor nível desde novembro de 2008, caindo pelo 13º mês seguido e dando esperanças de retomada no setor de consumo. O número de alemães desempregados caiu em 20 mil com ajuste sazonal na comparação mensal, para 3,211 milhões de pessoas.

Nos Estados Unidos, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram para 457 mil -- 11 mil pedidos em relação ao último levantamento revisado, de 468 mil -- na semana passada. Os números surpreenderam positivamente o mercado, que projetava pedidos da ordem de 464 mil.

Além disso Southwest Airlines, ExxonMobil, Avon e Sony divulgaram resultados acima do esperado pelos analistas, trazendo novas boas notícias do setor corporativo.

No front doméstico, foi divulgada a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em que o Banco Central reduziu o ritmo de alta da taxa básica de juros para 0,5 ponto percentual -- a Selic está atualmente em 10,75% ao ano.

O Banco Central avaliou que os riscos para a inflação se reduziram no último mês, devido à reversão de parte dos estímulos introduzidos durante a crise financeira de 2008/2009. Além disso, a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica passou a ter um efeito desinflacionário.

Além disso, a FGV (Fundação Getulio Vargas) informou que a inflação mensurada pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, subiu 0,15% em julho, ante alta de 0,85% em junho.

Compartilhe: