DIA A DIA

Bovespa segue mercados no exterior e cai 0,46%; dólar mantém R$ 1,76
03/08/2010 - Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda desde o início do pregão desta terça-feira, após 11 fechamentos no positivo. O mercado doméstico está sendo influenciado pelo clima de pessimismo que tomou conta das Bolsas no exterior hoje, com dados econômicos e balanços corporativos negativos divulgados nos Estados Unidos.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cede 0,46%, aos 68.199 pontos. Na segunda-feira, a Bovespa fechou em alta de 1,48%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones cai 0,23%.

O dólar comercial registra alta de 0,57%, em R$ 1,761. A taxa de risco-país marca 208 pontos, número 1,96% acima da pontuação anterior.


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As companhias Procter & Gamble e Dow Chemical reportaram lucro e receitas abaixo do esperado pelo mercado. Os resultados ofuscaram os dados melhores que as previsões da farmacêutica Pfizer.

Além disso, um relatório mostrou que a renda pessoal e os gastos dos consumidores nos Estados Unidos tiveram queda de 0,1% em junho, segundo o Departamento do Comércio. A expectativa dos analistas do mercado era de ganho de 0,2% na renda e de 0,1% nos gastos, de acordo com pesquisa da Thomsom Reuters.

O Departamento também anunciou que os pedidos à indústria caíram mais que o previsto em junho, com redução de 1,2%. E um outro relatório, da NAR (Associação Nacional de Corretores de Imóveis, na sigla em inglês), apontou que as vendas pendentes de casas também tiveram queda no mês passado.

A combinação de resultados corporativos desapontadores e dados econômicos fracos lembraram aos investidores que as perspectivas para a economia continuam incertas. Além disso, o mercado está na expectativa dos dados do Departamento do Trabalho sobre o emprego, na sexta-feira. Os consumidores não devem aumentar significativamente seus gastos até que se sintam seguros sobre seus empregos.

Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em queda de 0,01% enquanto a Bolsa de Frankfurt subiu 0,25%.

Entre as primeiras notícias do dia, os preços ao produtor industrial subiram 0,3% na zona do euro em junho em relação a maio, segundo divulgação do escritório de estatísticas Eurostat. Nos países da UE (União Europeia), a alta foi de 0,2%.

No front doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a produção industrial brasileira segue há três meses sem avançar. Em junho, teve retração de 1,0% em relação a maio. No mês anterior, havia apresentado redução de 0,2% -- segundo dados revisados --, e, em abril, queda de 0,8%.

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