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DIA A DIA

Bovespa fecha em queda de 0,34%, à espera de decisão do Fed nos EUA
09/08/2010 - Giuliana Vallone - Agência Folha

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda nesta segunda-feira, pela segunda sessão consecutiva, com os investidores aproveitando para embolsar lucros. Em dia de agenda fraca, o mercado operou na expectativa da decisão do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) sobre os juros do país, na terça-feira, gerando bastante volatilidade ao longo do dia.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, caiu 0,34% no fechamento, aos 67.862 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,07 bilhões, abaixo da média diária. Nos EUA, o índice Dow Jones teve alta de 0,42% nas últimas operações na Bolsa de Nova York.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,752, em queda de 0,39%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,751 e R$ 1,759.


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"O dia foi bem parado na Bolsa, que operou com uma tendência para o terreno negativo. Nos Estados Unidos, não houve indicadores relevantes que pudessem definir uma direção para os mercados", afirmou Paulo Hegg, da UM Investimentos.

De acordo com ele, com o dia cheio na terça-feira, o mercado preferiu adotar uma postura de cautela nesta segunda. A queda nas ações da Petrobras ajudou a Bolsa paulista a fechar no vermelho. Os papéis tiveram desvalorização de cerca de 1%.

"O papel da Petrobras tinha apresentado alguma melhora nas últimas semanas, mas hoje voltou a cair. Isso mostra para o mercado que até sair a capitalização da companhia [prevista para setembro] o papel não vai andar", disse Hegg.

No exterior, os investidores aguardam o novo relatório a respeito da economia norte-americana que será divulgado ao fim da reunião do Fed na terça. Eles também querem saber se a autoridade monetária vai decidir reiniciar alguns dos programas de estímulo à economia para ajudar a recuperação a ganhar força.

O crescente temor do mercado sobre se a economia aumentou a importância da reunião do Fed. Dados econômicos divulgados recentemente mostraram que o ritmo de retomada da economia está desalecerando. E o presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou há algumas semanas que a perspectiva para a economia continua "atipicamente incerta".

O BC provavelmente manterá a taxa básica de juros dos EUA perto de zero, mas a autoridade monetária poderia sinalizar planos para reiniciar alguns dos programas de incentivo à economia, que acabaram por volta de abril, quando parecia que a recuperação ia bem.

Ainda no cenário internacional, o superavit comercial do Japão caiu 18,2% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 1,047 trilhão de ienes (US$ 12 bilhões), mas aumentou 47,3% no primeiro semestre em ritmo anual.

Na Alemanha, a balança comercial registrou superavit de 14,1 bilhões de euros (US$ 18,72 bilhões) em junho, frente aos 12,3 bilhões de euros (US$ 16,33 bilhões) contabilizados no mesmo mês de 2009.

No front doméstico, Bradesco e Banco do Brasil tiveram alta após o anúncio de que decidiram fazer uma aliança para iniciar atividades na África por meio das operações do português BES (Banco Espírito Santo) no continente. Os dois bancos também anunciaram hoje a entrada da Caixa Econômica Federal na bandeira Elo, lançada em abril em parceria das duas instituições. O foco da nova bandeira é a classe C e a população não bancarizada do país.

Além disso, o Banco Central divulgou nesta segunda o boletim Focus, que aponta que a estimativa do mercado para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano ante 2009 foi reduzida de 7,20% para 7,12%. A pesquisa mostra ainda diminuição na projeção para a inflação oficial, de 5,27% parta 5,19%, e para a taxa básica de juros, de 11,50% ao ano para 11,00%.

O superavit da balança comercial brasileira atingiu US$ 10,2 bilhões neste ano, até a primeira semana de agosto, contabilizando 150 dias úteis. A média diária de US$ 67,8 milhões representa queda de 42,7% ante o volume contabilizado no mesmo período do ano passado (US$ 118,4 milhões).

  

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