Bovespa sobe 0,79%, seguindo mercados no exterior; dólar cai a R$ 1,75 17/08/2010
- Folha Online
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) começou o dia em alta nesta terça-feira, acompanhando o movimento nos mercados internacionais após a divulgação de dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, sobe 0,79%, aos 67.229 pontos. Na segunda-feira, a Bovespa fechou em alta de 0,66%.
O dólar comercial registra queda de 0,22%, em R$ 1,753. A taxa de risco-país marca 202 pontos, número 1,94% abaixo da pontuação anterior.
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Na Europa, Londres tem alta de 0,83%, enquanto Frankfurt registra valorização de 1,20%.
O Departamento do Trabalho norte-americano divulgou que os preços no atacado subiram 0,2% em julho, reduzindo as preocupação com um movimento de deflação no país. Foi o primeiro aumento desde março. O número ficou em linha com as expectativas do mercado.
Com os temores do chamado "double dip" (duplo mergulho, ou seja, uma segunda desaceleração) em alta, havia preocupação de que os preços também começassem a cair. Isso, por sua vez, limitaria os ganhos corporativos, impedindo que as empresas voltassem a contratar. A alta taxa de desemprego é considerado o maior obstáculo para uma forte recuperação da economia norte-americana.
O Departamento de Comércio, por sua vez, afirmou que as construções de novas casas e apartamentos no país subiu 1,7% em julho, mas as licenças para novas obras caíram mais que o esperado no mês, em 3,1%. O indicador é considerado um bom termômetro da atividade futura.
As vendas de casas vêm sofrendo para recuperar força após o fim de um programa de incentivo fiscal do governo, em abril. Assim, sinais de estabilização no mercado são considerados positivos, após as fortes quedas que seguiram o término do benefício.
Além disso, o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) anunciou hoje que a produção industrial do país cresceu 1% em julho, ante a queda de 0,5% do mês de junho.
Os dados econômicos divulgados nos últimos meses mostraram quase sempre um ritmo lento de crescimento. Esses relatórios levaram alguns investidores a temer que o país voltasse à recessão. Assim, dados indicado melhorias, ainda que modestas, mostram a eles que a economia ainda está se expandindo.
Na Ásia, as principais Bolsas fecharam em alta, após um fechamento relativamente estável em Wall Street na véspera, com o mercado japonês, no entanto, registrando seu pior nível em oito meses.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio caiu 0,38%, para 9.161 pontos, pior nível em mais de oito meses, refletindo as preocupações com o crescimento econômico mais fraco.
O índice reduziu perdas após fontes afirmarem que o primeiro-ministro, Naoto Kan, e o presidente do BC japonês, Masaki Shirakawa, se reunirão na semana que vem, elevando a cotação do dólar ante o iene. Xangai subiu 0,38%, em 2.671 pontos.
No Brasil, a Receita Federal divulgou que a arrecadação de tributos no país fechou o mês de julho com um valor de R$ 67,973 bilhões, divulgou nesta terça-feira a Receita Federal. Com esse resultado, a arrecadação acumula R$ 447,464 bilhões no período de janeiro a julho deste ano.