DIA A DIA

Bovespa emenda quarto dia de perdas, em queda de 1,25%
24/08/2010 - Epaminondas Neto - Folha Online

A desconfiança do investidor sobre a recuperação da economia americana determinou o quarto dia consecutivo de perdas da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), na jornada desta terça-feira. Analistas chamaram a atenção para a forte queda nas vendas de casas nos EUA, o que derrubou as Bolsas americanas e europeias.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 1,25% no fechamento, aos 65.156 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,97 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 1,32%. Na Europa, a Bolsa londrina cedeu 1,5%.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,765, em baixa de 0,11%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,783 e R$ 1,763.


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"O mercado ainda continua muito preocupado com as incertezas da economia mundial. Além disso, as duas principais empresas da Bolsa [brasileira] não foram bem hoje. A Vale, que ontem foi bastante afetada pela questão da Potash, e hoje acho que foi mais prejudicada pela queda geral do mercado. E a Petrobras, que foi mais afetadas por questões corporativas mesmo", comenta Marco Aurélio Etchegoyen, da mesa de operações da corretora Diferencia.

A "novela" da capitalização ainda continua prejudicar os papéis da petrolífera, já que continua indefinido prazo da operação bem como seu montante. Especialistas recordam ainda o imbróglio sobre o valor do barril de petróleo para o mecanismo da cessão onerosa.

A ação preferencial da Petrobras desvalorizou 1,95%, enquanto a preferencial da Vale perdeu 2,3%.

Entre as principais notícias do dia, a entidade privada americana NAR reportou que as vendas de residências usadas nos Estados Unidos caíram 27,2% em julho, em um resultado ainda pior do que o esperado pelo mercado.

Ainda no front externo, a agência de estatísticas Eurostat informou que as encomendas à indústria da zona do euro subiram um pouco mais que o previsto para junho.

A FGV (Fundação Getúlio Vargas) apontou que a confiança do consumidor brasileiro aumentou entre julho e agosto. O índice que reflete o sentimento desse consumidor aumentou pelo sexto mês.

E o Banco Central registrou um aumento das taxas de juros praticadas no bancos no mês de julho. O juro médio atingiu 35,4% ao ano, o maior desde outubro de 2009. O volume de crédito contratado no país atingiu a marca de R$ 1,55 trilhão, o equivalente a pouco mais de 45% do PIB (Produto Interno Bruto).

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