CURTO & GROSSO

Edição de 01/10/2002

Marcos Antonio Moreira -- fazperereca@yahoo.com.br

O crime de pistolagem da hora -- a execução do empresário Sávio Brandão Lima, dono da Folha do Estado e da Rádio Cidade -- terá reflexos imediatos no cenário político estadual.

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A cinco dias da eleição, como última tentativa de deter a derrocada, a tucanalha -- como de hábito --, vai tentar "faturar" politicamente o lamentável episódio, encenando um "indignação" de jamais sentiu e anunciar providências "enérgicas e imediatas" que não adotou nas 132 execuções anteriores, registradas apenas este ano.

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Encenações tipo convocação da Polícia Federal, formação de força-tarefa e factóides do gênero.

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Se bem conheço meu gado, é possível, até, que promovam uma revoada até Brasília e tragam de lá mais uma declaração chorosa de FHC para inserir no horário eleitoral gratuito.

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Se bem conheço meu gado, vão trazer de lá a "garantia" de formação da tal força-tarefa, como a que foi enviada para combater o crime organizado no Estado do Espírito Santo.

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Se bem conheço meu gado, só não vão contar que, no Espírito Santo, os agentes da PF deslocados para lá estão sem as mínimas condições de trabalho e são obrigados, até, a pagar as despesas diárias com dinheiro do próprio bolso, porque o objetivo da tucanalha -- como sempre -- é o de enganar.

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Provavelmente, mais esta tentativa de tirar proveito político de uma situação criada por eles próprios não vai funcionar.

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O fato concreto é que, na opinião pública já está cristalizada mais que a sensação; está cristalizada a certeza de que também este crime vai ter a mesmíssima "solução" dos anteriores: nenhuma.

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Se nenhum outro foi esclarecido em oito anos como fazê-lo agora, em cinco dias?

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A morte do empresário empresário Sávio Brandão praticamente coloca uma pá de cal das pretensões do tucanato em Mato Grosso.

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A execução do empresário Sávio Brandão Lima, dono da Folha do Estado -- a 15ª, este ano, com o mesmo "modus operandi" --, lamentavelmente, deixa claro que Mato Grosso "avançou":

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A terra do 44 virou terra do 45.

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Recuerdos de Chacororé 1:

-- Dois patinhos na lagoa!

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-- Idade de Cristo!

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-- Lei de Mato Grosso!

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Nos jogos de bingo, em todo o país, os números 22, 33 e 44 são tradicionalmente "cantados" da maneira acima.

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Se, antes, havia ao menos alguma preocupação -- mesmo teatral -- no sentido de mudar essa imagem humilhante, desmoralizadora, a partir da Era Dantesca ou do Desfrute, nem isso há.

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Nunca o 44 cuspiu tanto estanho e vitimou tanta gente.

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O resultado é o vale-tudo, o salve-se-quem-puder que se instalou nos últimos sete anos, com a maioria tentando se safar como pode e uma minoria procurando tirar proveito da situação.

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Como já dissemos antes nesta Contagem Regressiva, ninguém, rigorosamente ninguém se sente seguro em Mato Grosso -- à exceção do Exmo. Sr. Dr. Governador do Estado, Comandante em Chefe do Batalhão de Trânsito e Herói de Carreira da célebre "Retirada de Mata Grande", porque este vive diuturnamente protegido por um batalhão de 76 Policiais Militares.

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A progressiva degradação do aparato de segurança, nos últimos sete anos, tem tudo a ver com o descompromisso, com o alheamento com que o setor é tratado e com a indisfarçável má-vontade demonstrada pelo governo no sentido de elucidar pelo menos os casos mais cabeludos.

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Neste particular, a execução do vereador Daniel Lopes da Silva, o Daniel do Indea, em Tangará da Serra serve de paradigma.

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O crime aconteceu há exatos sete meses e seis dias, a vítima pertencia ao mesmo partido do governador, ocupava um cargo de confiança por nomeação do próprio Sr. Dante Martins de Oliveira e o que se vê, decorrido todo esse tempo, é um constante troca-troca de delegados que nunca chegam aos verdadeiros culpados.

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Entre os moradores de Tangará da Serra é senso comum de que se trata de algo deliberado, proposital, visando, exatamente, não se chegar aos executores e mandantes.

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A propósito, o descrédito não se limita a Tangará da Serra, é generalizado, conforme se constata na enquete que pode ser acessada em nossa página inicial. Até o momento em que redigíamos estas linhas, do total de 6.476 votos, apenas 11 acreditavam no empenho do governador em esclarecer o caso.

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Não sem motivos. A coisa chegou a descaramento tal que, em recente entrevista a uma emissora de rádio local, o prefeito do município, Jaime Muraro, apelou à população para "esquecer o passado", "colocar uma pedra em cima" e "seguir adiante", porque, na cândida visão do prefeito, o esclarecimento do crime "não vai levar a nada".

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Ora, quando o governador do Estado, na prática, se sente desobrigado, mesmo depois de ter empenhado publicamente sua "palavra de honra" no sentido de tomar todas as providências para elucidar o crime no menor prazo possível e quando o prefeito tem o caradurismo de apelar para que a população "esqueça tudo", é porque esta história esconde algo de muito, muito cavernoso.

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Certamente, interesses muito poderosos -- mais poderosos até que o próprio Poder instituído -- estão por trás desse crime. Interesses tão poderosos que se dão ao luxo, agora, de ameaçar de morte aqueles que, no desempenho de sua missão de informar e no exercício do inalienável direito de opinar, exigem que as autoridades -- governador à frente -- cumpram o dever para o qual são pagos, já que, no caso de S. Excia, palavra e honra significam coisa alguma.

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É o caso de nosso articulista Arquimedes Estrázulas Pires, um dos mais respeitados nomes de nossa mídia e que edita em Tangará da Serra o semanário A Tocha.

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As ameaças de morte são dirigidas ao Arquimedes, mas dizem respeito a todos e a cada um de nós mato-grossenses submetidos à permanente angústia de não saber se vai estar vivo no momento seguinte, por conta do clima de terror que permeia todas as situações do dia-a-dia -- em casa, na rua, na escola, no trabalho, no lazer, em qualquer lugar.

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Mesmo a antes bucólica área rural é hoje palco de cenas de horror, pavor e medo.

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Até quando?

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Oficialmente, esta situação tem prazo para acabar: 5 de abril, quando termina a Era Dantesca ou do Desfrute.

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Nada, porém, irá mudar se, a partir daquela data, o vice Rogério Sales aceitar representar o ridículo papel de boneco de ventríloqüo que querem lhe impor; se for mantida esta mesma mentalidade e, sobretudo, se forem mantidas as mesmas pessoas que produziram esta situação de intranqüilidade.

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Se isto acontecer, na eleição de outubro, caberá ao próprio e-leitor dar um basta à situação, escolhendo com critério o próximo governante, se é que não deseja ver o caos definitivamente instalado.

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Texto publicado no Site Bom no dia 9 de fevereiro de 2002...

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No próximo dia 5 -- véspera da eleição -- estarão completando 14 meses e a execução do vereador Daniel do Indea, quatro delegados depois, continua um mistério.
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Recuerdos de Chacororé - 2:

É uma história tão absurda, uma coisa tão ridícula, uma cena tão surrealista que dá até mesmo para duvidar que realmente tenha acontecido.

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Mas é uma história real, com personagens reais -- o retrato pronto e acabado do setor de segurança pública em Mato Grosso na Era Dantesca ou Era do Desfrute:

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O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, cargo ocupado na época pelo coronel Renato Martins, simplesmente não conseguiu prender em flagrante traficantes presos. Imagine os soltos...

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Foi assim:

Informado da hora exata da fuga por um policial infiltrado na Penitenciária do Carumbé, o comandante-geral urdiu o que imaginou ser o plano perfeito.

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Ordenou que ninguém tentasse barrar a passagem dos traficantes pelas oito cortinas de grades que separam a cela em que se achavam recolhidos do portão de entrada da penitenciária, onde o coronel estaria do lado de fora para prender todo o bando pessoalmente.

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Chamou uma equipe da TV Gazeta&Planeta para registrar com exclusividade sua histórica proeza e, enquanto a hora marcada não chegava, foi para o Parque de Exposições de Cuiabá para festejar seu aniversário -- coincidentemente comemorado no mesmo dia da planejada fuga e do que seria um "heróico feito".

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Na hora aprazada, lá se foi o comandante da PM para a Penitenciária do Carumbé, onde foi informado que todo o bando havia fugido 15 minutos antes...

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Pois é ... Já não fazem traficantes (nem comandantes) como antigamente.

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Com todas essas credenciais, o coronel Martins -- famoso também por convocar coletivas para anunciar "operações-surpresa" contra traficantes -- foi depois recrutado pelo governador Dante de Oliveira para cuidar da "área de inteligência" de seu governo...

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Coincidentemente, muito coincidentemente, a partir de então, começou uma chiadeira insuportável nos telefones de empresários suspeitos de não apoiar o governo e dos "inimigos".

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Texto publicado no Site Bom no primeiro dia deste ano da graça de 2002.

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Recuerdos de Chacororé - 3:

Até quando?

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Até quando a sociedade mato-grossense vai assistir impassível ao processo de pilhagem a que está sendo submetida, pagando os impostos e taxas mais caros do Brasil, enquanto o sr. governador torra dinheiro público para sustentar uma delirante candidatura à Presidência?

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Até quando?

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Até quando a população vai continuar sustentando parentes e aderentes do Sr. Governador, encastelados nos mais influentes cargos da administração pública estadual -- no mais descarado exemplo de nepotismo já visto em toda a História de Mato Grosso?

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Até quando?

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Até quando os servidores vão permanecer acuados diante do mais violento, prolongado e desumano arrocho salarial, sem apoiar os colegas professores em greve?

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Até quando?

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Até quando os produtores rurais vão aceitar, sem reagir, à imposição de novos impostos que tiram a competividade da produção agropecuária estadual nos mercados interno e externo?

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Até quando?

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Até quando as populações das regiões Noroeste, Nortão e do Baixo Araguaia vão continuar isoladas por falta de estradas, enquanto milhões são carreados mensalmente para os cofres públicos, através do Fethab -- um Fundo "de Transporte"?

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Até quando?

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Até quando pessoas vão ter que morar e morrer em áreas de altíssimo risco porque o governador extinguiu a Cohab e até agora não construiu uma única casa com o dinheiro do Fethab -- um Fundo de "Habitação Popular"?

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Até quando?

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Até quando a população vai suportar a sucessão de escândalos como o cavernoso esquema MS Almeida, que drenou recursos públicos para um contraparente do governador, enquanto S. Excia alega não ter recursos para investimentos?

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Até quando?

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Até quando o empresariado vai continuar dividindo o fruto de seu trabalho com as hordas de marginais que infestam as ruas e invadem estabelecimentos à luz do dia?

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Até quando?

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Até quando a população vai ter que conviver assediada por crescentes hordas de menores delinqüentes, enquanto a Fundação de Promoção Social promove badalações e eventos com o mais descarado propósito político-eleitoreiro?

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Até quando?

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Até quando as chagas sociais vão continuar expostas, "tratadas" com atitudes "simbólicas"?

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Até quando?

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Até quando a mídia vai permanecer acovardada, submissa, cúmplice do mais escroto processo de censura já visto neste país -- a censura econômica?

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Até quando?

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Até quando a sociedade vai ter que conviver com a profanação sistemática de nossos mais importantes santuários ecológicos, como as baías de Chacororé e Siá Mariana, onde secretários do Sr. governador contruiram mansões ilegais?

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Até quando?

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Até quando e até que ponto terá que chegar o descaramento, antes de o Ministério Público agir, diante da sucessão de "concorrências" com cartas marcadas?

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Até quando?

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Até quando o Ministério Público -- estadual e federal -- vai continuar alheio à questão e assistir à devastação do Parque Mãe Bonifácia, a única grande área verde no perímetro urbano da Capital -- crime engendrado para favorecer a especulação imobiliária no entorno da reserva de preservação permanente e para que o sr. governador possa se divertir em uma Disneyworld particular?

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Até quando?

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Até quando a população vai compactuar com esta completa inversão de prioridades, enquanto faltam recursos para concluir hospitais, conter a propagação de endemias e até o retorno de doenças erradicadas?

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Até quando?

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Até quando a chamada "sociedade civil organizada" vai consentir que a legislação ambiental seja modificada na calada da noite, para favorecer empreiteiros amigos do poder?

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Até quando?

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Até quando a população vai aceitar viver acuada, amedrontada, em permamente sobressalto, sem saber se, neste exato momento, algum ente querido está sendo assaltado ou assassinado?

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Até quando?

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Até quando vamos ter que assistir à drenagem de dinheiro público para bolsos particulares, através de contratos subrogados para empreiteiras de secretários de Estado?

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Até quando?

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Até quando o sr. governador vai continuar sem explicar onde aplicou os milhões arrecadados com a privatização da Cemat?

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Até quando?

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Até quando o valor e o destino da arrecadação estadual vai continuar uma caixa preta?

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Até quando?

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Até quando os policiais militares vão ter que esconder a farda antes de voltar para casa, para não serem executados pelos bandidos?

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Até quando?

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Até quando, ao invés de recursos para pagar melhores salários e oferecer condições mais dignas de trabalho, a Secretaria de Segurança vai continuar recebendo novas viaturas compradas sempre do mesmo felizardo vendedor?

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Até quando?

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Até quando a sociedade civil vai permanecer indiferente diante de tanta patifaria e o povão vai continuar cordato diante de tanta roubalheira, de tanto cinismo?

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Até quando?

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As vaias dirigidas ao sr. governador do Estado e à primeira-dama no Estádio Verdão, no sábado, dia 21 de julho, sugerem que a população está vivenciando uma situação-limite e que já não consegue conter sua ira.

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Tomara que o ilustre casal tenha entendido o estrepitoso recado que veio das arquibancadas. Tomara!

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Texto publicado no Site Bom no dia 3 de agosto de 2001.

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Chega de recuerdos!

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Amanhã promete ser uma quarta-feira quente, na TV Centro América...

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Até aquele processo que o candidato do PT, Alexandre César, figurou como réu em um caso de homicídio culposo, na Comarca de Poconé, pode vir à baila.

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Esperar para ver.

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Por problemas de ordem técnica -- técnica, mesmo! -- não conseguimos atualizar o Site Bom nesta segunda, 30.

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Fazemos o registro por dever de ofício.

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Afinal, pelo preço que o e-leitor está pagando, até que está sendo muito bem tratado...

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Equipado com serviço de som, Fiat modelo Fiorino, placas 2575, a serviço da majoritária da coligação Gazeta/Frente Cidadania e Desenvolvimento, cruza a cidade pedindo votos para Pés de Barro, Dândi e Bezerra.

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No alto do possante equipamento, que ocupa toda o furgão, que circula sem as portas traseiras, apenas a emblemática inscrição:

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Fui!

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Emblemática e profética...

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Falar em profética, um dos trechos do Site Bom censurado por liminar da dupla Dândi/Pés de Barro é o da "Maldição dos Enforcados" que vaticina:

-- Nenhum senador no exercício do cargo se elege governador e...

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-- Nenhum governador se elege senador logo após deixar o cargo.

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Como se sabe, Pés de Barro está na metade do mandato e Dândi Oliveira deixou o Paiaguás para se candidatar ao Senado.

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A propósito: a "Maldição dos Enforcados" ou "Maldição do Campo D´Ourique" não diz o que acontece com aqueles que tentam impedir sua divulgação...

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Mas, certamente, boa coisa não é...

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Em tempo: Dândi Oliveira vota na seção que fica instalada na Assembléia Legislativa de Mato Grosso...

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...Que fica no antigo Campo D´Ourique...

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Só porque abri meu voto -- sempre fiz isto e explico a razão --, uns e outros estão misturando as bolas.

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Fiel à filosofia chinesa segundo a qual "não importa a cor do gato, desde que pegue o rato", circunstancialmente, nesta eleição, vou optar pelo "voto útil" no candidato Bráulio Mággico.

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Convém lembrar que estamos nesta trincheira -- denunciando as patifarias do desgoverno Dândi et caterva -- há oito anos, ao contrário de muitos "oposicinistas desde criancinha" -- gente que se fartou até não mais poder e pulou do Bateau Mouche à undécima hora, tão logo percebeu que o navio estava fazendo água.

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Caso, por exemplo, do prefeito da Capital, Roberto França, que passou seis longos anos rasgando elogios a Dândi e só parou porque foi preterido na hora da escolha do nome do PSDB para concorrer ao governo do Estado...

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Nosso posicionamento nada tem a ver, por exemplo, com o do prefeito Jaime Campos, que jamais fez oposição a Dândi -- pelo contrário, trabalhou contra o irmão, Júlio, na eleição de 98...

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Durante todo o tempo, à custa de muito sacrífico pessoal, sustentamos posição contrária; contrária até à do próprio Bráulio Mággico -- conforme comprovam depoimentos do megacandidato exibidos no horário eleitoral gratuito por Dândi Oliveira.

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Da nossa declaração de voto útil a Blairo Maggi, não é correta nem faz sentido a leitura segundo a qual, agora, estamos do lado de Maggi.

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Maggi, França, Jota Veríssimo e entourage é que, agora, estão do lado que sempre estivemos.

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Aplausos dispensados...

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Por conta de uma bobagem -- um cabo eleitoral pilhado pela Polícia Federal pichando cartazes do deputado federal e candidato à reeleição, Pedro Henry (PPS) --, Duda Barros, que concorre a uma cadeira na Assembléia Legislativa pelo PSDB, na região de Cáceres, praticamente pôs tudo a perder.

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Filho do ex-deputado e ex-prefeito Aloísio Barros, Duda, até então, era tido e havido como nome praticamente eleito.

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Bobeou, dançou!

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Leitura dinâmica:

Bêbado, funcionário de hidrelétrica provoca inundação da capital da Albânia...

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Ainda bem que ninguém bebe na Usina de Manso...

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Ou bebe?

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Leitura dinâmica:

Thelma aperta o cinto nos momentos decisivos da campanha...

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E bom ir-se acostumando...

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Falar nisto, cabos eleitorais de Carlão Nascimento e Lino Rossi colocaram esses inefáveis seres na maior saia-justa, ontem pela manhã.

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Queriam receber o que lhes é devido, como de praxe.

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Um empurrava pro outro, o outro empurrava pro um...

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Até que alguém ameaçou chamar a imprensa e o dinheiro apareceu, assim como que por encanto...

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Leitor de Primavera do Leste oferece a mais nova tradução da sigla PMDB:

Puta Merda, Deu Blairo!

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