CURTO & GROSSO

Edição de 20/01/2007

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Desdobramentos da crise na Europa à parte (Veja na coluna Tá ligado?), a estatal Petobras pode vir a ser obrigada a encampar o gasoduto Mato Grosso/Bolívia, a fim de garantir, pelo menos, o abastecimento das termelétricas da finada Enron, em Cuiabá.

Companhero-cocalero Evo Morales mais uma vez deixou claro que vai jogar pesado com os norte-americanos, cujo presidente acaba de qualificar de “terrorista”.

Com a discrição possível, a ex-Enron -– rebatizada Prisma Energy -- continua dando as cartas nos bastidores do governo Baby Bush.

Vai sobrar para o espólio da finada Enron – que trocou de nome também na Bolívia e aqui, para continuar operando, mesmo depois de patrocinar o maior golpe da história do capitalismo...

...E, de cambulhada, sobrar também para Mato Grosso -- o único Estado da Federação cujo fornecimento de gás natural depende exclusivamente da multinacional norte-americana, que vem a ser dona dos jazimentos em território boliviano, do gasoduto e de duas termelétricas em Cuiabá, além de monopolizar a distribuição...

...Ao contrário das demais regiões, que são abastecidas pelo gás natural bombeado de campos pertencentes à própria estatal em território brasileiro -- caso do Rio de Janeiro e Amazonas...

...E situação bastante diferente da de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que também recebem gás boliviano, porém, explorado de jazidas e transportado através de gasoduto pertencentes à própria Petrobras – que vem a ser a maior multinacional que atua na Bolívia.

Evidente que o presidente eleito da Bolívia, por conta de uma série de fatores estratégicos e geopolíticos, será mais condescendente com a Petrobras, embora sem abrir mão da anunciada nacionalização das jazidas, enquanto a ex-Enron e subsidiárias certamente serão tratadas a ferro e fogo.

Ou a Petrobrás encampa o gasoduto Mato Grosso/Bolívia ou até as termelétricas de Cuiabá correm o risco de parar de funcionar por absoluta falta de matéria-prima para gerar energia.

Quanto ao gás natural veicular – a menos que seja fortemente subsidiado -- melhor esquecer, por conta do preço, que mesmo sem o companhero-cocalero, já é um baita mico.

“Boato” publicado nesta bat-calúnia no dia 3 de janeiro de 2006 – antes da posse do companheiro-cocaleio Evo Morales --, lá se vai um ano e caquerada.

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Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

¨Meu Santo Antonio e João Batista¨ é o nome da ¨função¨ que apresentamos neste sábado -- quinta canção do CD ¨Rasqueado Pantaneiro¨, gravado pelo pecuarista-cantor e compositor poconeano João Gaíva.

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A BR-163 foi excluída das PPPs e, mais uma vez, fica para as calendas gregas; a divida do Estado não será renegociada em condições mais favoráveis, conforme noticiamos ontem, e o preço do gás natural bombeado da Bolívia para Mato Grosso será, no mínimo, triplicado, porque o presidente não conseguiu controlar os hormônios do compañero-cocalero Evo Morales.

Traduzindo:

Companheiro-presidente Lula não cumpriu nenhum dos compromisso de real interesse de nosso Estado, usados para atrair o megacompanheiro Maggi para a base de sustentação do governo.

Limitou-se a cumprir um, mas de interesse exclusivo de “Meu Rei”: o bilionário pacote ¨Meu Pirão Primeiro¨, através do qual o grupo Amaggi e demais tradings se livraram da inadimplência dos produtores, razão pela qual Soja Majestade não tem motivo para reclamar e, agora, terá de constentar em trocar seis por meia dúzia, ou seja:

Abandonar o oposiconista nanico PPS, para aderir ao também nanico, porém chapa-branca, Partido Republicano -- o novo nome do PL – e, ainda, se submeter à condição de índio, porque o PR em Mato Grosso, conforme antecipamos, está e vai continuar sob controle do cacique Welinton Fagundes.

Quanto aos chamados “botinudos”, vão de troco ou “de djapa” -- como se diz naquele país a Oeste de Tordesilhas -– uns por absoluta falta de alternativa, inclusive vínculos empregatícios e societários; outros -– a maioria (vereadores, prefeitos, deputados, ¨lideranças¨) -- por interesse raso e simples, na expectativa, claro, de também tirar uma lasquinha mais adiante.

Este e muitos outros boatos e comentários excluivos, no decorrer do dia, só aqui nesta bat-calúnia e neste bat-canal.

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