CURTO & GROSSO

Edição de 27/08/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

O esse-lentíssimo governador Silval Cunha Barbosa, seu vice Chico Daltro, o presidente da AL, José Riva, o deputado estadual Guilherme Maluf, o ainda conselheiro Sérgio Ricardo, o ex e o atual presidente do "congromelado" Ageporca/Semcopa -- além do dubrê de lobista e aspone Rowles Guimarães, que abriu o bico, claro -- foram os agentes públicos cujos nomes já foram citados pela mídia na esteira da denúncia acerca do rateio de uma propina-açu de 80 milhões de reais para favorecer a construtora Santa Bárbara na licitação da obrada milionária do VLT Cuiabá/Várzea Grande.

As motivações que levaram à citação desses nomes são todas questionáveis -- inclusive as do denunciante. Inquestionável, porém -- sempre tem um "porém" -- é o fato de até agora, 20 dias passados, a cabeluda denúncia não ter sido negada nem desdita.

O que se viu, desde então, por parte do Executivo, foi a demorada demissão do lobista-assessor e o anúncio das "rigorosas providências" de praxe -- tipo botar subordinado para investigar o chefe -- que nunca deram em nada. Do Legislativo, neca de pitiriba -- nem a esperada convocação de quem jogou merda no ventilador. CPI, então, nem pensar.

A impressão que passa é de que a propina é algo "natural" num país onde o chamado "delta básico" -- 20% do preço de qualquer obra ou serviço -- é estatutário, praticamente "legal", de tal sorte que no caso em tela do VLT, orçado em 1,4 bilhão, a cobrança de uma propina de "apenas" 80 milhões -- ou seja, pouco mais de 10% do valor -- é um "avanço" rumo à moralidade, quando a suspeita genelarizada aponta no sentido de que se trata da primeira parcela e que está "assim" de piruás debaixo dessa pipoca.

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Comentários dos Leitores
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1 - "Servidores do Indea fazem paralisação" -- informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que não precisou fazer greve para embolsar seu "legado antecipado" da Copa.

Se no governo federal todo mundo cruzou os braços, na administração estadual, "automaticamente", o natural é que aconteça o mesmo.

2 - "Finalmente o Ibope entrou em campo em Cuiabá. O instituto, um dos maiores do país, registrou pesquisa quantitativa no úlitmo dia 22, no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. A TV Centro América foi quem contratou o estudo. Supõe-se que o resultado seja divulgado entre segunda (27) e quarta (29) desta semana" -- informa a koluna "Fogo Amigo" do saite "MidiaNews".

3 - "Avenida Brasil: Nina fica possessa com Max e cospe na cara dele" -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

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O ex-senador Luiz Estevão, cujo mandato foi cassado em 2000 por seu envolvimento no escândalo do desvio de recursos das obras do prédio do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e que pelo mesmo crime já foi condenado em várias instâncias da Justiça, está comemorando o acordo feito esta semana com a Advocacia-Geral da União para devolver aos cofres públicos -- com módica entrada de R$ 80 milhões e 96 suaves prestações mensais de R$ 4 milhões, com correção pela taxa Selic -- uma parte do dinheiro no qual meteu a mão com a ajuda de alguns cúmplices, inclusive o famoso juiz Lalau, o único que está preso.

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O julgamento do mensalão entra hoje na sua 15ª sessão no Supremo Tribunal Federal com um debate entre o relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. Eles divergiram sobre o ponto da acusação que trata do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

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O seu, o meu, o nosso está bancando candidatos a prefeito Brasil afora. Até agosto, os quatro maiores financiadores das campanhas municipais foram as direções nacionais do PSB, do PT, do DEM e do PMDB. E de onde vem boa parte de seu dinheiro?

Do Fundo Partidário, subvencionado por recursos públicos. Foram pelo menos R$ 13,6 milhões até agora. Como o grosso das despesas das campanhas ainda está por ser feito, o valor só tende a aumentar.

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Certamente Delúbio Soares passará para a História republicana como um cínico e um frasista, pois algumas de suas tiradas tiveram grande repercussão.

Assim, ao falar do mensalão, inventou a expressão "recursos não contabilizados", não sem expor um sorriso irônico em suas declarações.

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