CURTO & GROSSO

Edição de 18/09/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Em encontro "secreto" entre os interessados -- esse-lentíssimo à frente -- foi selado um pacto de silêncio por parte do aspone-lobista Rowles Guimarães, amanhã, na Assembléia Legislativa, quando e onde deverá depor acerca da denúncia da propina-açu de R$ 80 milhões para "alinhar automaticamente" o resultado da "concorrência" do VLT à proposta da construtora Santa Bárbara, que lidera o consórcio que "venceu" a bilionário certame.

Rowles foi nomeado pelo governador Silval Cunha Barbosa, pouco antes de buliçosa viagem a Portugual, para ficar à disposição do então manda-chuva do "congromelado" Ageporca/Semcopa -- hoje "lua preta" do PT -- com quem despachava diariamente na qualidade de "especialista" no quesito modal sobre trilhos.

Passado para trás na negociata, Rowles, que defendia a esquadra da Mendes Junior e um sócio lusitano, entregou o ouro em entrevista -- gravada -- ao portal UOL da Folha de S.Paulo.

Desde então, o aspone-lobista tem sido mantido incomunicável, acoitado em "Ortolândia", a "Capital dos Precatórios", redondezas de LINS -- aquele Lugar Incerto e Não Sabido -- logradouros velhos conhecidos de nosso e-leitorado.

A conversa foi muito proveitosa e, para tranqulizar o denunciante, até se estendeu a outros temas como a sucessão no Paiaguás em 2014.

Conforme ficou acertado, o vice esse-lentíssimo, Chico Daltro, será premiado com uma vaga no Tribunal de Contas; o próprio esse-lentíssimo deixa o governo em abril daquele ano para concorrer à única vaga em disputa para o Senado e, consequentemente, o presidente da AL assume o governo do Estado, com direito à reeleição.

Estas foram as "garantias" de proteção a perder de vista oferecidas a Rowles -- outros caraminguás à parte -- por força de tal acordão, algo bastante assemelhado à blindagem ofertada ao publicitário Marcos Valério: boca de siri em troca de proteção "institucional", vamos resumir assim.

Porém -- sempre tem um "porém" -- depois de tudo o que disse e não desdisse, se o agora incômodo aspone-lobista se calar amanhã, seu silêncio será por demais eloquente; e se negar o que disse, ninguém vai acreditar.

O mais provável -- se por falta de quorum a oitiva na AL não for convenientemente adiada, "para depois da eleição municipal" -- é que Rowles, mais cedo ou mais tarde, quando cair na real, entregue raimundo e todo mundo, se não for despachado preventivamente desta para melhor, claro.

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"A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, e o senador Roberto Requião (PMDB), ex-governador do Paraná, estarão em Cuiabá para reforçar a campanha de Lúdio Cabral (PT). A data da “visita”, entretanto, não foi divulgada ainda" -- informa e komenta a koluna "Kuiabá Urgente" do "DC".

2 - "Depois de sentir fortes dores lombares e abdominais na manhã de ontem, o senador Jaime Campos (DEM), 61, acabou internado para exames de rotina que demonstram um pequeno desequilíbrio em taxas como triglicerídeos e hormônios" -- informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que "internou" há tempos seu milionário "legado antecipado" da Copa.

3 - "Já está cada vez mais claro que vem aí umas ondas de campanha. Na de Lúdio Cabral (PT) e apoiadores já falam em Onda Vermelha. A campanha de Mauro Mendes (PSB) já informou sobre a onda amarela. Geralmente, as cores das siglas dos candidatos é que identificam esses movimentos. Agora, Carlos Brito (PSD) e Guilherme Maluf (PSDB) precisam tirar no palito quem fará a Onda Azul, comum aos dois partidos. As camisas na campanha, eles dois e o próprio Mauro Mendes já utilizam" -- informa e komenta a koluna "Pikante" do saite "Olhar Direto".

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Quando o deputado federal Ronaldo Caiado, por fim, abrandou o discurso e aceitou, naquela quarta-feira 29 de agosto, votar favoravelmente ao relatório da Comissão Especial, levantou-se a senadora Kátia Abreu, presidente da poderosa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, e lhe beijou a face.

O carinhoso gesto, aplaudido de pé, simbolizava o recuo dos ruralistas radicais, permitindo o acordo de votação sobre o Código Florestal. Rara unanimidade.

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Para o relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, que começou ontem a leitura do seu voto para o item 6 do processo, Pedro Henry (foto), José Janene, Pedro Corrêa e João Claudio Genu cometeram os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha.

O item 6 do processo contempla os 23 réus acusados de compra de apoio político ao governo Lula.

Entre os réus estão também o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o pivô do escândalo, ex-deputado Roberto Jefferson (PTB).

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Marcos Valério demorou anos para se revoltar. Só quebrou o código de silêncio firmado com José Dirceu e Delúbio Soares para proteger Lula quando se viu diante da evidência de que lhe havia sido feita uma promessa vã.

Confiou que as instituições seriam fiéis aos coronéis de turno e se renderiam às conveniências do poder.

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