CURTO & GROSSO

Edição de 26/12/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Cotação do voto na eleição da futura mesa diretora da Câmara Municipal de Cuiabá está em 300 mil reais por cabeça -- agora são 25 vereadores, o que dá 7,5 milhões pela manada toda --, com tendência a aumentar e chegar a meio milhão "por cada". Sacumé: chorar faz parte do negócio e, para essa gente, mandato é exatamente isto: um lucrativo negócio.

O produto -- leia-se: o voto -- acabou inflacionado por conta da desistência do vice-eleito, deputado estadual João Malheiros; das memoráveis jornadas cívicas e etílicas do ainda presidente, Júlio Pinheiro, e da oportunidade que vislumbrou o presidente da Assembléia Legislativa, José Riva, de "empracar" o genro no cargo e transformá-lo no vice, de fato e de direito, do próximo prefeito Mauro Mendes.

Isto tudo junto e misturado resultou num coquetel indigesto, que, ao fim e ao cabo, quem terá de engolir é minha querida comadre, meu estimado compadre, nossa fiel e-leitora, nosso zeloso e-leitor -- as autoridades civis, militares, eclesiásticas, mais pessoas gradas -- e, "craro", o pooovo em geral, porque nenhum dos atores diretamente envolvidos na trama -- tá mais pra pornochanchada, vá lá! -- Malheiros, Pinheiro e Riva, vão coçar o próprio bolso.

Malheiros não colocou um puto na campanha de MM, porém -- sempre tem um "porém" -- quando caiu a ficha que o prefeito-eleito não iria disputar o governo do Estado, como "garantiam" as plantações na valorosa durante toda a campanha -- quem mandou "induvidá" do Saite Bão?...

...Veio com um trololó arrevesado, alegando que, para assumir o cargo -- secretarias municipais à parte -- precisava quitar um débito de R$ 5 mi, ainda referente à sua re-re-re-eleição a deputado estadual e magoou quando ouviu um "não" redondo do cabeça da chapa vencedora, com quem nunca tratara a respeito.

Procurou, então, Helny de Paula, presidente do diretório municipal do PR, na tentativa de indicar um aparentado para uma secretaria municipal: o máximo que conseguiu arrancar do correligionário foi que o partido indicaria um leque de nomes, conforme o combinado, ficando a critério de MM escolher "o" ou "os" de sua preferência. Como está sujo na própria legenda, porque atravessou o samba na convenção, entendeu que o tal contraparente está fora do jogo.

Recorreu a José Geraldo Riva, que juntou a fome com a vontade de comer: o colega-presidente do Parlamento estadual acenou para Malheiros com uma cadeira vitalícia do TCE -- as próximas três vagas são da AL -- em troca do apoio ao seu genro, que, embora cristão-novo, disputa o maior cargo do Legislativo Municipal.

Júlio Pinheiro, por sua vez, está igual bosta no rebojo ou frango de macumba, girando em torno de si mesmo: além do dele, declarado, só tem o "voto" do presidente do diretório municipal do PTB -- que não vota. A maior liderança de seu partido, o ainda prefeitChico Galindo, anda mudo como um peixe e Mauro Mendes, é debutante nesta seara e tal, mas não é nada bobo e não se manifesta.

A coisa, então, caminha para um embate dos seiscentos diabos -- tá bão... quinhentos --, porque a maioria dos vereadores nunca viu esta montanha de dinheiro -- R$ 300 mil, quem sabe 500 mil reais -- não "em carne viva", e até quem já viu balançou a passarinha, pois é a oportunidade de recuperar, logo na primeira tacada, tudo ou pelo menos boa parte do que foi desembolsado na campanha.

Malheiros -- hoje na maior deprê porque se julga um "incompreendido" -- terá realizado o sonho de consumo de todo deputado estadual do baixo clero: uma cadeira no TCE...

...Enquanto Riva -- custe o que custar; e bota "custe o que custar" nisto! -- quer o genro dubrê de presidente da Câmara e vice, com direito à reeleição à mesa, em 2014, quando o marido da herdeira abre mão de disputar vaga na AL, para o sogrão eleger a filha deputada estadual e perpetuar a dinastia.

Pelo que está escrito nas estrelas, Cuiabá está para ver brotar mais uma daquela "varieldade" de jaboticaba transgênica: a eleição da Mesa Diretora da Câmara -- 25 x 500 mil são R$ 12.5 milhões -- custar mais que a campanha do prefeito.

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Finalizado o julgamento do chamado "mensalão", é a hora de tecermos algumas considerações e tirarmos algumas lições dos fatos lamentáveis ocorridos em consequência do episódio. Partiremos, no entanto, dos fundamentos da nossa República.

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1 - O ano de 2012 marcou a desvalorização dos profissionais da saúde pública em Mato Grosso. Atraso nos salários, precarização dos contratos e a quase total falta de estrutura transformaram o setor em um dos mais preocupantes para a população -- informa versão digital do jornal daquele grupo de comunicação que ficou estruturado em 2012, após embolsar 1.6 mi da rubrica "legado antecipado" da Copa.

2 - Camarotes da Copa podem custar até R$ 4,6 milhões -- antecipa reportagem do saite "MidiaNews".

3 - Logística, impostos e insegurança jurídica foram grandes problemas em 2012 -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

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O déficit dos regimes previdenciários do funcionalismo federal deverá atingir R$ 62 bilhões em 2012, segundo reportagem recente do Estadão. Superará, assim, o desequilíbrio de 2011, que atingiu R$ 56 bilhões.

O aumento do déficit da previdência pública deverá também superar o da Previdência Social, que, em valores nominais, atingiu R$ 36,5 bilhões, em 2011, e está estimado em R$ 38 bilhões, neste ano.

A previdência dos servidores federais atende 953 mil pessoas, cerca de 30 vezes menos do que os 28 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social -- INSS.

O mais grave é que a situação não deverá se alterar nos próximos 15 anos, até que surjam os primeiros efeitos positivos da criação da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal.

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Robinho não será mais o presente de fim de ano para a torcida do Flamengo. Após a primeira reunião com Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, da Itália, e que está no Brasil para negociar tanto o ex-santista como Alexandre Pato, o Rubro-Negro se assustou com os altos valores apresentados para a negociação.

Na noite de ontem, a nova diretoria do clube, que vai tomar posse amanhã, divulgou um comunicado à imprensa oficializando sua desistência de repatriar o jogador.

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Mercado que cresce 20% ao ano e movimenta R$ 500 milhões é abastecido por 90 mil produtores. Até 2014 eles poderão ser 300 mil.

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Levantamento revela algumas semelhanças inesperadas entre o evento ultraprofissional de 2014 com o semiamador de 60 anos atrás.

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Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Mato Grosso quer mudar o nome do Museu Rondon -- diz e-mail recebido pelo reitor-fundador da UFMT, Gabriel Novis Neves, transcrito em sua crônica desta quarta-feira.

Só pode ser coisa de petralha, claro, que odeia "milico" em geral, general em especial e marechal em particular. "Luizinácio -- o Guia Genial dos Povos" e "Bebum de Rosemary" -- deve ser o novo nome da instituição.

A reitora -- informa o documento -- é contra a delirante iniciativa e garante que a desomenagem ao maior ícone mato-grossense e brasileiro não vai acontecer, enquanto ela estiver na direção da UFMT -- uma "garantia" bastante precária, porque seu mandato termina em dois anos, se tanto.

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Comentários dos Leitores
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