CURTO & GROSSO

Edição de 20/02/2013

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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É da índole do lambrosiano trapacear, mentir, enganar -- ser do e praticar o mal, em suma. O Esse-Lentíssimo Garimpeiro-Caloteiro-Açu não foge à regra. Os piores, entre os piores -- é o caso da Lesma Lerda -- a superlativizam.

Qual é o "pobrema" que mais aflige a humanidade de Mato Grosso? O sucateamento da saúde pública, claro. É uma "qüestã" de vida ou morte, afinal.

Foi exatamente este, então, o ponto fraco que o "Terror do Castelo dos Sonhos" escolheu para exercitar sua crueldade e elevá-la a enéssima potência ao vender ilusão para a bugrada, como se pode constatar na telinha acima.

Escolheu como vítimas preferenciais de seu holocausto tropical a população mais desassistida que desbrava esses grotões, ao prometer a interiorização do atendimento médico através das tais UPAs -- Unidades de Pronto Atendimento, que, de cambulhada, acabariam com a ambulancioterapia, além de desafogar os Prontos Socorros de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis, as cidades mais populosas do Estado.

O curioso semovente enganou quem gosta de ser enganado, pois ao completar o primeiro ano de sua reeleição, precisamente a 7 de novembro de 2011, desmontamos a farsa aqui, quando ficou demonstrado que, se construídas -- o que não ocorreu, como todas as demais promessas -- tudo não passaria de uma emulação cabocla do improvisado "Programa Lata Velha" do correligionário-governador Serginho Cabralzinho Filhinho, aquele da dancinha na boca da garrafa.

O que temos, praticamente chegado o fim deste desgoverno no "qüesito" saúde pública é simplesmente apavorante:

- Das trocentas UPAs nem notícia -- nem a SeCão fala mais mais nisso...

- Os Hospitais Regionais -- HRs -- privatizados e operando a portas fechadas...

- O Hospital Central mumificado...

- Os hospitais benemerentes às portas da falência, por conta de calotes...

- O "novo" Hospital Universitário com quase quatro aninhos, sem sair da prancheta...

- O velho Hospital Universitário Júlio Müller também privatizado pela companheirada-alinhada da UFMT...

- O Hospital de Clínicas não passa de ficção...

- A distinta clientela do Hospital da Criança já quase em idade de servir ao Éxercito sem ter tomado, lá, sequer um Melhoral Infantil...

- O SAMU igualmente entregue às cavernosas Organizações Sociais...

- E -- pasmem! -- até os hemocentros tangidos pelo mesmo trilheiro, ou seja, o mato-grossense vai pagar para que as OSs vendam o sangue do pooovo de Mato Grosso.

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A República brasileira nasceu sob a égide do coronelismo. O federalismo entregou aos mandões locais parcela considerável do poder que, no Império, era exercido diretamente da Corte. Isto explica a rápida consolidação do novo regime justamente onde não havia republicanos.

Para os coronéis pouco importava se o Brasil era uma monarquia ou uma república. O que interessava era ter as mãos livres para poder controlar o poder local e exercê-lo de acordo com seus interesses.

Mesmo durante as ditaduras do Estado Novo e militar, o poder local continuou forte, intocado. A centralização não chegou a afetar seus privilégios. Se não eram ouvidos nas decisões, também não foram prejudicados. E quando os regimes entraram em crise, na “nova ordem” lá estavam os coronéis.

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1 - Relatório coloca Cuiabá entre as 50 cidades mais violentas do mundo -- informa reportagem de Mac Margolis no jornal "O Estado de S.Paulo".

Ranking foi elaborado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal e no documento consta que a América Latrina contribui com 41 das piores, sendo que a pacata Villa Real do São Bão Jesus do Cuyabá "se aparece" muitíssimo bem posicionada: 28º.

2 - Programa gera oportunidades de negócios da Copa 2014 -- informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que gerou sua própria oportunidade e embolsou R$ 1.6 milhão a título de "legado antecipado".

3 - Depois de uma consulta ao TCE, o vereador Onofre Júnior teve que dar a "mão à palmatória" e assumir que fará uso da verba indenizatória -- informa reportagem do jornal "Diário de Kuiabá".

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Depois dos ataques sofridos em Feira de Santana, a blogueira cubana Yoani Sánchez desabafou em seu blog: "Eles queriam me linchar. Eu, conversar. Eles seguiam ordens. Eu sou uma alma livre".

Na cidade baiana, onde seria exibido o documentário "Conexão Cuba-Honduras", no qual Yoani é uma das entrevistadas, militantes de grupos ligados ao PT, PC do B e ao movimento estudantil baiano cercaram o auditório e obrigaram os organizadores a cancelar a exibição do filme.

Ela só conseguiu deixar o local escoltada por policiais militares.

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Pesquisas divulgadas ontem pelo Ministério da Justiça comprovaram com dados científicos o que a sociedade já desconfiava.

As pesquisas, realizadas em 2012, com dados de 2011, revelam profunda disparidade na estruturação da segurança dos Estados, nas condições de trabalho e nas ações de enfrentamento ao crime.

No Rio Grande do Norte e no Amazonas, por exemplo, existe uma arma para cada dois policiais. Em Mato Grosso, há situação ainda pior: apenas 500 algemas para 6,9 mil policiais.

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Os militantes que na segunda-feira hostilizaram a dissidente cubana Yoani Sánchez nos aeroportos do Recife e de Salvador e na mesma noite impediram a exibição, em Feira de Santana, de um documentário produzido no Brasil de que ela é protagonista decerto nunca leram uma linha da líder revolucionária alemã Rosa Luxemburgo (1871-1919).

"A liberdade", escreveu, "é quase sempre, exclusivamente, a liberdade de quem discorda de nós."

Os grupelhos autoritários que tentaram intimidar a filóloga e jornalista Yoani, de 37 anos -- a única voz contra a ditadura castrista que se exprime pela internet, no seu blog "Generación Y", criado em 2007 --, desfrutariam em Cuba da "liberdade" de concordar com a senil ordem política local.

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