CURTO & GROSSO

Edição de 28/06/2013

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Destinada a confrontar a população com questões objetivas e diretas, a realização de um plebiscito é uma ferramenta legítima do processo democrático.

A história recente, entretanto, demonstra que ele pode ser utilizado para propósitos pouco nobres: vizinhos sul-americanos recorreram ao mecanismo para tentar governar "diretamente com o povo" -- passando por cima das instituições democráticas e se perpetuando no poder.

Em resposta à inédita onda de protestos que chacoalhou o Brasil, a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para promover uma reforma política no país -- ainda que nenhum cartaz tenha reivindicado isso.

A estratégia bolivariana, tirada da manga no momento mais crítico do seu governo, acoberta um perigoso interesse: aprovar o financiamento público de campanha e o voto em lista, antigos sonhos do PT.

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Lula, que estava sumido, reaparece no noticiário para… criticar Dilma! Ele também está em contato “com a juventude” e os “movimentos sociais”.

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Aguerrido militante do Partido dos Trabalhadores, Celso Daniel foi três vezes prefeito de Santo André da Borda do Campo (SP).

Confesso ter sofrido em suas mãos lá por volta de 1993 e 1994. Explico: então deputado federal, eu fora escolhido presidente da comissão especial destinada a formular parecer sobre a PEC da Reforma Administrativa e Celso, academicamente muito mais preparado que eu, exercia oposição sistemática ao conteúdo dela.

Travamos grandes debates e não tenho pudor de confessar que ele venceu a maioria deles (...) Tínhamos todos de reconhecer que ele era brilhante.

Até que, no verão de 2002, Celso Daniel morreu assassinado. Ele já havia deixado a Câmara dos Deputados e exercia o seu terceiro mandato como prefeito quando foi sequestrado e morto.

Em seu corpo havia sinais de sete tiros e também vestígios de tortura. Como é de praxe, logo surgiu um "de menor" para assumir a culpa e alegar que a vítima fora escolhida aleatoriamente.

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1 - ...Em comemoração aos seus 80 anos, a OAB realizou ontem na Praça Alencastro o projeto OAB Cidadania, que atendeu centenas de pessoas, ofertando carteiras de identidade, aferição da pressão e orientações jurídicas, entre outros serviços -- informa a koluna "Kuiabá Ur-Gentem!!!" do jornal "DK".

2 - Começa a construção de pontes ligadas ao VLT para Copa em Cuiabá -- "informa", entre aspas, a TV Centro-América.

Foram iniciados os inventários histórico e ambiental nas cabeceiras e os trabalhos de sondagem do solo, no leito do rio, para só então, calibrar as fundações, elaborar o projeto, calcular custos para, depooois, fazer a concorrência.

3 - Blairo sugere licenciamento ambiental virtual -- informa reportagem do jornal daquele grupo de komunikação que na vida real fatura regularmente no "conglomelado" um milionário "legado antecipado" da Copa.

Em Mato Grosso, tudo é virtual: saúde, educação, segurança pública, preservação ambiental, VLT...

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Decisão de Enrique Bañuelos deixar o Brasil remonta ao início de 2012, quando o empreendimento de agronegócio em Mato Grosso azedou.

“A Vanguarda deixou ele muito chateado e desmotivado”, afirma uma fonte próxima ao executivo espanhol.

A empresa era resultado da fusão entre a Maeda, a Brasil Ecodiesel e a antiga Vanguarda Brasil, e Bañuelos queria transformá-la numa líder mundial do setor de grãos, e onde Bañuelos tinha como sócios Helio Seibel, Otaviano Pivetta e Silvio Tini.

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Depois de 11 anos de tramitação, o projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina no País foi finalmente aprovado pelo Senado e agora só aguarda a sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.

Conhecido como Lei do Ato Médico, o texto -- que estabelece como atividades exclusivas dos graduados em medicina a formulação de diagnósticos, a prescrição terapêutica e a realização de cirurgias e procedimentos invasivos -- sofreu sucessivas mudanças na Câmara e no Senado e a versão aprovada colocou em lados opostos o Conselho Federal de Medicina e os conselhos das demais profissões do setor de saúde.

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O andar da carruagem vai mostrando que não deve ter sido só por arrogância ou displicência que a presidente Dilma Rousseff jogou na mesa a carta da Constituinte exclusiva sem consultar gente do ramo. Ao que tudo indica não ouviu de propósito.

Se quisesse fazer a coisa para valer obviamente teria se cercado de um mínimo de cuidados; pelo jeito a ideia era dar um brado retumbante qualquer sem o menor compromisso com as condições objetivas para a execução da proposta.

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