CURTO & GROSSO

Edição de 19/08/2014

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Entrevistada no Palácio da Alvorada, presidente só disse o que interessa à candidata.

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A rigor, até nem precisávamos justificar o voto em Fabinho Garcia, cuja família conhecemos -- e respeitamos -- lá se vão 38 anos.

A avó, a manauara Maria Lygia, do alto dos seus oitenta e tantos janeiros, agitadora que é, taí plugada no "Feice", na maior ferveção, como produtora cultural, após deixar o mais profícuo legado entre todas as primeiras-damas: a Casa do Artesão, em todos os municípios de Mato Grosso uno e, sobretudo, o Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa -- à época centro de referência. À frente de seu tempo, a danadinha precedeu a valorização do talento e das habilidades inatas e intuiu a "febre da motocicleta".

O avô, o sergipano Garcia Neto foi o prefeito de Cuiabá que construiu as primeiras casas populares, hoje o valorizadíssimo Bairro Goiabeiras e sua Praça Popular; deputado federal -- votou contra a cassação do colega Márcio Moreira Alves, apesar de pertencer à bancada governista, no regime militar.

Governador do Estado, repetiu a dose com as primeiras 944 casas do conjunto habitacional CPA. No setor de infra-estrutura e logística, em Mato Grosso e no atual MS, os asfaltos que fez resistiram pelo menos 25 anos sem apresentar um único buraco, como as MTs que ligam a Capital à Chapada e a Poconé, que a partir daí ganharam foro de polos turísticos.

Implantou o Projeto Juína, que se não fosse adulterado depois, seria ainda hoje modelo de ocupação racional da Amazônia, porém, será lembrado -- faleceu em 2009 -- pela divisão do Estado, provincianismos às favas, a melhor coisa que aconteceu em termos de geopolítica e desenvolvimento regional, o que mudou a face da pré-Amazônia para celeiro do mundo.

Detaque-se: embora duramente criticado, o senhor José Garcia Neto jamais processou um jornalista -- o esporte predileto dos picas-grossas de hoje. Pelo contrário: quando, nas coletivas na Residência Oficial, Dona Maria Lygia percebia que alguéns da imprensa estava meio "borratcho", assumia o papel de mãe de todos, aplicava-lhe um sermão daqueles e encaminhava o "filho da pauta" para o AA. Uma mulher notável!

O tio, Rodrigues Palma, o "Dom Titito de la Mancha" -- em Cuiabá todo mundo tem apelido, é cultural; e se não tiver "nois ponha", hê-áh! --, sem favor algum, foi o melhor prefeito que estas Minas da Villa Real de São Bão Jesus já teve, com obras estruturantes -- incluindo os primeiros viadutos -- todas executadas rigorosamente no prazo e, o melhor sem aspas de tudo, sem os tais aditivos. Foi, depois, deputado federal e presidente nacional do PTB, antes de o partido desandar para o toma-lá-dá-cá.

O também tio, José Luiz de Borges Garcia, na Sanemat, promoveu a universalização do serviço de água na Capital e, em parceria com o cunhado, Titito, canalizou o córrego da Praínha, o que lhe valeu a promoção para cargo executivo no governo federal, onde permaneceu até falecer prematuramente em acidente de carro.

O tio mais criança, o "Catonho", é empresário do ramo da construção civil e presidiu a Federação das Indústrias de Mato Grosso.

O pai, Robério, o "Berinho", foi um dos engenheiros projetistas da Estação Rodoviária da Capital -- a primeira destepaíz a não ter escadas. Por exigência da mãe Maria Lygia, claro. E desobedece pra ver... Nem Deus há de detchá!

Fabinho vem de uma estirpe com serviços prestados a Cuiabá e ao Estado de Mato Grosso, conhece todas as "esquinas" de Brasília -- o pai foi diretor da EletroNorte --, ou seja, sabe de cor e salteado os meandros da República e, estamos certos de que irá honrar o mandato. Além do que é preciso dar uma remoçada, uma repaginada na Câmara Federal, onde já tem neguinho igualzinho jaú de loca: criando pêlo.

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Comentários dos Leitores
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Como a aquisição da vaga no TCE micou, pelas razões já explicadas, e o Esse-Lentíssimo amarelou e não teve peito de encarar o pooovo na próxima eleição, a fim de tirar a limpo a veracidade daquelas pesquisas encomendadas que lhe davam trocentos por cento de popularidade, retomamos nossa contagem re-regressiva até o final do mandato do Garimpeiro Caloteiro-Açu -- se o camburão-VIP não encostar antes, claro.

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O Planalto pode tentar mudar a história da Controladoria-Geral da União e atribuir a paternidade a Lula. Seria mais uma batida na carteira do governo FHC.

Afinal, como se sabe, o PT reivindica até mesmo ter debelado a inflação no país, não é?

Daqui a pouco, vai dizer que foi o criador do Plano Real.

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Enquanto isso... Entre o Esse-Lentíssimo Garimpeiro Caloteiro-Açu e o sucessor em botão-quase-flor ficou acertado que as indicações para o "congromelado", que toca as obradas do VLT, e para a Secretaria Estadual de Cultura, serão da cota pessoal do futuroso governador, que para este último cargo já tem um nome definido: o cuiabaníssimo Pablo Capilé, o "Beiçola", quié "assim" com as altas esferas em Brasília e desfruta de inegável prestígio entre os culturetes e afins. E o "melhor" de tudo: se faltar dinheiro para incentivar as artes ele mesmo fabrica.

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1 - A abertura da Padaria Moinho tem atraído a presença de lideranças políticas do interior do Estado. Neste domingo por exemplo, o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), acompanhado pela esposa Ana Carla, estava no local. Percival se revezava entre apreciar um cigarro e apurar o paladar - destaka a koluna "A Parte Que Me Toka" da edição desta terça-feira do jornal daquele grupo de komunikação que sempre petiska alguma koisa na boka do kaixa do "kongromelado", por konta um certo (?!!!) milionário "legado antecipado" da Kopa.

O pooovo "falam" que, entre um cigarrinho e outro -- fuma igual caipora --, o amigo do Véio Johnnie, Percival "Walker" Muniz, apura o paladar "molhando a palavra", vamos resumir assim.

2 - Éder deve se manter distante de 23 - informa reportagem do jornal "Diário de Kuiabá".

3 - Consórcio VLT não decide se tráfego sobre viaduto será liberado. Obra foi interditada após apresentar fissuras - antecipa o saite "Midia News".

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As eleições para presidente não serão "normais" -- apenas uma disputa entre dois partidos para ver quem fica com o poder.

Não. Trata-se de uma batalha entre democratas e não democratas. Está na hora de abrirmos os olhos, porque está em curso o desejo de Dilma e seu partido de tomar o governo para mudar o Estado.

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As primeiras análises dos restos das peças do Cessna Citation que caiu na quarta-feira, matando o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo PSB Eduardo Campos e mais seis pessoas, apontaram que os flaps do avião estavam recolhidos.

O dado sobre o flap é considerado fundamental para a avaliação das causas do acidente. Quando um piloto vai aterrissar, é preciso "baixar os flaps", que são como extensões das asas e ajudam na sustentação e frenagem do avião no solo.

Mas no manual de instrução do jato há uma restrição segundo a qual os flaps não podem ser recolhidos se o avião estiver em velocidade acima de 200 nós, ou seja, acima de 370 km/h.

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A primeira pesquisa do instituto Datafolha com a inclusão do nome de Marina Silva em substituição ao de Eduardo Campos como titular da chapa presidencial do PSB não surpreendeu.

Ao contrário: correspondeu perfeitamente à expectativa de que a ex-senadora alcançasse o candidato do PSDB, Aécio Neves, em termos de intenções de votos.

A leitura fria dos números não autoriza dizer que o resultado seja reflexo da comoção nacional decorrente da morte trágica do ex-governador de Pernambuco.

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A primeira das 20 sessões de propaganda para a Presidência da República no rádio e na TV -- duas vezes ao dia, três vezes por semana, até 2 de outubro -- começa ainda sob o impacto do desastre aéreo que na quarta-feira matou o candidato Eduardo Campos, do PSB.

Se não por decoro, pelas regras do jogo eleitoral, a sua até então companheira de chapa, Marina Silva, não poderá se apresentar desde já como a sua substituta.

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Sisuda, ensaiada, enigmática e com expressão facial de difícil leitura, politicamente Marina Silva irradia uma aura cinzenta, com filamentos de rutilo e esmeraldas que se destacam e se alternam conforme os seus eflúvios mentais variam entre a ideologia e o meio ambiente.

Há quem a defina nas redes sociais como a “candidata melancia”: verde por fora e vermelha por dentro.

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Comentários dos Leitores
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Joice Hasselmann, Ricardo Setti, Reinaldo Azevedo e Marco Antonio Villa comentam o desempenho da presidente e candidata Dilma Rousseff no Jornal Nacional de ontem à noite. O enterro de Eduardo Campos e a postura de Marina Silva também são assuntos na estreia do "Aqui entre nós".

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