Quando ficam prontos os 23 km do VLT entre Cuiabá e VG? Na enquete que publicamos na primeira página estamos insistindo nesta pergunta desde agosto de 2011, quando a então companheira-presidenta autorizou a troca do sistema BRT, que seria tocado com recursos a fundo perdido -- ou seja, o Estado não precisaria pagar os 500 mi estimados --, pelo modal sobre trilhos, a um custo três vezes maior, financiado pela Caixa Econômica Federal.
À minha queridíssima comadre, meu estimado compadre, nossa fiel e-leitora, nosso zeloso e-leitor -- autoridades civis, militares, eclesiásticas, mais pessoas gradas -- e pooovo em geral, oferecemos seis datas para a solene inauguração da principal obrada que deveria entrar em teste em fevereiro de 2014 -- quatro meses antes com ou sem Mundial da Fifa, como exigem as normas técnicas: 2016, 2018, 2020, 2022, 2024, 2028 e NUNCA!
Pois bão...
A fiscalização do empreendimento-açu do "congromelado" Ageporca/SemCopa esteve sob o criteriosíssimo crivo do Senado, representado pelo agora Esse-Lentíssimo Sr. Dr. Governador José Pedro Gonçalves Taques; da Assembléia Legislativa, em uma comissão presidida pelo recém-eleito prefeito de Cuiabá, deputado Nenéo Pinheiro e, claro, do Tribunal de Contas de Mato Grosso, na pessoa do conselheiro Antonio Joaquim Moraes Rodrigues Neto.
Se chegamos a 2018 sem porra nenhuma, isto quer dizer que o rigoroso trio fiscalizador passou aquele tempo todo enfiando peido em barbante, sendo que o TCE conseguiu a proeza de passar 150 dias -- cinco meses, portanto --, sem divulgar um único relatório, embora no período a equipe técnica da Corte de Contas, jamais tenha deixado de levantar os dados "in loco" e de produzir o pertinente documento, criteriosa e rigorosamente no prazo.
O melhor de tudo: uma vez confortavelmente aboletado no Palácio Paiaguás, PTX destampou a contratar auditoria no grito -- a peso de ouro -- para descobrir a causa do atraso, coisa que qualquer idiota sabe: não pagaram os caras do consórcio vencedor e ainda inventou um tal de "leilão reverso" -- novo sinônimo de calote-monstro, mesmo! -- "beneficiando" todos os fornecedores de bens e serviços.
Assim se passaram quase dois anos, até que, nosso Guia Genial não teve outra escapatória e se viu obrigado a admitir que não tava nem aí pra Véia Chica. E confessou que preferia construir quatro hospitais regionais com 300 leitos cada a concluir o Veículo Leve sobre Trilhos. Quer dizer: dois de seus futurosos nosocômios já deveriam estar em vias de ser entregues, aforante o PS Municipal em São Bão e o HU da Fufu na estrada de Leverger.
Do "mais melhor", porém, ficamos sabendo esta semana: o prefeito putativo de todos os municípios -- o neo-secretário Wilson Pereira dos Santos --, descartou qualquer plano no sentido de ver cuiabano e varzegrandense passeando de trem enquanto Taques mandar nessa bagaça. Disse que irá dedicar seu precioso tempo na Secretaria Estadual das Cidades a "desembaraçar" a geringonça, isto é: haja consultoria! Sem licitação, evidentemente.
Resumo da ópera bufa:
SE ESSE GOVERNICHO NÁUM ACABAR
LOGO EM 2018, PODE CRAVAR AÍ 2024!
Relatora da comissão criada para vasculhar contracheques que ultrapassem o teto legal, a senadora do PMDB de Tocantins diz que não quer "fulanizar" a discussão, mas mira em "efeito cascata" do Judiciário.
A participação do ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) na Conferência da ONU para o Clima que ocorre no Marrocos deu indicativos de qual será o discurso do governo Michel Temer (PMDB) e do agronegócio brasileiro em relação ao aquecimento global. A relativização da perseguição a ativistas no país, porém, foi um dos pontos que mais gerou desconforto.