O nome do Esse-Lentíssimo é José Pedro Gonçalves Taques, porém, pode chamar de Sadim -- Midas às avessas --, pois desde que assumiu o governo de Mato Grosso, em tudo o que bota a mão vira merda.
A uruca começou já na campanha de 2014, quando a candidata ao Parlamento estadual em cujo ombro colocou o fura-bolo e saiu carregando por aí, Adriana Vandoni, não conseguiu votação de vereador em Acorizal.
Na escolha da Mesa Diretora da Assembleia, seu candidato levou tinta; na de presidente da AMM, idem e, para a Câmara, apostou tudo no apresentador Éverton Pop, que teve menos votos que seu cinegrafista.
Com o mentiroso militante, caloteiro praticante e incurável farsante, de quem se assumiu neomarqueteiro em botão quase-flor, neste segundo turno, foi novamente um fiasco: acabou derrotado até pela abstenção.
Em Rondonópolis, principal polo econômico do Estado, seu protegido também apanhou feio de Zé Carlos do Pátio -- o "Menino Maluquinho" --, que jogou nas águas barrentas do rio Vermelho todos os caciques do lugar.
Mas não é apenas na seara político-partidária que virou sinônimo de azar: na disputa da OAB/MT levou um vade-mecum no rim, e o Conselho Regional de Economia -- CORECON, dobrou a meta, claro.
Pois é... A majoritária de 2018 vem aí e pelo mantra entoado ontem pelos servidores no Centro de Eventos Pantanal -- local da apuração na Capital -- será a vez de o guia genial provar do próprio veneno.
Está escrito nas estrelas que vai se
transformar no 1º a ir pro pau após
a vigência do instituto da reeleição.
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Ah! Hoje é o Dia das Bruxas...
e amanhã, 2/11, o de Finados.
Além de lenta e burocrática, a Justiça brasileira continua sendo cara, aponta levantamento do CNJ. Mesmo assim, o balanço apresenta três informações importantes.
A eleição de Marcelo Crivella à prefeitura do Rio é novidade das mais relevantes. Representa o lançamento de um projeto de poder político-religioso, essencialmente conservador, que floresce no jardim onde restam cinzas das forças políticas dominantes nas últimas três décadas.
O “projeto de nação idealizado por Deus para o Seu povo” existe. Um esboço encontra-se no recém-lançado “Plano de poder — Deus, os cristãos e a política”, assinado pelo tio de Crivella e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, em parceria com o jornalista Carlos Oliveira.
Uma particularidade dos assentamentos da reforma agrária, até aqui, consistia no fato de serem tutelados pelos movimentos sociais, que ali fincaram um dos pilares de sua militância e de recrutamento de membros para invasões. Um assentado é, assim, não só tutelado pelo Estado, mas, principalmente, pelo MST.
Comparem-se frases, slogans, chavões, construções de raciocínio petistas contra as imprescindíveis mudanças na regulação da exploração do pré-sal, enfim executadas pelo Congresso, com frases, slogans, chavões e construções de raciocínio da época da campanha do “petróleo é nosso”, nas décadas de 40 e 50 do século passado, cujo desfecho foi a criação da Petrobras, em 1953, e a conclusão é que nada mudou na ideologia nacionalista brasileira, de esquerda ou direita, em todo este tempo.
Cabe dizer, então, que o nacionalista nativo nada aprendeu e também nada esqueceu. Se já era delirante a ideia da proteção de “nossas riquezas”, hoje ela soa descabida, além de retrô. Não bastasse a constatação de que os contratos de risco estabelecidos a contragosto pelo nacionalista presidente-general Ernesto Geisel, em 1975, e o fim do monopólio da estatal em 1997, por meio de FH, foram essenciais para a própria descoberta do petróleo do pré-sal, sempre se soube que a empresa não tinha a mínima condição financeira para explorar de forma monopolista esta nova fronteira geológica de produção.
À parte a roubalheira lulopetista no petrolão, responsável por bilhões em prejuízos na estatal— já foram contabilizados em balanço R$ 6,2 bilhões nessa conta —, os delírios estatistas que levaram a reservar a área do pré-sal para a Petrobras passaram a degradar a situação financeira da própria empresa.
Inspirada no fracassado programa de substituição de importações do governo Geisel, na ditadura militar, a política de usar o poder de compra da empresa para elevar na marra os índices de nacionalização de equipamentos usados no setor de petróleo levou a grandes aumentos de custo e a constantes estouros de prazos. O que pode acontecer de pior para programas de investimento. No caso, a exploração do pré-sal.
Incrível como a miopia ideológica leva à repetição de erros. Geisel pode ter sido apanhado de surpresa. Lula e Dilma, não. Poderiam, inclusive, pedir informações sobre o resultado daquele projeto geiseliano.
Não faltam informações, também, sobre o antes e o depois da abertura da exploração de petróleo a capitais privados estrangeiros e nacionais. O slogan do “petróleo é nosso” empolgou muita gente, porém o óleo e o gás se mantiveram durante décadas debaixo da terra, sem ajudar o país.
A Petrobras se transformou em importante empresa, com qualificado quadro técnico, muito experiente em especial na exploração em águas profundas. Mas sem a flexibilização nas regras do pré-sal, ia-se voltar à época em que o petróleo era “nosso”, mas não se produzia uma gota dele. E sem abrir o pré-sal ao mundo, e como a Petrobras continua bastante endividada, não haveria um novo leilão tão cedo, pela impossibilidade de a estatal deter compulsoriamente 30% de todos os consórcios e ser a operadora única deles. A própria Petrobras pedia as alterações que estão sendo feitas.