CURTO & GROSSO

Edição de 26/11/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Para todos os efeitos legais, as mulheres têm direito a 30% do total de candidaturas a cargos proporcionais -- Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara Federal. Só que não é bem assim.

Para a conta ficar redondinha, tal percentual deveria se estender à bancada eleita, de tal sorte que praticamente a terça parte seria do sexo feminino, garantindo a elas, assim, participação efetiva.

Do jeito que reza a legislação, salvo honrosas exceções, a mulherada entra na dança apenas para cumprir tabela -- na verdade não passam de "cabas eleitorais" de medalhões de todos os partidos.

É por isto que são cada vez mais corriqueiros os casos em que algumas sequer votam nelas mesmas, escancarando a malandragem que torna as normas do Tribunal Superior Eleitoral mero penduricalho.

Se a soma da votação delas assegurasse uma ou mais cadeiras em igual proporção ao quociente da legenda -- incluindo a definição de suplências --, já no pleito de 2018 alcançaríamos o desejado terço.

Daí o atual quadro: só chegam lá esposas de prefeitos, deputados, senadores e governadores, ou seja, consagra-se o nepotismo "puro" e simples, pois "mulher é descartável", portanto, "não é parente".

Promete-se de novo, face a crise de governabilidade, uma "profunda" reforma política, porém, se o atual sistema for mantido, lamentavelmente, estará se perpetuando esta empulhação de gênero.

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Pronto! Nem seria preciso esperar que o Supremo se encarregasse de liquidar a dita “anistia”, como certamente o faria.

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O governo Temer não é pior do que o governo que tínhamos até ontem, ou anteontem. Em certos aspectos, chega até a ser melhor.

Está se esforçando para imprimir um pouco mais de racionalidade na gestão pública e nas relações entre Executivo e Legislativo.

Carece, porém, de eixo. Sua composição o fragiliza, sustentada que está pela preocupação de evitar divisões na base parlamentar.

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Esta semana, quando falava a seus adoradores, o ex-presidente Lula reclamou que não se falava no apartamento de Geddel Vieira Lima em Salvador como se falava “do meu tríplex no Guarujá”. Tem até vídeo.

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