A Odebrecht foi sentenciada nesta segunda-feira por um juiz americano a pagar 2,6 bilhões de dólares (cerca de 8 bilhões de reais) a Brasil, Suíça e EUA, após ter admitido manter um esquema de propinas ao longo de 15 anos em mais de uma dezena de países que, segundo promotores americanos, levou a pagamentos irregulares de 3,34 bilhões de dólares (10,3 bilhões de reais).
ROBERTO CAMPOS
O 'PAPA BANANA' QUE CRIOU
o Fundo de Garantia
A trajetória desse personagem fundamental para o país, falecido em 2001, está descrita no livro "O Homem que Pensou o Brasil", lançado em comemoração ao seu centenário e organizado pelo diplomata Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais.
Quem foi Marcelo Odebrecht? O mandachuva do país durante o reinado do PT? O chefe de uma sofisticada organização criminosa? Ou o “bobo da corte” afinal preso e forçado a delatar?
E Lula, quem foi? O primeiro operário a chegar ao poder? O maior líder popular da História? Ou o presidente que fez da corrupção uma política de Estado?
Marcelo será esquecido. Luiz Inácio Odebrecht da Silva, jamais.
As delações que estarreceram o País estes dias incendiaram as redes sociais. Os memes se multiplicam na internet. O protagonista dos quadrinhos chama-se Marcelo Odebrecht, eleito "o dono do Brasil".
Reina nas sátiras e anedotas o ex-presidente do Grupo que leva seu sobrenome e que, segundo o patriarca dos delatores, Emílio Odebrecht, especializou-se nos últimos 30 anos na distribuição de propinas e caixa 2 a deputados, senadores, governadores e que também engordaram o patrimônio pessoal de agentes públicos.
A campanha deste ano inclui, pela primeira vez, os profissionais de educação no grupo prioritário. Cerca de 2,3 milhões de professores de escolas das redes pública e privada devem ser imunizados nos postos de saúde de todo o país.
Comandada por três delegados da PF, em Curitiba, a equipe da Carne Fraca — operação deflagrada em 17 de março em sete Estados — apontou esquema criminoso de indicações políticas em cargos-chave do Ministério da Agricultura, em especial no Paraná e Goiás, que tinha como contrapartida a obrigação de arrecadar propinas para partidos como PMDB, PP e PDT com empresários do setor de carnes e embutidos.