Se é verdade que amigos do alheio sempre existiram, isso não torna lícito e aprovado o roubo, que sempre foi e continua a ser considerado um ato desonesto e injusto, além de marcar de maneira negativa a pessoa que o pratica.
É feio e vergonhoso ser ladrão e ser chamado de ladrão não é considerado um elogio para ninguém...
Talvez, na sociedade dos ladrões, furtos e roubos possam ter algum reconhecimento, mas essa seria uma sociedade inominável e sem reconhecimento meritório.
Por que não abolir de uma vez a lei que proíbe roubar, considerando que essa prática se tornou tão comum e difundida?
Assim, segundo informou o Jornal Hoje, da Globo, Joesley tentou justificar o conteúdo do longo bate papo com o executivo do grupo Ricardo Saud, que teria ocorrido no dia 17 de março.
Na conversa, bastante animada e aparentemente movida a álcool, marcada por revelações sobre preferências sexuais da dupla, Joesley e Saud tramam como neutralizar o Supremo Tribunal Federal e articulam uma aproximação do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Longe de ser uma retificação, a declaração de Rodrigo Janot, na segunda-feira, incorreu no mesmo erro cometido em maio de 2017, quando o País soube do acordo de colaboração premiada com Joesley Batista.
Exatamente como ocorreu com o chefe do Poder Executivo em maio, agora foi a vez de o Supremo Tribunal Federal (STF) ser injustamente envolvido em supostos crimes "gravíssimos".
Para líderes governistas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, traçou um roteiro para tentar salvar sua imagem depois da reviravolta provocada pela descoberta de áudios omitidos por Joesley Batista.
Nessa avaliação, Janot, fragilizado politicamente, não teve outro caminho que não fosse pedir a prisão de Joesley e de Ricardo Saud, executivos da J&F, e do ex-procurador Marcelo Miller, seu ex-braço direito na PGR.
Além de Joesley Batista, dono da JBS/Friboi, o procurador-geral pediu que o Supremo autorize a prisão de Ricardo Saud, diretor do J&F, e do ex-procurador Marcello Miller.
Os pedidos foram motivados pelo conteúdo de uma gravação entregue pela própria defesa do Grupo J&F, na qual Saud e Joesley falam sobre a suposta interferência de Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada.