Em meio a uma semana de tantas notícias péssimas – com direito a sexta-feira, 13 – passou quase batido o principal fato dos últimos anos: a publicação da lei que permite que empresas privadas façam doações a universidades públicas.
Com este gesto, o presidente Temer – "o homem errado com as propostas corretas", no dizer de Fernão Mesquita – constrói um legado só comparável à Abertura dos Portos às Nações Amigas, por Dom João VI, em 28 de janeiro de 1808.
Curioso – isto para não dizer sintomático, tal o nível de aparelhamento petralha – que a efeméride sequer mereceu registro na Agência Brasil, do governo federal. E o mesmo, por certo, dar-se-á nos campi das universidades federais.
Os recursos podem ter destinação a projetos específicos ou para o caixa único das instituições, por livre escolha do benfeitor, como ocontece nos Estados Unidos, onde não existem escolas superiores mantidas pelos contribuintes.
Lá, quem doa, o faz para que os filhos tenham formação acadêmica melhor que aquela que pagou – o que não se dá nas Unic/Kroton da esquina, mais cara que as universidades top de linha nos EUA que, de quebra, oferecem alojamento.
Amanhã, 15, é o Dia do Professor, e se alguma manifestação "espontânea" houver na FUFU, será contra o "golpista" – que não é santo, razão pela qual foi escolhido duas vezes por Lula para ser o vice de Dilma – e em apoio ao apedeuta-mor.
Não duvide – é muito provável, se bem conheço o gado – que por força do cabresto ideológico, os nossos valentes "intelequituais" reajam como o pobre orgulhoso, que fica magoado quando uma boa alma acena com alguma ajuda.
Se até Dom João VI enfrentou resistência há dois séculos e vai pedrada, imagine abrir a cabeça da companheirada, então. Nem a foice e martelo, porque o empresário irá exigir comprovante de aplicação de cada centavo – sem pixulecos.
Evidente que, no curto prazo, não veremos nenhum rasgo de generosidade por parte daqueles pré e pós-milionários que estudaram no campus do Coxipó da UFMT. Pelo contrário: berram e brigam por qualquer obrada – sem licitação, é claro.
De toda sorte esta sementinha está lançada ao solo, por enquanto árido. A lamentar, apenas o fato de a histórica iniciativa limitar-se tão somente ao terceiro grau. Por que não em todos os níveis da rede pública – a começar do prezinho?
A ideia é tão boa, a merecer um benfazejo "efeito cascata" e replicada nos Estados e municípios, ao contrário daqueles marotos aumentos salariais – o que só depende da boa-vontade de governadores, prefeitos, assembleias e câmaras.
Se você, além de entrar em contato com um monumento moral, quiser proceder a um exercício de “construção da verdade instrumental”, pouco importa se com ocorrências verdadeiras ou falsas, deve assistir aqui ao vídeo em que o doleiro Lúcio Funaro assegura ter ido buscar um dinheiro no escritório de José Yunes, então assessor de Michel Temer, para repassar para a campanha de Geddel Vieira Lima. Yunes diz que ele está mentindo
Cesare Battisti, assassino prófugo, que encontrou proteção no Brasil por conta do apoio de meia dúzia de políticos desorientados – dentre os quais o ex-senador e agora vereador Eduardo Suplicy – está tingindo de vergonha seu currículo de guerrilheiro audaz e destemido.
Em meio às pressões para que o governo restitua o imposto sindical, o Ministério do Trabalho estuda liberar para os sindicatos valores recolhidos nos últimos anos, mas que não foram distribuídos às entidades.
A medida pode injetar no cofre dos sindicatos até R$ 1 bilhão, valor estimado do saldo residual.
De acordo com o médico endocrinologista Bruno Halpern, estudos mostram que o índice de infartos aumenta na semana em que o ajuste é adotado, consequência de o organismo ser obrigado a acordar em um momento no qual ainda não está pronto, dessincronizando o ritmo biológico interno.