Dois recibos de aluguel do imóvel vizinho ao do ex-presidente Lula, em São Bernardo, entregues ao juiz federal Sérgio Moro pela defesa do petista, apresentam datas que não existem no calendário cristão.
Construtora Mendes Junior – velha conhecida de nosso e-leitorado, protagonista do "Caso do Precatório Fura-Fila", denunciado aqui, óh!!! e por anos a fio obsequiosamente silenciado por toda a concorrência escrita, falada, imaginada, internetada e autofalantada – finalmente decidiu tirar esse erado esqueleto do armário, para total desespero do ainda miministro dos agronegócios – dele, claro.
A empresa está negociando delação premiada com a Polícia Federal – não com a PGR, que mesmo "sobre" nova direção, agora com Rachel Dodge, ainda se acha detentora exclusiva da delirante prerrogativa de selar esse tipo de acordo, apesar das lambanças do ex, Rodrigo Janot – remember Caso JBS/Friboi – que exercitava o "direito" de fazer do Supremo mero homologador de suas neuras.
As tratativas com os "meninos" estão bem adiantadas e, entre os casos em que a empreiteira-monstra se acha metida figura a milionária transação com o então governante, Blairo Borges Maggi – aquele que, além de passar a perna na Santa, perpetrou o sacrilégio de distribuir medalhinhas da Padroeira do Brasil para ser utilizada na lapela por fornecedores como uma espécie de "senha" por seus parças.
Como se sabe, a Federal é bastante criteriosa também nesse qüesito e somente encaminha ao Supremo para o "nihil obstat" quando dispõe de provas concretas, não apenas lero-lero de quem só pensa em levar vantagem e apela para toda sorte de artimanhas – são bandidos, afinal –, como ocorreu com os irmãos da dupla goiana Wesley & Joesley e, mais recentemente, com o ex-governador-delator Silval Barbosa.
E papelama comprovando o baita passa-moleque nos demais credores do Erário de MT eckziste a granel, assim como comprovante na prestação de contas, na eleição seguinte, da mãozinha, a título de "doação", do "congromelado" MJ à candidatura à reeleição do Menininho Mimadinho do Vale do Rio Bostinha – aquele que nunca teve berço e, pelo exposto em seu felpudo prontuário, nem um pinguinho de vergonha.
A CPMI da JBS deve aprovar hoje a quebra do sigilo dos e-mails e dos telefones do ex-procurador Marcello Miller para tentar provar que ele orientou a delação da JBS ainda quando atuava na como braço direito de Rodrigo Janot na PGR.
Enquanto alguns dormem com um pijaminha social (para o caso de precisar descer para vistoriar obras de emendas parlamentares em Várzea Grande), outros perdem o sono sem saber quando receberão a dádiva do despertar ao doce toque madrugador da campainha acionada pelos homens da valorosa Polícia Federal.