TÁ LIGADO?

A maldição da Bola de Ouro
22/05/2006

A Bola de Ouro é, há cinqüenta anos, o troféu que significa a consagração definitiva de um jogador, mas também leva consigo uma maldição, já que ninguém premiado com este troféu conseguiu ganhar a Copa do Mundo durante o seu reinado.

Em 1956, a revista ¨France Football¨ entregou pela primeira vez este troféu, que distingue de forma oficiosa o melhor jogador do ano, entre todos aqueles que participam das diferentes ligas européias.

Stanley Matthews foi o primeiro vencedor deste prestigioso prêmio, que também foi conquistado por jogadores de primeiríssimo nível, como di Stéfano, Eusebio, Best, Cruyff, Beckenbauer, Platini, Van Basten, Ronaldo e Zidane.

Ronaldinho Gaúcho será o próximo a enfrentar o desafio desta terrível lenda, que adquire tinturas dramáticas se, além disso, comprovarmos que cinco dessas bolas de ouro ficaram a apenas um passo do título mundial, perdendo a final de maneira extremamente dolorosa.

O italiano Rivera, que vivia uma tempestuosa relação com seu técnico, só disputou seis minutos daquela histórica partida da Copar de 70, na qual o Brasil goleou e conquistou o título.

Quatro anos mais tarde, a laranja mecânica de Cruyff foi surpreendida pela Alemanha, quando muito poucos apostavam em seu triunfo, e em 1982, um lesionado Rummenigge viu como seleção ser goleada no Santiago Bernabéu, pela Itália de Bearzot.

No entanto, os dois casos mais extremos aconteceram em 1994 e 1998: Roberto Baggio perdeu o pênalti decisivo na final dos Estados Unidos, enquanto na Copa da França, o Brasil sofreu a maior derrota de sua gloriosa história nas copas diante dos anfitriões, em um jogo no qual Ronaldo participou muito minguado, por motivos que jamais foram revelarados claramente.

À vista destes desastrosos precedentes, bem fariam os brasileiros em começar a se despedir de seu sexto título mundial em 2006, já que Ronaldinho Gaúcho recebeu, para desgraça da torcida brasileira, a última Bola de Ouro, em 28 de novembro.

A Inglaterra de Frank Lampard e Steven Gerrard, segundo e terceiro classificado respectivamente, pode respirar tranqüila.

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Agência EFE

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