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TÁ LIGADO?

Quebra de sigilo telefônico por R$ 300
27/12/2006

Esquema envolve funcionários de operadoras e agências de detetives

A quebra de sigilo telefônico não é apenas um recurso extremo usado pela Justiça. Virou um milionário esquema criminoso que envolve detetives e funcionários de operadoras de telefones fixos e móveis. Contas detalhadas de qualquer assinante são oferecidas no mercado paralelo a partir de R$ 300. Diferentemente do já conhecido e amplamente usado grampo, no qual se escutam as conversas telefônicas, a quebra de sigilo ilegal oferece o extrato da linha com as chamadas feitas e recebidas.

Primeiramente, o cliente liga para um detetive, contrata o serviço por e-mail ou pessoalmente. Para isso, paga 50% do orçamento adiantados. O espião, então, aciona seu comparsa: o funcionário que trabalha dentro de uma operadora. Feito o pedido, em 48 horas o cliente recebe a conta detalhada. Por último, é paga a outra metade do valor que foi acertado pela quadrilha.

São oferecidas contas detalhadas para qualquer linha, seja pré ou pós-paga, de telefone fixo ou móvel. Além das chamadas, as contas detalhadas apresentam os dados que a empresa tem do cliente, como nome completo, endereço, RG e CPF.

SERVIÇO GARANTIDO

A reportagem do Jornal da Tarde fez o teste com 20 agências de detetives. Todas, sem exceção, oferecem o serviço criminoso. “Hoje o mercado de espionagem só trabalha com isso”, revelou um detetive. “Tem operadora que é mais difícil, tem operadora que é fácil, mas não tem nenhuma que seja impossível”, garantiu.

E a concorrência é grande. Cada mês de conta detalhada de uma linha celular, por exemplo, varia de R$ 300 a R$ 1 mil. Em geral, os agentes oferecem o pacotão. São três meses de conta de uma só vez. “É mais fácil porque está liberado no sistema”, dizem os agentes. Então, se o interessado ligar hoje para o detetive consegue as contas do assinante que deseja investigar referentes aos meses de novembro, outubro e setembro. “Depende da necessidade. Mas é possível também entrar no arquivo, fazer microfilmagem e copiar os meses anteriores. Assim, fica mais difícil e mais caro porque a gente precisa de um terceiro e de um quarto funcionários dentro da operadora”, conta, tranqüilamente, o detetive.

“A quebra de sigilo é novidade, uma denúncia grave”, avaliou o delegado titular da Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos do Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic), Plínio Sales. “Ainda não temos vítimas que registraram ocorrências porque muitas vezes elas não sabem que tiveram a quebra de sigilo realizada. Nem desconfiam.”

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Carina Flosi - O Estado de S.Paulo

  

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