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TÁ LIGADO?
Ventiladores de mesa podem causar incêndio, diz ProTeste
01/02/2011
Enfrentando os dias mais quentes do ano no país, muitos consumidores apelam para os ventiladores de mesa para se refrescar. De acordo com a ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), porém, é preciso ficar atento para os riscos desses aparelhos.
Testes realizados pela entidade com cinco marcas comercializadas no Brasil (Ano, Britânia, Faet, Mallory e Mondial) mostram que os aparelhos podem pegar fogo.
"Só o modelo da Arno teve resultado aceitável, mas ainda assim para uso supervisionado. Ou seja, não dá para dormir à noite com ele ligado, porque, se houver um curto-circuito, o aparelho pode pegar fogo sem que se perceba", afirma a ProTeste.
A ProTeste testou as peças que sustentam as conexões condutoras de correntes simulando um curto-circuito e, em todos os ventiladores, elas pegaram fogo. Apenas nos modelos da Arno e da Britânia a proteção dessas peças foi suficiente para que o fogo não se espalhasse por todo o aparelho -- o que poderia gerar um incêndio.
A entidade ressalta ainda que, além do risco de incêndio, os ventiladores testados também possibilitam acesso à chamado "parte viva" do aparelho --pelas quais passa a energia--, o que poderia causar choques na instalação, montagem e utilização do aparelho. Apenas a Arno (marca melhor avaliada na pesquisa) não apresentou o problema.
O ventilador da Faet apresentou mais um problema: com grades muito abertas, o acesso às hélices do aparelho é facilitado, podendo gerar acidentes.
Por último, a ProTeste testou a qualidade dos aparelhos e constatou que apenas o ventilador da Arno teve bom desempenho nas três velocidades oferecidas.
Os aparelhos testados foram: Arno Turbo Silêncio 30, Britância Protect Turbo 30, Faet Super 30, Mallory Security Black e Mondial Premium NV-31.
OUTRO LADO
Em nota, a Mondial informou que o produto testado é antigo e atualmente já se encontra fora de linha. Para a empresa, a Proteste usou de maneira errada a norma que controla os equipamentos eletrônicos. A Mondial também esclarece que seus novos produtos já contemplam novas hélices com maior vazão de ar e eficiência, bem como uma nova estrutura mecânica que evita contato com as partes vivas.
A Mallory divulgou nota em que diz que cumpre as exigências legais e informa ainda os pontos indicados "já estão sendo trabalhados e as modificações serão implantadas nos próximos meses, antes da certificação virar compulsória".
A Arno declarou que os produtos fabricados pelo Grupo SEB do Brasil, detentor da marca Arno, estão em conformidade com as normas de segurança. Segundo a empresa, em testes próprios não foram detectadas as irregularidades apontadas pela Proteste.
A Faet diz em comunicado que o ventilador modelo 1048, testado pela Proteste, está sendo tirado de linha, uma vez que até o dia 30 de dezembro todos os modelos deverão atender a uma nova norma do Inmetro. "Os novos produtos da Faet que já estão no mercado atendem à padronização". A empresa destaca ainda que os ventiladores possuem protetores térmicos em seus motores, evitando a possibilidade de incêndio ao aquecerem.
A Britânia informou, em comunicado de sua gerência de produtos, que os itens reprovados no teste estão sendo avaliados e corrigidos pela empresa.
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Folha Online
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