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O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

TEMA LIVRE : Léo Medeiros

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O Coliseu de Roma e o Kolizeu do Verdão
25/05/2007

BOTOCUNDIA NEWS SPORT

Coliseu de Roma, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, deve seu nome à expressão do latim Coliseum, devido ao colosso de Nero, que ficava perto a edificação.

O Kolizeu, que uns trôpegos, iniciam a chamar de “montanha russa”, aviltando o verdadeiro nome “Aecim Tocantins” , fica ali perto do Verdão (um colosso em desuso, símbolo da falência do esporte bretão em Mato
Grosso.)

O Coliseu, uma exceção de entre os anfiteatros pelo seu volume e relevo arquitetônico, era um local onde seriam exibidos toda uma série de espetáculos, inseridos nos vários tipos de jogos realizados na urbe.

O Koliseu, será inaugurado “meio-acabado”, não se sabe a programação futura, recursos para terminação da obra, aproveitamento do entorno e do famoso impacto ambiental urbano.

No Coliseu, os combates entre gladiadores, entre estes e feras ou mesmo combates navais, inseridos no vasto movimento propagandístico romano, concedia uma especial relevância às características essenciais da cultura romana, dos valores morais greco-romanos instituídos e do verdadeiro “tesouro” composto pelas lendas e mitos daquela civilização.

O Koliseu servirá também, e, principalmente, para impacto propagandístico; rezaremos para que os governantes e administradores determinem seu uso para o benefício dos jovens, estimulando o esporte, a cultura e os valores morais, ainda existentes em nossa sociedade.

Antigamente, o Coliseu era ¨inundado¨ para treinos de guerra; era possível até praticar batalhas navais em seu interior.

Que o nosso Koliseu seja inundado de bons propósitos, que tenha boa cobertura, bons estacionamentos, boa iluminação, bom sistema de som, boa segurança...

Os romanos que construiram o Coliseu, possuíam notável conhecimento em arquitetura. O Coliseu tal como o nosso Koliseu é uma empresa colossal, aquele poderia abrigar no seu interior cerca de quarenta e cinco mil espectadores, este, onze mil em sua capacidade máxima.

Os construtores do nosso Koliseu.... bem, vá ao local das obras e confira; situe-se no anel superior, visualize a arena abaixo; incrível, fantástico, extraordinário; você não terá a visão completa da quadra.

Ué? Nada de ué, ô meu! Vá lá e confira.

Um estádio construído para receber assistentes, por defeito de projeto, do arquiteto ou do engenheiro(?) impede que pelo menos três mil tenham a visão completa da quadra; mas seu exterior é exuberante, obra para propaganda.

O Coliseu foi construído em mármore e pedra travertina, o nosso Koliseu com cimento e ferro.

A fachada do Coliseu compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jónicas e coríntias: o nosso será decorado com as cores do partido e a emblemática “mão suástica”, marca do governo atual.

Assim como o Coliseu que tinha os assentos em mármore e os usuários eram divididos em diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; as maeniana, setor destinado à classe média; e os portici, ou pórticos, construídos em madeira, para a plebe e as mulheres; assim será o nosso Koliseu: arquibancadas sem visão para a plebe ignara, cadeiras e tribunas para os capitalistas abastados.

Mas o nosso Koliseu, ao contrário do similar romano, similar (?), possui cobertura permanente, já aquele, o italiano, possuía as mísulas, que sustentavam o velarium, enorme cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores.

Que pobreza!

Mas, esqueça o dito antes, vá assistir aos jogos de inauguração, leve seu filho, sua filha, sua família, lá estarão presentes, no nosso Koliseu, alguns nobres representantes do que o Brasil produz de melhor; conheça os jogadores campeões mundiais e olímpicos.

O melhor da raça. Vale o sacifício.

Se quiser conhecer os piores vá a Brasília... Ops !

Ah!, não se esqueça: se quiser assistir realmente ao jogo, fuja do anel superior do nosso Koliseu; uma “obrinha” de uns vinte e poucos milhões de reais e alguns aditamentos.

Se não tiver jeito leve uma “televisãozinha” a pilha.

A construção concretiza o sonho de muitos mato-grossenses. O “Baiano” é o mestre da obra.

Sonhos?

Já ia me esquecendo, esta semana a incúria, o desrespeito e o descaso mataram os sonhos de uma equipe construída com sacrifícios; estão os atletas da equipe sub-17 de futsal de MT com profunda dor de respeito.

Plantaram sonhos naqueles jovens, fizeram-nos acreditar que eram capazes de vencer desafios e venceram.

Mas, tem sempre um maldito mas, tiraram-lhes a oportunidade, talvez a única para muitos deles de representar seu Estado em competição nacional.

Por uns míseros reais, condenaram os sonhos dos jovens atletas ao limbo da desesperança; ficaram em Mato Grosso, não viajaram por falta do prometido transporte.

O que restou?

A sobrevivência hoje porque para eles, sem sonhos, não existe o amanhã?

Não. Estes jovens não podem pensar que estão sós; eles têm que acreditar, hoje, que vai existir o amanhã com mais justiça.

As intempéries e os desafios fazem parte da vida, que pelo menos a lição sirva de bálsamo para cicatrizar a alma ferida.

Lembro que há muito tempo um homem com o apelido de Pelé, em estado de transcendência pelo milésimo gol, disse para todo mundo ouvir:

“Olhem pelas nossas crianças!”.

Esta lição o “Baiano” não aprendeu.

Que nos perdoem os jovens atletas pela incapacidade de nossos governantes.

Falei antes e errei na avaliação, não precisamos viajar para Brasília...

...

Léo Gonsaga Medeiros - Cidadão Cuiabano - Triste tarde da noite do dia 24 de maio de 2007


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Comentários dos Leitores
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Comentário de haroldo assunção (haroldoassuncao@ig.com.br)
Em 25/05/2007, 13h45
brilhante
Simplesmente... brilhante!

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