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TEMA LIVRE : Pra Seu Governo

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A mentira também constrói
20/06/2007- Jorge Baptista Ribeiro

“Caluniai, caluniai; sempre ficará alguma coisa” (Voltaire)

É inegável que as nossas polícias sofrem influências políticas, haja vista que a Polícia Federal subordina-se ao Ministério da Justiça, cujo ministro é o negociador político do Executivo e desde há muito, o cargo é mobiliado por pessoas, como dizia a minha avó, “não muito católicas”.

Da mesma forma as Policias Militares devem obediência aos governadores e seus comandantes gerais são gente que somente é alçada àquele cargo e nele permanecem se forem correligionários, pelo menos, obedientes.

Com as policias civis estaduais, o mesmo acontece.

Os secretários de Segurança dos Estados, com raras exceções, acabam virando deputados, pelos partidos dos governadores aos quais servem. E todo mundo sabe que todo mundo sabe que se não rezarem na mesma cartilha do partido, não são lançados como candidatos. Afinal, a “dolce vita” parlamentar é tentadora.

Mas, apesar de tantas influências políticas e politiqueiras é preciso que não nos esqueçamos que a Polícia engloba os órgãos e instituições incumbidos de fazer respeitar as leis, de reprimir e combater crime.

Em conseqüência, são instituições necessárias à manutenção da ordem pública e à defesa da sociedade. Portanto, precisando delas, é de bom alvitre que as tenhamos prestigiadas, incentivando-as a expurgar alguns dos maus elementos que as poluem.

Não podemos nos esquecer que não é à toa que a sabedoria popular cunhou a expressão: “a Polícia prende e a Justiça solta”.

Muito menos surgiu por acaso a blague de que os gases intestinais funcionam à imagem e semelhança da Polícia e da Justiça.

“Embora a Policia com muito esforço consiga prender, a Justiça relaxa e os maus odores logo empestam o ambiente” (autor desconhecido).


Caro leitor, ponha-se no lugar de um policial honesto, cumpridor dos seus deveres que arrisca a pele na prisão de criminosos e verifica que seu esforço foi em vão, quando, por exemplo, um governador do Estado, sumariamente o afasta da missão e vai ao encontro dos bandidos para apertar-lhes às mãos e pedir desculpas, por uma bala perdida que ninguém sabe da arma de quem saiu.

Ademais, permito-me chegar às raias do truísmo, repetindo fato mais que comprovado: igualzinho aos fora-da-lei do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, similares e desordeiros a serviço de causa ideológica, os bandidos usam menores, idosos e mulheres como escudo e não pensam duas vezes para obterem cadáveres que lhes propiciem dividendos, junto à generosa opinião pública.

Como enxergar o óbvio é tarefa muito difícil, obrigo-me a lembrar que, graças à Polícia, “nunca antes, na história deste País” (perdoem-me o plágio), tivemos tão excelentes condições para avaliar a força da picaretagem, da impostura, como atualmente nos oferece o cenário brasileiro.

Todo dia o noticiário informa que foi presa mais uma quadrilha, composta por “cartas” do mesmo naipe que andavam protegidas em “excelentíssimas mangas de paletós” que deviam estar acima de quaisquer suspeitas.

Reflitam como deve se sentir um policial que é acusado em estridente gritaria, de ter- se excedido, desnecessariamente, humilhando os
“coitadinhos” que, algemados sem culpa formada, foram postos mal acomodados num camburão em direção ao merecido xilindró. O pior é que diante do berreiro, logo aparecem eminentes “doutores” com projetos criativos e pareceres que caluniam, ameaçam.

Ainda mais que tais procedimentos se assemelham às argumentações dos profissionais do conto-do-vigário ou as dos pontífices do engodo e das conversas para boi dormir. E haja paciência para agüentar tanto maltrato.

Continuando com o óbvio, repito o que diariamente salta aos nossos olhos: uma chusma de embustes que assaltam a inteligência das criaturas, as quais podemos dividir em três categorias:

- os capazes de perceber que se irritam por serem tratados como idiotas, sorridentemente mandados relaxar e gozar;

- os que, por despreparo, sem resistência sucumbem ao maltrato das suas mentes e;

- a turma da desforra inconseqüente que, com seu primarismo, baixa intelectualidade e a maior cara-de-pau, maltrata os nossos tímpanos com assertivas, do tipo da que, recentemente, ouvi quando adverti um caixa de uma loja comercial, instruído pelo seu patrão para justificar o “esquecimento” do fornecimento da Nota Fiscal:

“Eles mentem e nos roubam, logo nós também mentimos e os roubamos, e daí? Tão todos ficando ricos e nós, cada vez mais pobres. Se com eles não acontece nada, com a gente também nada vai acontecer, pagando bem aos doutores, eles mentem por nós e dão sempre um jeito. E o pagamento meu patrão disse que garante”.

Por tudo isso acima, se assim se pode dizer, a mentira também constrói.

Em se tratando de seres humanos enfraquecidos pelo Pecado e os maus exemplos que vêm de cima, sempre terminando em “pizza” e em pouco tempo virando piada de salão, conforme profetizou o “sábio Delúbio” e não se levando em consideração a qualidade da construção, atualmente edificar nos cérebros alheios o que convém à bandalheira é tarefa fácil, lucrativa e sem nenhum risco.

Já que falamos em Polícia, noticiário e em doutores, julgo que aqui cabem mais algumas sintéticas considerações a respeito desse três importantes fatores que incidem no dia-a-dia da vida de uma nação.

Ao examinar uma notícia o homem comum não procede como um especialista de Inteligência que no seu ofício profissional tem compromisso com a lógica e a imparcialidade na busca da verdade, diferentemente do repórter ou do analista político, pois a ambos são permitidas manifestações políticas, portanto, apenas compromissados com a notícia.

Isto, quando não constando da folha de pagamento de organizações interessadas em formar opiniões favoráveis às suas causas. Daí surgindo a necessidade da cautela para crédito no noticiário que pode ser tendencioso ou desinformativo, haja vista que tem gente que faz tudo por fé ideológica e dinheiro.

A propósito, no noticiário corrente é quase sempre o policial que é acusado como agressor, não se considerando que é um integrante das Forças da Ordem, instrumento legal do Estado, na judiciosa administração da violência que, com risco de vida, confronta-se com delinqüentes para defender a sociedade.

Que ocorrem graves abusos, eu não nego nem desculpo. Em todas as profissões isso acontece, mas não é regra institucional.

Entretanto, sugiro a quem nunca se defrontou com o cinismo de um pilantra que, de tanto negar sua pilantragem, acaba convencendo a si próprio da sua inocência, colocar-se no lugar de um policial, desacatado, debochado e provocado para exceder-se ou corromper-se.

Além do mais, o desassombro faz parte do temperamento requerido para um policial “cana-dura”. Isto é, rigoroso no exercício da sua profissão.

Um policial que “a priori” repugna o uso da necessária violência preventiva ou dissuasória, seria um elemento tão impróprio na corporação policial quanto um cirurgião que desmaia à vista do sangue de um paciente.

Por má-fé, ingenuidade, “coitadismo”, por nunca ter tido um têtê-à-têtê, um olho no olho com delinqüentes ou lá o que seja, os detratores das Forças da Ordem parecem esquecer de duas coisas importantes, as quais vêem mas não enxergam, por burrice ou má-fé:

a) que as Forças da Ordem, além de serem instituições necessárias, são integradas por brasileiros, seres humanos como nós e, exatamente por isso, retratando a nossa estrutura social, isto é: eles somos nós, povo brasileiro. Seus erros e seus excessos, sempre condenáveis, decorrem de desvios de condutas individuais de mal formados.

Portanto, generalizar, causando danos às instituições protetoras da sociedade, é desejar a desordem, se acumpliciar com a criminalidade.

Ademais, as lambanças são de valor insignificante diante dos benefícios ordenadores da ação policial.

Por óbvias razões, lamentavelmente, mais se valorizam suas transgressões, em razão do seu caráter acidental e chocante, enquanto um vício secular, aliado ao trabalho-de-massa perversor, desviam a nossa atenção dos seus acertos.

Para todos a normalidade consiste em circular sem correr o risco do assalto, do achaque e da perda da vida. E isto tudo quando acontece, é pouco reconhecido e muito menos agradecido à Polícia; é comum dizer-se: não fizeram mais do que a sua obrigação. O incomum é o reconhecimento de que são mal pagos para arriscar a pele;

b) que é complexo e de extrema dificuldade o desempenho das tarefas afeitas à Polícia, principalmente, porque lidam com vidas humanas e os que desejam a licenciosidade, a desordem, a vida criminosa, têm claque que, sem muito esforço, sensibiliza à sociedade.

Por conseqüência, pergunta-se: até que ponto as Forças da Ordem devem chegar quando na defesa da ordem interna, da paz social e das instituições são recebidas à pedradas, à bala, com insultos e as mais diversas ameaças e provocações? Devem a tudo isso se intimidar? Se conformar com a sua desmoralização? Levar um ramo de flores nas mãos, ao invés de um fuzil, torcendo para ser alvejado de morte pelos bandidos e, assim, ficar livre da sogra e dos encargos familiares? É, para quem se esquece, eles também têm família!

Quanto aos doutores, excelentíssimos e meritíssimos, dispenso-me de comentários, tendo em vista que é público e notório os clamores populares, contrários às contumazes chicanas de advogados de porta de xadrez, conjuminadas com a nutrição da impunidade, por uma Justiça claudicante, há bastante tempo presente nas manchetes diárias da imprensa, sem que se veja avermelharem-se algumas faces e se vislumbre concretos esforços na correção dos lamentáveis rumos que a deslustram e desacreditam o Estado de Direito.

Em tempo: Vermelhidão diferente daquela que está se tornando moda “colorir” consultorias, pareceres e sentenças para proteger afilhados, etc., flagrados pela Polícia na delinqüência.

Como somos crentes em Deus, nos resta a esperança de que um dia o justo Senhor, na Sua excelsa sapiência, expulse do Paraíso em que vive essa gente - que não admite ser pecadora -, mandando-a para o inferno que seus desmandos propiciam na vida terrena.


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