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Analfabetização Escolar Obrigatória
09/10/2008- Carlos Reis

Na terça-feira 30/09/2008, palestrei em uma escola pública municipal de Amaral Ferrador. A minha audiência era constituída de alunos e
alunas de 12 a 17 anos, das 5ª e 6ª séries do ensino fundamental. Todos os alunos e alunas estão na escola há pelo menos 5 anos. O assunto tratado foi o da sexualidade, no sentido mais extenso, e da sexualidade na escola, mais especificamente

Em anexo está uma cópia das perguntas que me foram formuladas depois da minha exposição. (NOTA DA REDAÇÃO: como não foi possível reproduzir
a imagem enviada pelo autor, reproduzi abaixo os garranchos que foi possível ler). Resguardei-me de respondê-las no momento e em público porque não era minha intenção posar de conselheiro sexual para crianças ou matar a curiosidade sexual delas, mister mais apropriado para o neoprofessor moderno brasileiro, todo ele hoje compulsoriamente um ¨sexólogo dos oprimidos¨.

Discorri, é claro, sobre a falência absoluta do modelo educacional brasileiro e sobre a maldita pedagogia de Paulo Freire. Esqueci de dizer que muitos professores estavam presentes, assim como alunos dos cursos rápidos à distância da UNITINS (Universidade de Tocantins), autora do convite. Me dirigi o tempo todo a esses alunos e professores, pois considero perda de tempo gastar o meu latim com alunos e alunas que nem entendem o meu português.

Como não poderia deixar de ser, a surpresa para um psicólogo e uma assistente social, presentes na palestra, foi enorme. Eles não esperavam o meu discurso ¨desconstrutivista¨ e demolidor da ideologia Paulo Freire. Eles nunca ouviram de ninguém nada semelhante, seguramente, nos seus anos de formação acadêmica. Não sei se ficaram
impressionados, chocados, revoltados, irritados, arrasados, ou muito incomodados comigo quando desmanchei seus fundamentos ideológicos e botei fogo na palha de colchão que reveste seus neurônios arruinados e molestados pela exposição continuada à propaganda socialista.

O fato é que ficaram diferentes, com certeza, talvez um tanto desconfiados, que foram enganados por muitos anos. Sinceramente, não sei. Devolvi, com juros, a dissonância cognitiva de que sofre o educador brasileiro.

Falei também na destruição da Religião nas escolas e na cultura brasileira. Dei como exemplo o discurso covarde de posse do Ministro do Supremo, Carlos Alberto Direito, que abnegou sua condição de católico, quase pedindo desculpas por esta condição. O que esperar então de uma escolinha municipal chamada Padre Arlindo que não porta mais nenhum crucifixo nas paredes?

A diretora da Escola indagada por mim do porquê da ausência dos crucifixos que ali estiveram por anos não soube responder. Apenas percebi um medo, ou uma lembrança de alguma ameaça feita por algum burocrata estatal, senão mesmo por uma portaria ou norma escrita. Falei sobre a desavergonhada aula de Ensino Religioso onde religião não entra, mas só se fala em sacanagem e se estimula a sexualidade precoce a gravidez em idade cada vez menor, a promiscuidade e o aumento das DSTs (Doenças Sexualmente Transmitidas), por efeito perverso cada vez mais freqüentes e sérias.

Mas o foco principal mesmo foi a deseducação e o analfabetismo escolar. Falei das notícias de jornal que dão conta dos números vergonhosos do fracasso da pedagogia Paulo Freire, apesar do nome
desse infame nunca aparecer falei sobre as causas verdadeiras do fracasso da Educação.

Ironizei sobre a sexualização da Educação das camisinhas da fábrica estatal CAMISOBRÁS, localizada em Xapuri, Acre, domínio do senador petista Tião Viana falei e mostrei a máquina de camisinhas que será colocada em cada escola para alunos e alunas dos 12 aos 17 anos.

Enfim, falei da degeneração moral do Brasil e o resultado final: os números do analfabetismo escolar e os recordes de delinqüência juvenil escolar.

As perguntas formuladas por escrito dão conta de uma amostragem do nível de alfabetização dessas crianças e adolescentes. É impagável. As perguntas falavam por si, isso quando dava para ler. A propósito, quando a minha exposição chegou ao clímax (sem trocadilhos!) o interesse da garotada aumentou muito. Vejam por si o porquê disso.

Desanima pensar que a nossa geração não verá a luz. Talvez nem a próxima. Hoje já entendo mais a escatologia do fim do mundo. A minha dúvida é se haverá outro depois deste ou merecemos mesmo a extinção.


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