Uma pessoa é ou xenófoba por duas razões: ignorância ou insegurança.

É humano temer o que não se conhece.

É assim que a maioria se porta diante do novo, seja em que situação da vida for.

Imagino que os maiores xenófobos são aqueles que nunca saíram do seu "mundinho" seguro.

São aqueles que nunca viram e não gostam.

Têm medo de que o diferente (novo, estrangeiro, como quiserem) venha alterar a estabilidade que possuem, de perder o que têm.

É uma visão de mundo limitada.

E não é exclusiva, no Brasil, de uns poucos cuiabanos.

Tem gente em todo o Brasil que é assim.

É o que chamamos de "bairrismo", mas na sua pior forma.

Aqui na terrinha de "Rondão", o migrante, o imigrante, o visitante, até o arcebispo, não raras vezes são considerados de modo pejorativo como "paus-rodados" por indivíduos aqui nascidos, que, esquecendo-se de suas origens paulistas, sorocabanas, consideram-se nativos.

Nativos, originários, puros de Mato Grosso são os índios paiaguases, índios esses que pelos "originários" paulistas foram aviltados, capturados, seqüestrados, separados de suas famílias e levados como mão de obra escrava para São Paulo... até que, descobriu-se, por acaso ouro nas margens do Cuiabá e seus afluentes.

Pelo que se vê, daqui a 500 anos ainda existirão cuiabenses considerando seus irmão brasileiros com roda-mundos/paus rodados; esquecem-se deliberadamente que seus antepassados foram "peiadores de índios", função abjeta e degradante, que será cobrada pelo astral superior de seus descendentes.

Vade retro!

...

*Kamarada Mederovsk é um "cerumano" como outro qualquer

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