capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 21/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.910.309 pageviews  

De Última! Só lendo para acreditar

TEMA LIVRE : Cecília Capparelli

Outras colunas do Tema Livre

Filho da Mãe
26/10/2009

Mulheres somos muitas. Muitos os feitios, demasiados fastios, muitíssimos os acertos, grandes alegrias. O século é nosso! Quantas foram as conquistas. Na contramão e para contrariar, na rasa proporção, os imensos erros, os não adjetivados equívocos; nossos medos. Conquistas assumidas, a perder de vistas, mas na pele expressa. Ah! A alma registra… Deeeeeeeeusaaa! Quantas vezes te chamo, quanto te clamo, convoco, evoco, oh, Maria mãe santíssima da minha imensa fé inconteste do Deus em qual não creio! Quantos são os seus nomes? Mãe, irmã, amiga, colega, companheira, camarada, São tantos… Vizinha Maria! Assim fica melhor. Vizinha porque está perto, é próxima. É igual, estamos no mesmo barco − às vezes sangramos males iguais, mas sempre singrando os mesmos mares. Impossível não falar, pensar de e em homens! Vamos a eles; aos nossos e, sem culpa (porque ao que me consta, nada consta contra na tábua de Moisés, tampouco nos 10 mandamentos católicos e/ou ortodoxos) vamos aos nossos e também aos alheios que também são nossos! Os nossos filhos, os filhos de todas nós.

Marias todas; inteiras, EME maiúsculo. Marias fracionadas, machucadas, remendadas, resolvidas, alteradas. Realizadas; não importa, é hora de encarar o Norte guia seta em riste, rumo certeiro ao erro crasso, equívoco criminoso nosso de cada dia repetido. Erro recorrente, enfermo. Se não revermos… Dançamos. Senão, vejamos:

O menino nasce de uma mulher, uma mulher o concebe, gera, recebe. Amamenta, o acaricia, se amá-lo ou rejeitá-lo, não importa já que nada muda. Menino nosso o É. Seja Ele, fruto de uma família tradicional antiga (nem pensei em antiquada), continuamos pela ordem: a avó? Caso viva é a primeira chegar. Festejar. Para uma mulher que foi mãe primeiro, óbvio está, é festa já. E Ele tem uma tia e se a tem, mulher será. E vem a babá que é, quem? Uma mulher. E vem a hora da primeira escola e sua professora será quase sempre e forçosa, mas não necessariamente, mulher. Pediatra? As estatísticas indicam maior número de mulheres do que de homens exercendo a profissão…

No caso da família nuclear, mudam-se os nomes, professora é tia quando a tia é o longe. Da avó não sabem. É mãe é pai e um pouco de entorno e só. E de quase em quase, são quase sós. Contudo a disposição, intenção, situação, ação, permanecem. Então, o filho de todas as mulheres de todos os tempos, são filhos nossos, por nós, moldados. Convoco a psicóloga – e repete a estatística, há um maior número de mulheres do que de homens a exercer a profissão, a corroborar: por volta dos 8 (oito) anos, a criança sai da fase mitológica para o subseqüente primeiros contatos com o mundo real.

Pra Ele, paciência, permanece, prevalece a referência, a convergência feminina; a realidade do mundo bordada, costurada, cozinhada e pontualizada pela mulher. Depois a puberdade. Concomitante é o seu, o perfil Dele neuro-psico-social-cognitivo racional delineado. Conseguinte Lhe chega e acumula a guerra dos hormônios, testosterona em desordem gritando por todos os poros. Enfim! Moldado macho… Moldagem cumprida à triste risca da nossa condição mulher.

Então e tão somente então, aquele filho de todas nós terá contato com o mundo masculino. Chega pronto e ponto, machista consumado. Ao pai figurado, biológico – qualquer pai caberá tão somente e apenas, alguns pequenos retoques finais. Por conta da nossa característica materno-passional, e porque devido a traço cultural atávico em matéria de homem somos xiitas, quando o nosso filho macho ingressa no mundo macho, já é, de muito antes machista. E quem assim o fez fomos nós mesmas. Mesmíssimas MULHERES. Aquelas mesmas a nós iguais que abominam os machistas.

...

*Cecília é mulher emocionalmente emancipada e não submeteu o coração à laqueadura


OUTRAS COLUNAS
André Pozetti
Antonio Copriva
Antonio de Souza
Archimedes Lima Neto
Cecília Capparelli
César Miranda
Chaparral
Coluna do Arquimedes
Coluna do Bebeto
EDITORIAL DO ESTADÃO
Edson Miranda*
Eduardo Mahon
Fausto Matto Grosso
Gabriel Novis Neves
Gilda Balbino
Haroldo Assunção
Ivy Menon
João Vieira
Kamarada Mederovsk
Kamil Hussein Fares
Kleber Lima
Léo Medeiros
Leonardo Boff
Luciano Jóia
Lúcio Flávio Pinto
Luzinete Mª Figueiredo da Silva
Marcelo Alonso Lemes
Maria Amélia Chaves*
Marli Gonçalves
Montezuma Cruz
Paulo Corrêa de Oliveira
Pedro Novis Neves
Pedro Paulo Lomba
Pedro Pedrossian
Portugal & Arredores
Pra Seu Governo
Roberto Boaventura da Silva Sá
Rodrigo Monteiro
Ronaldo de Castro
Rozeno Costa
Sebastião Carlos Gomes de Carvalho
Serafim Praia Grande
Sérgio Luiz Fernandes
Sérgio Rubens da Silva
Sérgio Rubens da Silva
Talvani Guedes da Fonseca
Trovas apostólicas
Valéria Del Cueto
Wagner Malheiros
Xico Graziano

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
26/12/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
21/12/2020 - ARQUIMEDES (Coluna do Arquimedes)
20/12/2020 - IDH E FELICIDADE, NADA A COMEMORAR (Fausto Matto Grosso)
19/12/2020 - 2021, O ANO QUE TANTO DESEJAMOS (Marli Gonçalves)
28/11/2020 - OS MEDOS DE DEZEMBRO (Marli Gonçalves)
26/11/2020 - O voto e o veto (Valéria Del Cueto)
23/11/2020 - Exemplo aos vizinhos (Coluna do Arquimedes)
22/11/2020 - REVENDO O FUTURO (Fausto Matto Grosso)
21/11/2020 - A INCRÍVEL MARCHA DA INSENSATEZ (Marli Gonçalves)
15/11/2020 - A hora da onça (Coluna do Arquimedes)
14/11/2020 - O PAÍS PRECISA DE VOCÊ. E É AGORA (Marli Gonçalves)
11/11/2020 - Ocaso e o caso (Valéria Del Cueto)
09/11/2020 - Onde anda a decência? (Coluna do Arquimedes)
07/11/2020 - Se os carros falassem (Marli Gonçalves)
05/11/2020 - CÂMARAS MUNICIPAIS REPUBLICANAS (Fausto Matto Grosso)
02/11/2020 - Emburrecendo a juventude! (Coluna do Arquimedes)
31/10/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - As nossas reais alucinações (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - PREFEITOS: GERENTES OU LÍDERES? (Fausto Matto Grosso)
26/10/2020 - Vote Merecimento! (Coluna do Arquimedes)

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques