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O Outro Lado Porque tudo tem dois, menos a esfera.

TEMA LIVRE : Cecília Capparelli

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Filho da Mãe
26/10/2009

Mulheres somos muitas. Muitos os feitios, demasiados fastios, muitíssimos os acertos, grandes alegrias. O século é nosso! Quantas foram as conquistas. Na contramão e para contrariar, na rasa proporção, os imensos erros, os não adjetivados equívocos; nossos medos. Conquistas assumidas, a perder de vistas, mas na pele expressa. Ah! A alma registra… Deeeeeeeeusaaa! Quantas vezes te chamo, quanto te clamo, convoco, evoco, oh, Maria mãe santíssima da minha imensa fé inconteste do Deus em qual não creio! Quantos são os seus nomes? Mãe, irmã, amiga, colega, companheira, camarada, São tantos… Vizinha Maria! Assim fica melhor. Vizinha porque está perto, é próxima. É igual, estamos no mesmo barco − às vezes sangramos males iguais, mas sempre singrando os mesmos mares. Impossível não falar, pensar de e em homens! Vamos a eles; aos nossos e, sem culpa (porque ao que me consta, nada consta contra na tábua de Moisés, tampouco nos 10 mandamentos católicos e/ou ortodoxos) vamos aos nossos e também aos alheios que também são nossos! Os nossos filhos, os filhos de todas nós.

Marias todas; inteiras, EME maiúsculo. Marias fracionadas, machucadas, remendadas, resolvidas, alteradas. Realizadas; não importa, é hora de encarar o Norte guia seta em riste, rumo certeiro ao erro crasso, equívoco criminoso nosso de cada dia repetido. Erro recorrente, enfermo. Se não revermos… Dançamos. Senão, vejamos:

O menino nasce de uma mulher, uma mulher o concebe, gera, recebe. Amamenta, o acaricia, se amá-lo ou rejeitá-lo, não importa já que nada muda. Menino nosso o É. Seja Ele, fruto de uma família tradicional antiga (nem pensei em antiquada), continuamos pela ordem: a avó? Caso viva é a primeira chegar. Festejar. Para uma mulher que foi mãe primeiro, óbvio está, é festa já. E Ele tem uma tia e se a tem, mulher será. E vem a babá que é, quem? Uma mulher. E vem a hora da primeira escola e sua professora será quase sempre e forçosa, mas não necessariamente, mulher. Pediatra? As estatísticas indicam maior número de mulheres do que de homens exercendo a profissão…

No caso da família nuclear, mudam-se os nomes, professora é tia quando a tia é o longe. Da avó não sabem. É mãe é pai e um pouco de entorno e só. E de quase em quase, são quase sós. Contudo a disposição, intenção, situação, ação, permanecem. Então, o filho de todas as mulheres de todos os tempos, são filhos nossos, por nós, moldados. Convoco a psicóloga – e repete a estatística, há um maior número de mulheres do que de homens a exercer a profissão, a corroborar: por volta dos 8 (oito) anos, a criança sai da fase mitológica para o subseqüente primeiros contatos com o mundo real.

Pra Ele, paciência, permanece, prevalece a referência, a convergência feminina; a realidade do mundo bordada, costurada, cozinhada e pontualizada pela mulher. Depois a puberdade. Concomitante é o seu, o perfil Dele neuro-psico-social-cognitivo racional delineado. Conseguinte Lhe chega e acumula a guerra dos hormônios, testosterona em desordem gritando por todos os poros. Enfim! Moldado macho… Moldagem cumprida à triste risca da nossa condição mulher.

Então e tão somente então, aquele filho de todas nós terá contato com o mundo masculino. Chega pronto e ponto, machista consumado. Ao pai figurado, biológico – qualquer pai caberá tão somente e apenas, alguns pequenos retoques finais. Por conta da nossa característica materno-passional, e porque devido a traço cultural atávico em matéria de homem somos xiitas, quando o nosso filho macho ingressa no mundo macho, já é, de muito antes machista. E quem assim o fez fomos nós mesmas. Mesmíssimas MULHERES. Aquelas mesmas a nós iguais que abominam os machistas.

...

*Cecília é mulher emocionalmente emancipada e não submeteu o coração à laqueadura


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