O apagão dos princípios (morais, éticos, técnicos...), que está causando o “stress” da vida por aqui e onde mais não sei, tem solução. Em mais um caminho a ser perseguido, trilhado para o achamento de rumos e salvação social. A salvação da pátria, ousaria propor. Esse caminho consiste – primeiro – em investir (pesado) no esporte --- e que não seja esportes “passivos” como por exemplo, o futebol de clubes e suas empolgadas torcidas. Investir pesado, sublinhe-se, na esportividade ativa, de participação direta e concreta! Exemplos? A natação, os jogos-de-quadra, lutas, corridas, malhações, danças e expressões artísticas e estéticas, ou rítmicas, de variada marca, tendência ou nuança.

Em segundo lugar – e para ficar apenas em duas vertentes – investir também e maciçamente em pesquisa, estudos e praticabilidade de Ciência & Religião. Mas, atenção: não vale investir só em ciência, isoladamente, assim como apenas na religião. Ambas, se buscadas em separado, soberanamente, leva a distorções, alienações, fanatismos – os quais o mundo sempre viveu, sofreu... E sofreu! Há que se aplicar, dedicar ao estudo e prática – tanto quanto possível – da Ciência das religiões. E por que isso?

Já respondo, do alto de minha vivência avoenga, bem ou mal vivida, nos três cenários gerais e principais deste – grandioso – Brasil, quais sejam: a selva, a relva (o campo), a cidade. Vivência essa consubstanciada no desempenhar de deveres e/ou descompromissos, via habilidades (informais) e preceitos ou critérios formais (rígidos) da vida profissional e, sobretudo, cidadã. Folgazã...

Registre-se que a busca de ciência das religiões leva obrigatoriamente à história, pré-história e geografia que são, como se pode notar, matérias estratégicas; centrais para compreensão de quaisquer circunstâncias, tanto quanto a nossa própria. Isto, em um primeiro achego de cultura superior e para que não fiquemos feito um zumbi, tateando em claro-escuro ou em incertezas, a fim de nos posicionar e vencer. Bem a propósito, cite-se uma crônica publicada recentemente pelo humanista e teólogo Leonardo Boff, na qual alerta para a hiper-especialização, em prejuízo do conhecimento totalizante, inteiriço ou numa palavra, HOLÍSTICO! Fala ele da fragmentação do saber, da mutilação da compreensão da realidade --- de todo danosa para o mundo como um todo e a própria existência.

Sabe-se que o Ocidente, já por séculos, se dá por satisfeito e muito alegre, convencido mesmo, com o saber fragmentado (fragmentário), bem próprio da razão objetiva, analítica! Desde que eficaz. Evidentemente. Mas não é tudo e está-se pagando preço alto – o do estresse, não só dos indivíduos e da sociedade como tal, mas do próprio Orbe Terrestre, visto em seu todo. Sobre essa questão podemos dizer que já estamos correndo atrás do prejuízo. Vide o “aquecimento global” e mais eventos temerários, ciclópicos, seja na sua expressão em tempo real ou retardados efeitos. Seqüelas e conseqüências! Tome-se para exemplificar o festejado progresso da industria automotiva, para cuja área de atividade deverá se encaminhar, amanhã, um familiar especialista.

E para não encompridar mais e ser indicativo, encerre-se esclarecendo que a pertinente matéria do pensador Boff, intitula-se “A sociedade mundial da cegueira” e pode ser acessada, entre outras publicações, pelo www.supersitegood.com, Tema Livre. É tudo.

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*João Vieira, sociólogo e professor-fundador da Universidade Federal de Mato Grosso, escreve regularmente para este espaço. E-mail: joaovieira01@pop.com.br

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