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TEMA LIVRE : João Vieira

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Flagelo sonoro
16/12/2010

Não sei bem se em todo o Mundo Novo de nossa América, a malfadada praga da sonorização automotiva, vige imperativa, absoluta! Sem dar tréguas! Garantem-me, a propósito, que na velha Europa de civilidade real, ou formal, o silêncio – por assim dizer – funcional, é regra de ouro de todos os ambientes públicos. Que seja mesmo assim.

Aqui em Pirenópolis, pólo turísco singular, porquanto histórico, de arquitetura barroca preservada – autêntica eco-dádiva ambiental e climática (serrana), com trilhas e cachoeiras (sem falar dos eventos e atrações socio-culturais), o som agressivo e jeca atropela e irrita... Não dá folga nas datas concorridas, apoquentando, poluindo, desvalorizando! Enerva visitantes e moradores e faz tremer o casario barroco de telheiro colonial. Apequena e desqualifica a “civitas” ou urbes-presépio, iluminada por inteiro, nos festejos de fim de ano e comemoração do Natal..

A Lei específica é clara: Da Poluição Sonora: “É proibido perturbar o bem-estar e o sossego público ou da vizinhança com ruídos, algazarras, barulhos ou sons de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma que ultrapassem os níveis máximos de intensidade fixados por Lei”. (CÓDIGO DE OBRAS E POSTURAS).

Mas não há quem a faça funcionar. Do vetusto IPHAN aos agentes de fiscalização do cumprimento das leis, passando pelo DETRAN e o lídimo desejo do bem-comportar cidadão, consubstanciado, sobremodo, na vontade manifesta das forças vivas locais e onde muito pesa a opinião dos dignatários da comunidade. Ninguém! Mais parece um enigma, um mistério! Sinal dos tempos?

E quero crer que tenho uma explicação: é que não somos precisamente “republicanos” e sim, imperiais! Equivale, isto, a dizer que nunca miramos propriamente os “direitos” de cidadania – ao contrário, preferimos quedar pacientes na passividade conformista da condição de súditos. (Do Reino). Uma herança atávica e histórica, essa! E que se desata quando da intervenção do alcaide municipal... Ele, só ele e sua vontade, contam e têm peso de resolução. Em sendo assim...

Enquanto o alcaide não “proclamar”, nada prospera ou acontece. Também caso o faça – sai de baixo! Vi com os próprios olhos um caso exemplar. Foi em Mato Grosso, quando o prefeito cacerense, de zona limítrofe da Bolívia, proclamou que não queria tráfico, contrabando, roubos e furtos em toda região fronteiriça, na área de jurisdição da municipalidade. Foi um Deus nos acuda! As autoridades ou aparato-guardião, operativo, da boa norma e ordem pública, tiveram que funcionar. E o sossego geral então vigiu... O prefeito citado (Ivo Cuiabano Scaff), vive e pode testemunhar a passagem. Um outro exemplo – este do conhecimento do mundo – foi quando o prefeito de Nova York (EUA), Rudoph Giuliani, decretou “tolerância zero” para com a criminalidade em sua área de zelo administrativo. Tentou-se imitá-lo em muitos lugares, entre os quais, Brasília. Há que se observar, porém, uma condição: o prefeito ou governador, no caso, tem que ser um rematado e acreditado “ficha limpa”. Do contrário...

Retornando a Pirenópolis – não são somente os carros-de-passeio sonorizados que desassossegam o vetusto burgo e endereço turístico de escol. Também os anúncios publicitários exagerados, agressivos – ao modo do emblemático “Bumbum Biquínis” – entre outros, atropela, incomoda! E ainda as motos de cano de escape aberto, de dia e durante a noite, é coisa que não se deveria tolerar. Também caminhões (carregados ou vazios), que insistem em passar (passear?) pelas vielas do centro histórico. Aponte-se, mais, os velhos carros-sucata, de escapamento corroído, sem falar da galera da “farofa”, e do barulho, que se instala em quaisquer brechas e aí se exerce! (Ultimamente tem aumentado muitíssimo).

Decline-se o propósito (firme) de expor o exposto ao digníssimo prefeito, dado que o mesmo é pessoa afável e popular – a todos cumprimenta e ouve, não se descartando a eventualidade de topá-lo fruindo o convívio coletivo; fraterno e franco. Oxalá possa ser frutífera a prosa feita, então, pleito e aspiração.

...

P. S. – Não resisto ao registro do constrangimento, quase vexame, por que passam as pessoas ao ter os momentos de recolhimento ou atos cerimoniais – por exemplo – missas, cultos e demais celebrações como casamentos, batizados, concertos musicais, saraus; sessões cívicas ou de trabalho ou mesmo a boa pausa social ser de todo desconsiderado, atropelado, ignorado pela extemporânea prática do barulho inconseqüente, sem pejo ou educação. Ensimesmado; Grosseiro. Não – não é mais possível um tal indiferentismo...

...

*João Vieira escreve quando em vez para este espaço. E-mail: joaovieirapiri@gmail.com


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