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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

TEMA LIVRE : Wagner Malheiros

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O fim do mérito
19/02/2011

Vivemos em uma sociedade na qual a avaliação de uma pessoa não se faz pelo valor agregado por anos de estudo, trabalho e capacitações. Não existe mais o mérito em nosso meio. Hoje as pessoas são julgadas de acordo com o senhor em que prestam vassalagem.

O serviço público foi retalhado em possessões maiores ou menores, de acordo com o poder político do senhor dos vassalos.

Concursos públicos foram banidos da administração pública, pois não interessa aos ditos senhorios perder o poder de realizar essas nomeações.

Apenas serviços menores são entregues à realização de concursos que, mesmo assim, afrontam a dignidade dos que os realizam, pela incapacidade nata dos feitores de exibirem transparência e correção.

O resultado é a exclusão dos melhores e mais capacitados dos serviços de atendimento ao público, e pior, a cada mudança de governo, os cargos são todos esvaziados e entregues ao novo senhor, que destinará aos seus apaniguados, em geral sucedâneos da mesma mediocridade.

Somos frutos da cultura Ibérica, educados de acordo com sua ética religiosa na qual ainda hoje, se considera a pobreza e a ignorância como virtudes, a ganância e o desejo de melhorar são pecados e os despossuídos continuam por séculos paralisados, num angor e imobilidade em que só a salvação divina é possível na vida. Espera-se por milagres, trabalhar é indigno.

Enquanto uma outra ética, tão bem descrita por Weber, na qual o mérito pessoal se impõe, transformou países em potências e seu povo em orgulhosos membros de uma cultura vencedora. Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Canadá, Austrália e outros, tem em comum a ética do Protestantismo.

O exemplo mais claro da diferença de valores é lembrar que enquanto nos Estados Unidos se ensinava até escravos a ler e escrever, Universidades eram erguidas, na cultura Ibérica, em especial Portugal, proibia-se a existência de escolas em suas colônias e qualquer tentativa de alfabetização era punida.

Vivemos em um triste tempo, numa época sombria em que os melhores se escondem, platitudes são generalizadas e valorizadas, os capazes são substituídos pelos subservientes e o honesto abaixa a cabeça cansado de procurar em seu horizonte pessoas que o mérito faz engrandecer e que sirvam de exemplos a uma geração, que sobrevive sob o encantamento da corrupção moral e ausência de virtudes, principalmente a de se vencer por mérito próprio.

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá


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