Em seu artigo pouco educado, o que lhe é comum, o senhor cita um certo ¨cara¨ que teria escrito algo à respeito sobre ¨a mentira de Rondon¨.

O que escrevi, entre outras coisas, foi que Rondon jamais demarcou um Centro Geodésico como o local que seria o perfeito centro de toda América do Sul, o que reafirmo agora. Rondon jamais teve a intenção de demarcar o centro das Américas.

Vamos devagar, que o senhor vai entender. Respira fundo, se acalma e vamos lá. Lembre-se que sou leigo no assunto, mas também sou um cuiabano curioso.

Rondon necessitava de um marco zero, que independesse de marcações prévias. Ele necessitava de um ponto inicial que serviria de medida para nosso país. O campo do Ourique foi esse local. Desse ponto fez-se o mapa do Brasil, desse ponto tinha-se o marco inicial das suas linhas telegráficas. Se o senhor estivesse em Juruena ou Santo Antônio, o ponto zero seria aquele.

Para ser mais claro, ali é um centro geodésico, não um centro geográfico. É um marco histórico, entendeu?

Serviu para se fazer o mapa do Brasil e o mapa da América do Sul. Não é o centro da América, entendeu?

Eu, portanto, como o senhor afirmou, não estou desmentindo a NASA ou quem quer que seja, somente estou revelando um fato, uma verdade.

Sou grande admirador do nosso Rondon, já tenho lido muitas obras sobre sua brava história. Aconselho o senhor a ler também, assim saberá muito mais que imagina, e deixará é claro de acreditar em crendices populares sem embasamento histórico.

Me perdoe se fui muito breve, mas creio ser o senhor um homem muito ocupado, até mesmo para se certificar das coisas que escreve, assim espero sinceramente ter lhe sido útil. Gostaria muito que o senhor me ajudasse a contar a verdadeira história de nossa terra.

Abraços.

...

*Wagner Malheiros é médico Pneumologista, Cuiabano de décima geração e jogava bola quando criança no Centro Geodésico demarcado por Rondon.

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