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TEMA LIVRE : Wagner Malheiros

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Preocupação com quem?
21/03/2011

Antes de dizer o porquê de ir à contramão da opinião da maioria, vou procurar esclarecer algumas coisas. Em primeiro lugar não concordo com essas tais OS's que na minha opinião são entidades para acobertar um jogo de cartas marcadas.

Também não acredito no Estado como o grande responsável pela saúde da população.

Da forma como funciona nossa saúde só podemos encontrar paralelo em estados socialistas, cujo principio é ser paternalista, criar e dividir a miséria, inibir a riqueza e transformar todos em seres medíocres e silentes.

O Brasil é um país de incultos até nos seus níveis mais superiores. A pior coisa que aconteceu para a formação política dos jovens foi a invasão dos marxistas nas universidades, principalmente nos anos 80. Quem não era de esquerda era alienado, era a moda. O importante era ler Galeano, vestir camisa do Che e não ter nada na cabeça. Mas a gente cresce, evolui e aprende. Outros permanecem no mar da ignorância e intolerância que somente um bom - se isso pode existir - esquerdista adora nadar em largas braçadas.

Sou adepto das idéias liberais, principalmente da escola Austríaca de Economia. O lero-lero da galera “gauche” é que os liberais são malvados, entreguistas e não tem coração. Eles acreditam fielmente que em Cuba existe boa medicina, que a Albânia é um sucesso e que a China esta crescendo porque é comunista. Sei...

A Escola Austríaca prega o livre mercado de forma absoluta. Não vou procurar explicar suas teorias, quem quiser pode pesquisar no Google por Ludwige Von Mises e outros.

A questão é que os gastos em hospitais públicos são absurdos. Com uma melhor eficiência os hospitais privados chegam a gastar um quinto ou menos dos valores desperdiçados em hospitais públicos fazendo o mesmo atendimento.

Acho que o Estado deve ser mínimo, mas se nossa constituição diz que a saúde é um direito de todos, ao menos temos que minorar um erro de principio.

Os funcionários da saúde aqui da terrinha saem em passeatas defendendo um melhor atendimento aos pacientes? Não, eles saem à rua porque estão preocupados com seus direitos. Foi o que disse um presidente de sindicato. Não sou eu quem o disse. Se quiserem cobrar, cobrem de quem afirmou com honestidade a questão em discussão de sua categoria. Está nos jornais.

A preocupação passa ao largo de um melhor atendimento ao povo, essa é a verdade. Se uma melhor saúde para a população for uma reivindicação secundária, ainda assim está errada a concepção do movimento.

Se fosse válida a meritocracia e existisse cobrança de resultados a história poderia ser diferente.

A saúde só vem piorando nos últimos anos. Existem milhares de pessoas nas filas. Porque não se fazem mais transplantes renais em Cuiabá? Porque existem doentes internados por meses a espera de cirurgia?

O Pronto Socorro não funciona? Os sábios aumentam o numero de leitos! A saída é aumentar o que não funciona!

A fila existe porque existem os que a perpetuam, essa é a verdade.

Não acredito nas OS's e seu mecanismo obscuro de funcionamento, mas acho que a idéia de parceria com instituições privadas pode ser de muita valia. Em especial por não torrar o dinheiro público.

Se a questão é que a saúde é um direito de todos, então devemos fazer o melhor para garantir que os recursos, que diferente da demanda, são finitos sejam mais bem aplicados.

A criação de órgãos para refrear a demanda somente servem para aumentar os custos, tentar organizar as filas e dar serventia a experiências heterodoxas de soluções mágicas que somente no terceiro mundo é pródigo ocorrer. Se valer de experiência de países desenvolvidos parece ser algo indigno e inexeqüível.

Se não se pode dar um tratamento adequado ao doente, a idéia passa a ser de impedir ou dificultar que este tenha acesso a possibilidade de ser tratado.

O doente deixa de ser doente e vira um “regulado”. É assim que chamam os pacientes que estão mofando a espera do atendimento depois de passar pela Central de Regulação.

A burocracia se empanturra de profissionais que deveriam estar atendendo ao povo.

Se um hospital privado sabe lidar melhor e obtêm resultados satisfatórios com os recursos públicos, o porquê então de insistir no erro?

Ah, porque vai prejudicar o direito dos profissionais da saúde, como estão dizendo alguns, ou melhor, como li hoje em um jornal no qual um sindicalista ameaça com denuncia no CRM (Conselho Regional de Medicina) os médicos que resolverem trabalhar nas ditas OS's:

Disse o sábio : “Partimos do principio que o interesse coletivo sobrepõe os individuais.”

Eu achava que a preocupação era com os doentes.

O interesse coletivo no caso não é a população.

Dá licença!

...

Wagner Malheiros é médico Pneumologista.


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