É simples. Basta tornar obrigatório aos mandantes políticos de plantão que se tratem somente no serviço público.

O nobre colega alienígena que veio consertar os problemas nesta terra de incapazes, o excelso Secretário de Saúde deveria dar o exemplo usando os serviços do Pronto Socorro Municipal.

O nosso prefeito idem. Ele deveria obrigar que a todos os seus secretários se tratasse lá.

Não é bom para a população? Então é bom para os senhores também.

Se nossos concidadãos podem ficar jogados em cadeira de fio ou mesmo serem atendidos no chão, o porquê dos senhores não disporem do mesmo tratamento?

Dêem o exemplo!

Querem mudar?

Ofertem então para o povo o mesmo tratamento que desejam para si.

O SUS não foi feito para servir a cidadãos de segunda classe e os senhores não são cidadãos de primeira classe.

A única diferença entre o povo e os senhores é a situação financeira e a moral. Sobra-lhes a primeira a falta-lhes a segunda.

Os senhores se refugiam em hospitais e clínicas particulares. A impressão que deixam é de insolubilidade para o atendimento público. O problema é a competência. A falta.

Como não conseguem resolver, procuram dar uma maquiada ora aqui, ora ali e agem com estardalhaço na apresentação de obras.

O mal feito assemelha bem ao mau feitio. O desejo é que a propaganda se torne a verdade, mas esquecem que a mentira e a empulhação sempre aparece.

O brasileiro ainda não aprendeu os seus direitos. O governo ainda não entendeu sobre os direitos do povo.

Como não conseguem ofertar um tratamento digno por não entenderem quais seriam as soluções para a saúde, a cada ano a política é a mesma. É a política do empurrar com a barriga.

Há quantos anos realizam-se puxadinhos no Pronto Socorro?

Há quantos anos prometem um Hospital Geral para Cuiabá?

Promessas, promessas, mentiras e mentiras...

É necessário que os ocupantes de cargos públicos ofereçam a população o mesmo tratamento desejado para os seus membros familiares. O povo de Cuiabá esta cansado de ser tratada à margem do poder público.

O pobre na sua humilhação pode engolir a migalha que lhe estendem, mas ele não esquece.

Se o povo não cobrar a história saberá julgar a atuação dos senhores.

A história não perdoa e no fim ela só é servil com a verdade.

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá/MT

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