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TEMA LIVRE : Wagner Malheiros

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Cadê a verdade?
14/04/2011

Não sei até quando alguns ainda reinarão repetindo as mentiras sobre a história do Brasil. Digo isso por dois motivos: o primeiro foi saber que uma novela terá como tema o período do regime militar, com a nítida missão de puxar o saco da presidente. O segundo motivo são algumas pessoas que insistem em propagar lorotas sobre esse período, como num artigo de um site de noticias aqui de Cuiabá que li hoje cedo.

Quem não conhece a história inventa conto de fadas.

Temos que dizer a verdade.

O grupo de esquerda que pregava a revolução no Brasil não queria saber da democracia. O que desejavam era instalar um regime como o cubano. Lá mataram milhares de pessoas e até hoje a miséria é assombrosa.

O Brizola andava com uma lista de pessoas no bolso que iriam para o paredão. Darcy Ribeiro deu ordens para bombardear as tropas que vinham de Minas – seria uma calamidade. A ordem não foi cumprida e a lista do pelotão sumiu. Assim como sumiu a faixa presidencial, que numa entrevista Brizola assumiu ter roubado. Depois desmentiu o roubo. Era tarde, foi gravado. Ele achava que iria retornar ao Brasil com ela no peito. Voltou, sim, foi para acabar com o Rio de Janeiro e ser o pai da glamourização da miséria e da vida bandida.

Admirei muito o Gabeira quando num ato de auto-arrependimento afirmou que ele e seu grupo não queriam a democracia, desejavam, sim, era instalar um governo comunista no Brasil. Um de seus companheiros no seqüestro do embaixador americano hoje tem como bandeira de fé implantar a censura no país. Grande democrata! É membro do atual governo a figura.

O governo de Goulart caiu porque a população assim o desejou. Esquecem que a marcha da “Família com Deus pela Liberdade” foi motivada pelas mulheres de São Paulo. Colocaram 600 mil pessoas na rua contra a política de Goulart.

A ação por parte de setores do Exército foi a de realizar um contragolpe. Os golpistas eram setores do governo que desejavam instalar uma republica comunista no Brasil.

A classe média apoiou em peso a derrubada do governo. A decisão, entre outras, de desapropriar imóveis a bem do serviço público, num franco desrespeito ao direito a propriedade privada foi a gota d´água.

O povo pediu a cabeça do governo e o Exército a colocou numa bandeja.

Hoje o governo apóia regimes ditatoriais extremos. O Irã é bajulado, Cuba é a ilha da fantasia, a Venezuela é uma democracia, regimes bárbaros da África são elogiados. Por aí vai.

A esquerda se despiu e descobriu-se mentirosa. Mente-se com ardor na tentativa de justificar uma vida de erros.

Durante o regime militar, o apoio da população era imenso, tanto quanto foi o do governo Lula. Foi o período de maior crescimento econômico da história. Algumas das maiores conquistas sociais do país foi gerado pelo Ministério de Roberto Campos. Este nosso conterrâneo, partindo do caos instalado por Jango, criou no governo de Castelo as condições para que o país crescesse de forma consistente até a crise do petróleo.

Alguém lembra que Castelo Branco mandou despedir e ameaçou com cadeia o irmão que resolver fazer lobby no governo? Muito parecida com a situação do ultimo presidente e seu irmão trapalhão.

Dizem que morreu muita gente, é verdade, mas foram poucas centenas de ambos os lados. A maior parte na guerrilha do Araguaia. Era uma guerra, nada de romântico havia por lá. Os erros ocorreram dos dois lados, mas a cobrança é unilateral.

Dos atentados terroristas não se comenta. Esquecem do atentado no aeroporto de Recife? O sacrossanto e adorado Betinho era do grupo guerrilheiro que detonou a bomba que matou e aleijou homens, mulheres e crianças. E as explosões das bancas de jornal?

Não existiu nenhuma matança como a promovida pelos governos da Rússia, da China, de Cuba e outros. Nenhum ditador ficou década no poder.

Quando De Gaulle provocou Castelo querendo saber como era um ditador latino americano, este lhe respondeu que era um homem como qualquer outro, com imenso prazer em ter o poder e enorme desprazer em deixá-lo e que, a propósito, no próximo dia 31 passaria a faixa para o seu sucessor. Quando o colega francês faria o mesmo?

Que ditadura era essa em que o ditador tinha prazo de validade?

Existiu exagero, ocorreram erros, é fato. Mas foi um período em que a população acreditava nas instituições públicas e existia ordem.

Após esse período a história passou a ser contada não pelos vencedores e sim pelos ressentidos derrotados. O assassino incompetente do Che Guevara virou santo, Prestes um estadista e o comunismo um regime de liberdade.

E a menina que Prestes mandou matar sem provas? Quem reza por Elvira?

A democracia aí esta. E para quê? Para como deseja a esquerda estabelecer a censura, dar carta-branca a movimentos terroristas e instalar uma cleptocracia mentirosa no poder?

Chegou-se ao ponto de criminosos comuns na época do regime militar alegarem terem sido perseguidos políticos e depois serem recompensados com um grande volume de dinheiro.

Conheço um que assaltando um banco atirou na barriga de um senhor caído. Foi preso e anos depois ganhou na loteria ao receber uma fortuna do governo a título de indenização. O Ziraldo ganhou um milhão de reais. Passar uns dias na cadeia naquela época virou poupança milionária.

Daqui um dia terá uma novela em que a personagem principal será uma revolucionária defendendo a liberdade num país opressor.

Em que canal? Acho que será no daquele senhor que fez campanha ostensiva pela candidata da esquerda e depois vendeu um banco falido por administração corrupta ao governo.

Quem quer dinheiro?

Quem quer a verdade?

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá/MT


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