Discutir com um esquerdista é perder tempo. Ao notar a falência de sua rasa argumentação ele logo sapeca: – “Você é um fascista!”, ou algo parecido. Desse ponto em diante você passa a ser um ser malvado, sem alma e insensível. A técnica de desmerecer o oponente encontrou seu apogeu nessas criaturas, evitando-se sempre a discussão do mérito.

Quando resolvem discutir, tecem loas a bobagens sem fundamento e com os olhos esbugalhados nos comparam ao Lobo Mau. Eles, óbvio, assumem o papel do Chapeuzinho Vermelho percorrendo a floresta escura para salvar a vovozinha.

Onteontem escrevi a respeito de fatos históricos ocorridos durante o regime militar e logo um cidadão me atirou um epíteto: – “Fascista!”.

Discutir os pontos colocados no artigo, nada. Para se discutir é preciso razão e inteligência, coisa em falta nos “gauches” da vida.

O pensamento do esquerdista é paradoxal. Vivendo numa sociedade livre que lhe permite expor o seu pensamento, ele se baseia em princípios confusos e no desconhecimento da história para combater a democracia que lhe permite cometer as suas parlapatices.

O esquerdista acha que Cuba pode ter uma ditadura e presos de consciência. Defende aqueles que ordenaram o fuzilamento de milhares de pessoas. Acha que o povo cubano passa fome porque malvados capitalistas impedem que a comida chegue por lá.

O esquerdista acredita em Eduardo Galeano. Crê com fé inabalável que oito milhões de pessoas morreram em Potosí.

O esquerdista não acredita que morreram 45 milhões de pessoas na Rússia. Acha que Lenine fez bem utilizar a fome como meio didático para mudar a sociedade que acabou arrasando uma terra rica.

Uma boa parte da população russa foi reduzida a canibais, nada demais... Foi para o bem da Revolução.

Em 1930 Lenine “desclassificou” os pequenos comerciantes e profissionais liberais, privando-os de sua moradia e dos cartões de alimentação. Eram burgueses, pensou. O que são seis milhões de burgueses mortos?

O tolo esquerdista não crê que mataram de fome 3,5 milhões de pessoas na Coréia do Norte.

Não acredita também nos 60 milhões de mortos na China.

O esquerdista acredita que o Nacional-Socialismo alemão era um governo de direita, assim como o Nacional-Socialismo russo era de esquerda. Não importa que as bandeiras, os uniformes e os princípios fossem iguais.

Se alguém disser que o nazismo era de esquerda ele revira os olhinhos e surta. O nome Socialismo da sigla era só para enfeitar.

O líder maior da esquerda no Brasil apóia o governo do Irã que desmente o holocausto. Afinal o que são 50 milhões de mortos, incluindo os seis milhões de judeus...

A esquerda defende ditaduras, regimes homicidas e grupos terroristas.

E para que?

Ir contra os Estados Unidos, a França, a Inglaterra e a Alemanha? Ir contra o mundo livre?

O esquerdista acha que a Venezuela esta correta e o Chile errado. Enquanto a população chilena enriquece e entra no primeiro mundo, a pobre Venezuela caminha para se tornar uma Cuba.

Mas não é esse o sonho deles, que viremos uma Cuba?

Iria ser uma beleza, pensam.

Sumiriam com os burgueses, direitistas ou quem lhe ousasse contrariar.

Não é como disse o chefe maior da Botocúndia: – “O preso de consciência cubano é igual ao bandido no Brasil”?

A iraniana que foi condenada à morte por apedrejamento era um “problema” e não uma barbárie, sapecou a mesma rotunda e ignóbil figura. Grande líder!

Para o sujeito que me chamou de fascista falta um pouco de estudo da história. Se ele acha que o fascismo foi um movimento político de direita, é óbvio então que ele foi combatido pela esquerda, “por supuesto”?

Então, pelo raciocínio da estulta figura, Winston Churchill e Roosevelt foram nobres socialistas, não?

Cada um...

Mas continue lutando, um dia talvez consigam estabelecer a censura desejada pelo seu governo e então burgueses reacionários não poderão mais expressar suas convicções.

Só você o fará...

A propósito, conhece George Orwell?

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá/MT

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