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TEMA LIVRE : Wagner Malheiros

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Dentro da Baleia
25/04/2011

Eu li “Trópico de Câncer” na minha adolescência. Já tem tempo. Exige-se maturidade para que possamos entender por completo uma obra. Mas não é sobre ela que desejo escrever e sim sobre um pequeno ensaio surgido após esse livro.

O senso crítico é formado, não se nasce com ele. E não basta a formação, concomitantemente são necessárias algumas décadas de bagagem cultural e a sua digestão. No mais e no fim só arranhamos a superfície e visualizamos uma pequena porção do todo. O pensar atormenta e fascina.

George Orwell é conhecido por livros maravilhosos, o mais conhecido é “1984”. Um livro extraordinário pelo tempo em que vivemos e que descreve bem o pensamento tacanho dos pensadores totalitários, em especial dos esquerdistas.

Mas existe um ensaio chamado “Inside the Whale” pouco conhecido, ao menos por aqui. George Orwell escreve entre muitas coisas sobre o seu encontro com Henry Miller, autor de “Trópico de Câncer”.

É um ensaio que pode parecer confuso, mas reflete muito bem a década de 40 e se mantém coerente com muitas coisas de nosso tempo.

Gosto muito de lê-lo em especial por Orwell ter descrito o socialista como um ser subserviente a teorias alienígenas que mal entende e que a usa para confrontar o poder local. Seria o socialismo apenas uma ferramenta que motivaria os ignaros e desleais. O principal meio político usado: a difamação e a mentira.

Nada mais atual.

A justificativa de se encontrar na época tantos jovens intelectuais entre as hostes socialistas - onde é impossível se manter a honestidade do pensamento - seria o desemprego da classe média inglesa, na qual eles se incluíam. A prosperidade seria então a melhor cura desta distorção do pensamento.

Por cá fico pensando que existe algo a mais. Em geral nos países do terceiro mundo os esquerdistas se acomodam em doces sinecuras onde tecem sonhos grandiosos e utópicos. Nada fazem além de pensar e tecer conjecturas contra o status quo, seja qual for.

Acomodado e açodado por um mundo livre em que existe movimento, o socialista se apega no seu imobilismo e em hipóteses esdrúxulas para imprecar contra o que inveja.

Se Orwell achava que um bom socialista surgia pelo desemprego, nos dias atuais ele existe pela inveja oriunda de sua incompetência. Não existe comunista empreendedor. Vivem a pensar em situações que seriam os mestres do controle. Não lêem e quando o fazem é com péssima literatura. Detestam quem faz quem pensa e os que brilham.

São reféns da mediocridade.

Há uma década os pensadores democratas eram silentes. O Brasil começou a sair da escuridão e enfim passou a oferecer aos jovens uma outra realidade que não fosse aquela ditada pelos marxistas das nossas universidades.

Se na Inglaterra o comunismo fugaz gerado pelo desemprego não prosperou, em nosso país a pobreza e o péssimo patamar de nossa escolaridade ainda mantêm terreno para alguns desonestos pseudo-intelectuais.

Não é à toa que tratamos figuras do entretenimento como pensadores. Alguns bajuladores se valem de manobras para paparicar. Vide Chico Buarque.

Este bom letrista se encontra “inside” numa boa e gorda “whale”.

Parece que Cuba esta desistindo do Comunismo. Aqui alguns insistem.

Não é à toa.

A Baleia é gorda, rica e em seu interior quentinho e cômodo cabe sempre um companheiro.

Ah, esses comunistas!

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá/MT


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