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TEMA LIVRE : Gabriel Novis Neves
PH na Segurança
08/06/2011
O secretário de maior visibilidade do atual governo é, sem sombra de dúvidas, o da Saúde.
Está em todos os lugares colocando sua cara à tapa. Certo ou errado, só o tempo dirá. Em cinco meses na Secretaria de Saúde, fez uma verdadeira revolução de intenções, nunca, jamais pensada em nosso Estado.
Enquanto os seus colegas ficam valorizando o tempo do poder, PH apresentou propostas de soluções, de tamanha grandiosidade, que sugiro a sua transferência para a Secretaria de Segurança.
Na Secretaria de Saúde não tem mais o que fazer, pois todos os nossos crônicos problemas foram enfrentados e estão na fila aguardando soluções que, em breve, surgirão com os seus bons resultados - espero.
Algumas medidas tomadas nesses cinco meses:
- Privatização de todos os hospitais regionais do Estado e da esfera de influência do poder público estadual.
- A Secretaria Estadual de Saúde tomará conta da saúde das duas mais populosas e problemáticas cidades do Estado, com uma população equivalente quase à metade da população do Estado. Refiro-me a Cuiabá e Várzea Grande.
- Privatizou a compra e a distribuição de medicamentos, assim como modernizou o atendimento de controle farmacêutico.
- As futuras UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), que é a versão moderna das nossas policlínicas, assim que os recursos financeiros materializarem o projeto, tirando-o do papel, serão entregues também às salvadoras Organizações Sociais da Saúde (OSS). O Programa Saúde da Família (PSF) também.
- As filas de espera dos pacientes para cirurgias foram terceirizados, com a rede de hospitais particulares não credenciados pelo SUS.
- O aumento do número de leitos, que em Cuiabá é de mil, só para repor o que perdemos nos últimos dez anos, já foi resolvido.
- Migalhinhas para alguns hospitais credenciados aumentar o número de leitos. Para funcionar, ainda será conversado.
- Nada de concluir ou construir o Hospital das Clínicas, uma necessidade para todo o Estado, que constrói a Arena Pantanal.
A solução foi com emendas parlamentares, que todos nós sabemos como funciona a sua liberação, anunciar um novo hospital universitário Federal de duzentos leitos, na estrada para o município de Santo Antônio de Leverger, logo após o cemitério.
Finalmente, com todos esses serviços privatizados (os laboratórios já estão), as OSS receberão por atendimento três tabelas pagas hoje pelo SUS.
Esse dinheiro, que não foi calculado ainda, virá de Brasília. Fico indagando-me: o governo federal abrirá uma exceção para atender um Estado que possui apenas oito deputados federais e os senadores, cuja tabela é nacional - três por Estado?
O nosso Estado até agora está fazendo essa movimentação de demolir o Verdão e colocar estacas onde será a Arena, apenas com recursos próprios.
Obras no aeroporto, desapropriações para o VLT (começaram a fazer o projeto agora), reforço da rede hoteleira e restaurantes, até agora, nada.
A duplicação da estrada para o turismo virou farelo, o mirante interditado, investimentos na Chapada, neca.
A verdade é que, em cinco meses, o PH mexeu em todos os problemas da nossa saúde pública e apresentou soluções, na visão dele.
Seu trabalho daqui para frente na Secretaria de Saúde, será desvio ocupacional para baixo.
Um vigilante com um celular de cartão está em condições de ocupar o seu lugar, para as orientações de emergência, já que todos os setores foram privatizados.
Seria o caso de aproveitar o autor do belo trabalho na saúde pública, para resolver os problemas da nossa segurança pública.
A violência é tamanha no nosso Estado, principalmente na Grande Cuiabá, que o número de óbitos na Secretaria de Segurança Pública, é maior que na Secretaria de Saúde.
É hora de aproveitar o médico que tem como adversário a morte, para melhorar essa estatística de violência.
Por que não, PH na Secretaria de Segurança?
...
*Gabriel Novis Neves é médico obstetra, professor-fundador, primeiro reitor da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, ¨ginecologista¨ estatutário e compulsório do Grupo Fazendas Reunidas Perereca Enterprise, Broadcasting & Corporation e nas -- poucas -- horas vagas, compositor.
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