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Curto&Grosso O que ainda será manchete

TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

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Greve é grave!
02/07/2011

“Silval diz que não vai negociar com os grevistas“. É a manchete dos jornais deste último dia do sexto mês do ano de 2011, o primeiro de Silval Barbosa diante do Governo de Mato Grosso por força do voto popular.

Da primeira vez o fez por acordo e não por legitimidade eleitoral, considerado o fato de que os vices, no Brasil não são votados; pegam carona.

Idem os suplentes de senadores o que, convenhamos, precisaria ser modificado a bem da própria democracia que se embasa ou diz que o faz, sobre as vontades, as necessidades e as prioridades do povo, o qual deveria poder opinar, de verdade e não de brincadeirinha, sobre a maneira de escolher os seus representantes nas diversas instâncias governamentais.

Sem entrar no mérito e buscar saber quais as categorias de servidores públicos estaduais manifestam vontade de ir à greve, me parece sensata a manifestação de opiniões sobre uma, em particular: a dos professores estaduais.

Vi na internet uma manchete onde o editor informa que no programa do Jô teria surgido a seguinte frase: “O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!”

Desconheço o nível de escolaridade de Sua Excelência o governador de Mato Grosso, mas, no lugar dele, agora que tem legitimidade, condições políticas, autoridade e poder, eu haveria de valorizar os professores, esses verdadeiros heróis do mal:

- Mal remunerados,
- mal compreendidos,
- mal assistidos,
- mal formados,
- mal capacitados,
- mal considerados,
- mal vistos pelos governantes, fritos e...
- Mal pagos.

É vergonhoso para qualquer país, ver – internamente às suas fronteiras - a categoria responsável pela formação da juventude, do amanhã e, portanto, da historia, tão depreciado quanto têm sido no Brasil os nossos mestres!

Culpa de quem? Da própria história que permitiu a degradação da escola que preparou mal o aluno que virou professor e sofreu o desencanto de ver-se comparado a trabalhadores sem nenhuma formação escolar, em país como o nosso, que surge com destaque dentre os chamados “emergentes”, mas guarda entranhas tisnadas pela vergonha de ter uma população “instruída” por uma classe que, não obstante laboriosa, necessária e insubstituível, tem conseguido mal e porcamente sobreviver a partir dos seus parcos proventos profissionais.

Monteiro Lobato dizia que "um país se faz com homens e livros"; grande verdade!

Mas, de que adiantam os livros em um país onde poucos sabem pra que servem eles, pouquíssimos sabem ler e entender o que lêem, onde ainda há quem – no próprio governo! – ache que se houver fome “nós pega o peixe”? De que adiantam os livros onde muitos professores não ganham o bastante para o próprio sustento e ao de sua família, que fará para adquiri-los e formar um necessário acervo para consulta e aperfeiçoamento?

A greve é grave porque de repente é a única ferramenta que sobra nas mãos de quem deveria usar apenas a importância do saber, para convencer governos e governantes. A greve é grave porque não seria de imaginá-la necessária no setor “educação”; aqui ou em qualquer lugar do mundo onde os governantes tenham consciência sobre o fato de que estão onde estão só porque um dia tiveram a oportunidade de estudar; e que poderiam ter chegado muito além, se houvessem tido a oportunidade de estudar mais, de se instruir mais, de aprender mais, de compreender mais e, assim, consciente, responsável e racionalmente, ter responsabilidades maiores em relação ao povo – ou as porções dele – que governam ou fazem governar.

Tivesse eu a oportunidade de estar no governo de Mato Grosso, no lugar de Sua Excelência o Governador Silval Barbosa, apenas o tempo suficiente para tomar uma única medida governamental, eu tomaria esta: Transformaria a classe dos professores, estaduais e de todos os municípios do Estado, na mais importante, melhor assistida e mais honrada categoria de servidores. Não por ser um governador apenas bondoso, mas porque estaria buscando ser um governador justo e coerente com as necessidades do meu tempo.

Os conselheiros são bons e necessários, porque um mandatário não tem obrigação de conhecer sobre todos os campos da atividade humana, mas em momentos de crise aplaudem o supérfluo, desde que possam levar alguma vantagem no aplauso, em lugar de auxiliarem o mandatário a tomar medidas de cunho social, patriótico, indispensáveis e inadiáveis.

Perdem, os governantes, as imensas oportunidades que têm, de transformar os tempos de seus governos, em tempos de ganho social, de valorização do que realmente tem valor, de mudar práticas pequenas, de escrever história nova e de incluir nela os seus nomes como grandes benfeitores do país e do povo.

Perde o povo, com os governantes que perdem tais oportunidades, a oportunidade de crescer e evoluir, de se instruir e, assim, contribuir decisiva, responsável e competentemente com o seu tempo e o com tempo daqueles que os sucederão. A história passa pela janela e tudo se passa como se houvesse sido congelada e impedida de seguir.

Governador Silval Barbosa:

Não sou professor. Mas aprendi a ler e a escrever, graças ao empenho, à dedicação, à competência e ao desvelo que tiveram eles, os meus professores, ao me ensinarem cada letra; por isso sei quão importantes são. Valorize-os, Senhor Governador; e a história, genuflexa, vos renderá merecidas homenagens! Vosso período de governo chegará ao fim, mas a juventude não pára de existir e o Brasil precisará dela, sempre!

...




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