Frequentemente se fazem pesquisas sobre o modelo existencial do ser humano nos dias atuais. Na maior parte do resultado desses estudos, o percentual de depressão verificado tem uma curva ascendente.

Sempre que vejo tais números, fico pensando de onde vem esse vazio existencial, essa tristeza toda? Terá relação com uma possível insatisfação profissional?

Problemas amorosos e familiares também costumam contribuir para o aumento desses transtornos de instabilidade e de infelicidade, como costumo chamar tais dilemas.

Independentemente dos motivos causadores, verifica-se um sofrimento real, presente e latente, que, cada vez mais, desestabiliza a vida das pessoas, levando-as para um mundo paralelo, hostil e solitário. Acometidas pela solidão ou pela depressão, ou as duas coisas, as pessoas diminuem a capacidade de olhar a vida com a tolerância que ela nos exige. Ao não enxergar em nossa existência o lado bom, nos concentramos apenas nas mazelas do dia a dia.

Então, mais uma vez eu me pergunto: o que nós podemos fazer para proporcionar a essas pessoas algum conforto? Lembrá-las que são importantes e queridas?

Todos nós precisamos de atenção e cuidados. Uma conversa, uma mensagem de carinho. Preocupação, gentileza, respeito e solidariedade. Muitas são as formas de colocar essas ações em prática e ajudar ao próximo.

A internet é uma excelente ferramenta para ajudar a aplacar a tristeza. Muitos desconfiam de sua importância e até mesmo de sua capacidade de comunicação, mas venho observando que, para algumas pessoas, os momentos on-line são um dos poucos de alegria e de bem-estar.

Às vezes, uma mensagem recebida transforma o dia de uma pessoa. Acalma a alma, ajudar a superar as adversidades e os problemas cotidianos. Acredito que precisamos cultivar sensações como essas. Temos de ambicionar viver bem.

Desejo que seus sonhos sejam realizados e seus problemas, minimizados, para que você cumpra o seu destino com altivez, paz interior e esperança.

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Kamil Hussein Fares é médico em Cuiabá/MT

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