Desconexa, muitas vezes, muitas vezes quase sem sentido, a história do Brasil que - embora o habitando - apenas pensamos conhecer, mostra-se significativamente diferente, cativante e bonita quando, pela pena plena de sábios compatriotas acessamos relatos de luz que nos remetem a um tempo esquecido e nos escancaram a atenção que então nos estimula a conhecê-la.

Nivaldo Krüger, um dos mais dignos e honrados brasileiros, dentre tantos ilustres que conheço, saído dos Campos de Guarapuava, no Paraná, para ganhar o respeito e a admiração de toda a gente, contrariando a prática em voga - não sabemos desde quando, mas certamente desde há muito – constrói caminhos na política nacional que o tornam admirável entre aqueles pouquíssimos que, como ele, cruzam incólumes as coxilhas da tentação e da vilania, para pisar firme as pradarias da história limpa, onde seus feitos são escola e seus contos contam coisas até então nunca contadas.

É dele a autoria da belíssima composição literária que leva ao acervo brasileiro de grandes obras, a história do “Lendário Vale das Utopias do Rio Ivaí, e a Formação do Brasil Meridional”.

Ajuntando registros avulsos esparramados em jornais antigos, velhos manuscritos esquecidos em escaninhos das mais diversas bibliotecas e em fontes até inusitadas, aparentando estarem banhadas pelo acaso e só por ele preservadas, o autor recompõe fatos indescritivelmente ricos, de uma história majestosa em todos os detalhes, colorida em todas as páginas e brasileira em todas as cores, que de outro modo talvez permanecesse perdida para sempre.

“A saga dos guaranis, jesuítas e bandeirantes no sul do Brasil, ante os interesses conflitantes das coroas ibéricas, até o seu trágico desfecho no século XVIII, processou no meu espírito, nos últimos anos, uma espécie de obsessão inquietante. Um sentimento de obrigação de trazer à tona aqueles dramáticos acontecimentos, encobertos pela poeira dos tempos, de uma forma que me parecia mais abrangente e, sobretudo, mais compreensível aos contemporâneos”.

Movido por esse sentimento é que Nivaldo Krüger nos brinda – e ao povo brasileiro, às comunidades estudantis de todos os níveis e aos países a cuja história a nossa está linkada por importantes sequências genéticas - com este livro de extraordinária composição literária, gráfica, ilustrativa e de conteúdo. O que – registremos – só foi possível graças aos benefícios da Lei Rouanet [Lei nº 8.313/91], esse tão necessário e indispensável dispositivo governamental de incentivo e apoio, que permite às empresas interessadas em patrocinar e promover arte e cultura, no Brasil, investimento de até 4% do seu imposto de renda anual, nesse segmento.

“Esta terra tem dono!”

Não é o grito de nenhum grupo de estudantes em manifestação de protesto contra ingerências de qualquer ordem, senão o brado do grande cacique Guairacá, conhecido como “o Lobo dos Campos e das Águas”, figura de extrema importância na pré-história do Brasil colonial, líder de cerca de 200 mil índios, de 12 tribos Guaranis, em desafio à invasão de conquistadores castelhanos, contra os quais lutou bravamente até a morte.

São 500 anos de história nua, mostrada sem pudor e sem disfarces, por este literato, político e administrador público que ao longo de sua vida tem emprestado – insistentemente – seus melhores labores ao Brasil e à sua gente.

Revelações inéditas sobre fatos históricos que a própria história parece desconhecer, são trazidas a lume com toda a vitalidade vernacular e toda a fluidez literária de Nivaldo Krüger, neste magnífico trabalho presentemente disponibilizado ao público brasileiro.

Do lendário Ivaí - o Vale das Utopias - à República Teocrática, fundada no Paraná pelos Jesuítas, o grito de Guairacá chega aos nossos dias ecoando alto e bom som na alma brasileira, conforme brilhantemente narrado nas 336 páginas de pura emoção da obra em apreço: “Esta terra tem dono”!

Riquíssima fonte de informações para pesquisadores, historiadores, professores de história e de literatura brasileira, estudantes e leitores amantes da boa literatura histórica, “A Primeira República das Américas” pode ser adquirida através de informações obtidas diretamente do autor: nivaldokruger@bol.com.br.

Em ato de reconhecimento à importância da obra, “A Primeira República das Américas” estará sendo lançada em Curitiba, neste dia 14 de maio de 2012, às 15:00 horas, em Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Paraná.

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*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro.

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