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TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes
Não por desforra
21/12/2012
Não consigo compreender o que é que leva um grupo de pessoas ilustres, ao culto da estultícia, da indecência, da imoralidade pública, da mentira, da desfaçatez e da ignomínia; sinceramente!
Há uma tropilha de figurões da política nacional que acabam de receber na testa o carimbo de... “CONDENADO PELO STF”.
No verso dessa fotografia - que deveria envergonhar mas nem à custa do tal carimbo envergonha - escaninhos cuidadosamente camuflados, escondem nomes e mais nomes de outras desbotadas figuras emparceiradas na sanha de negar o inegável: evidências de dolosas ações que levaram a Nação Brasileira às mais inusitadas e inacreditáveis situações, como por exemplo a chegada à mídia, da senhora Rosemary e seus bebês, as declarações de Marcos Valério, o caixa forte do mensalão, de que teria pago altíssimas somas em benefício de Lula, à época Presidente do Brasil - o que é mais do que muito gravíssimo e exige um posicionamento à altura, das altas esferas do Poder Constituído brasileiro - a insurgência de Marco Maia (PT), Presidente da Câmara dos Deputados, contra decisões do Supremo Tribunal Federal, o que não é menos grave do que Lula haver sido beneficiado a mancheias pelas ações dos mensaleiros, se é que o foi e isso precisa ser rigorosamente apurado, e coisas outras, tão medonhas quanto.
O Brasil não entende por que Marco Aurelio Spall Maia, gaúcho de Canoas, também torneiro mecânico, metalúrgico e político, assim como Lula a quem defende soberbamente e de forma quase infantil e, sendo o segundo dessa categoria profissional a chegar à Presidência da República – inda que interinamente e por força de dispositivo Constitucional - esquecendo-se de que é contra o Supremo Tribunal Federal do Brasil que se insurge, quando afirma que não acatará as decisões daquela Corte de Justiça, no tocante à perda imediata de mandatos dos deputados mensaleiros lá recentemente condenados, continue nessa posição de extrema arrogância, quando pouco tempo lhe resta à na Presidência daquela Casa Legislativa.
Ou será que – como Lula – também se imagina acima do bem e do mal? Será uma síndrome ainda não catalogada pela medicina geral; ou pela psiquiatria?!
Talvez seja porque ele, Maia, e de resto significativas porções políticas, imaginem que Lula, o torneiro mecânico mais ilustre a ganhar as manchetes da mídia internacional nos últimos anos, seja quem segura a trava que trava o cadafalso e os mantém a todos - hipoteticamente, claro! – no imaginário “topo” da plataforma político-partidária nacional, pelo menos por enquanto.
Quem sabe seja porque Zé Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha “et caterva” condenada, sejam todo o referencial de liderança que essa gente ainda enxerga como bom, poderoso e válido.
Talvez ainda seja porque a marcha vampiresca tenha dado certo até aonde tenham podido sugar as forças do erário e do bom nome do Brasil.
Talvez seja por medida de segurança, já que, ao que parece, há rabos e mãos e rabos em mãos que seguram rabos.
Mas, hoje que se arrastam pela mesma estrada onde garbosamente desfilaram até há pouco, é bem possível que gritem “é mentira!”, como um último e desesperado estremecer de moribundos políticos, que em verdade o são.
De todo modo é inaceitável que o Estado de Direito seja ameaçado por ações tão sombrias, surgidas do corporativismo político, que embaça o brilho da democracia e tenta alavancar tamanhos e tão nocivos desvios de conduta de grupos incorrigíveis, em detrimento de direitos de toda a gente. Perde o Brasil e perde a história!
Lula não é mais o Presidente do Brasil, e mesmo que o fosse não estaria fora do alcance da lei que, como mandatário da Nação, lhe coube zelar. O que os canais competentes, como a Procuradoria Geral da República, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e órgãos afins têm investigado, descoberto, documentado e denunciado, já é mais do que suficiente para que tudo seja devidamente compilado, questionado, julgado e sentenciado. Não como - ou por – desejo ou sentimento de desforra, porque não disputamos lugares com a indecência; mas porque a Constituição da República Federativa do Brasil - que coincidentemente é o nosso País - diz que “todos somos rigorosamente iguais perante ela”.
Perguntemos, portanto: até quando os condenados mensaleiros “et malta”, continuarão esbravejando pelos corredores palacianos e por onde mais queiram, impropérios, acusações e desacatos à ordem, à lei e aos bons exemplos?
Aos tempos do antigo Egito de Ramsés III [1198 a 1176 a.C.] essa turma toda já teria sido emparedada a bem da cidadania, da ética na política e da moralidade pública.
Mas aqui é Brasil; tudo bem, somos pacíficos, cidadãos e ordeiros, e compreendemos tudo isso como coisas que denotam níveis evolutivos diferentes entre pessoas de mesma classe social, econômica ou política.
Nem por isso, no entanto, vamos aplaudir o que contraria as mínimas exigências de cidadania e bem viver.
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Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro
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