TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

A quem logo navegará
29/12/2012

Nos estertores de mais um ano, já é possível perceber a pulsação de 2013 que chega carregado de esperanças e bons augúrios.

O Brasil e seus municípios confederados, que renascem inaugurando realidades, exultam ante o horizonte que se descortina adiante, onde os sonhos aguardam com faixas e cartazes de boas vindas, a fé e a responsabilidade que pra lá navegam conduzindo plêiades de sentimentos positivos, parte integrante do momento político que entra pelos portais da história e, ainda meio sem jeito, acena com certo acanhamento ao incrédulo cenário que escancara as marcas por aqui deixadas pelo pisoteio de tempos não tão distantes.

No cais, por onde embarcam os sequazes, não falta quem esfregue as mãos em gesto de extrema preocupação com o curso dessa onda nova, que em sua crista leva os fatos que ofertará, sem precedentes, ao povo que elege, grita e espera.

Que não haja nem só pão e nem muito circo, é a grita de quantos ainda não distinguem a transmutação que se processa no interior da crisálida. Que não haja nem só promessa e nem muita espera, é o sonho de quantos confiam, embora ainda desconfiando. Como diz Platão, “quem jamais saiu do fundo da caverna não é capaz de imaginar que lá fora haja dia claro”.

Do mesmo modo, o melhor dentre todos os marujos não será capaz de comandar o barco, que é muito mais do que içar velas e afrouxar cordame. Se é apenas um cumpridor de ordens, não será capaz de dá-las competentemente, e nisto o Rei há que estar atento.

Frota comprometida não deve fazer-se ao mar sem uma boa inspeção, sem comando adequado, tripulação capaz, combustível e víveres. Um barco fazendo água pode atrasar a viagem e comprometer a armada; se há influxos, estes têm que ser contidos antes da largada.

Nem o Rei e seu Primeiro Ministro, nem comandantes e chefes de esquadra estarão fora do alcance de farpas, petardos e dardos, porque o mar é bravio e há sinais de motim e rebeldia. A bússola, só, é incapaz de garantir o rumo; mas junto com um bom leme.

Feliz viaaaaaaaagem, Majestades!

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*Arquimedes Estrázulas Pires é só um cidadão brasileiro