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TEMA LIVRE : Ronaldo de Castro

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COITADO DO BOI
05/05/2001- Ronaldo de Castro*

Pessoas há cujos conhecimentos profundos extrapolam de muito os próprios saberes no campo profissional e, tamanha a simplicidade que lhes exorna o caráter, só emergem em ocasiões especiais por absoluta necessidade.

Foi o ocorrido, para estupefação da “intelligentsia” internacional, na sessão do Senado durante a votação e aprovação do empréstimo ao Programa de Desenvolvimento Sustentado do Pantanal Mato-Grossense, vulgo BID-Pantanal, quando o senador esperto A.P.B. Neto terminou proporcionando, sem pré-intenção, valiosa contribuição cien-tífica à pecuária mundial ao revelar a descoberta de que o hierático boi, cujo cadáver é utilizado de habitual na alimentação dos animais racionais, desempenha enquanto vivo a insuspeitada função social de bombeiro congênito, sem curso de especialização e fora dos quadros da Polícia Militar.

Revelando preocupado com o pecuarista da região, a quem reivindicou juros mais baixos nos financiamentos do Fundo do Centro Oeste (FCO), o senador esperto asseverou que o honorável boi (não o homem pantaneiro comum nem o pecuarista) “é um elemento imprescindível na preservação do ecossistema, atuando como verdadeiro bombeiro da região.

Sem o boi, afirmou, os incêndios seriam constantes e impossíveis de combater. E explicou: o Pantanal caracte-riza-se por grande formação de massa seca de fácil combustão, e o boi é neccssário para comê-la” (JORNAL DO SENADO, n° 1.269, de 3 de abril de 2.001, pág.4).

Ora, o senador esperto A.P.B. Neto talvez quis resumir o processo natural de preservação ambiental e por isso não desceu à explicação de que o Pantanal é uma das maiores bacias hidrográficas do planeta, com gigantesca extensão de “massa verde” (capim e ma-to em geral) e o soleníssimo boi, nessa história, quanto mais a come reduz a possibilidade de formação de massa seca”, transformada por antecipação em bosta ou adubo orgânico.

Mas já seria exigir demais esperar-se que, no Senado, entendessem de bosta. E o senador esperto e, na origem, apenas mais um radialista por vocação, formação e profissão, portanto sem penetração maior no círculo ou orifício mais íntimo da escatologia tucana no Planalto.

0 que interessa, ao fim e ao cabo, é que os pecuaristas do Pantanal devem estar agradecidos ao senador esperto. Não o conspícuo boi, é claro, dada a condenação gratuita à ingestão de “massa seca”.

Em tempo: já que o senador esperto se sensibilizou com a pecuária, não custa lembrar vem a palavra do étimo latino pecus, gado, que por sinal também deu origem ao termo peculato. Simples comentário.

Ainda em tempo: o BID-Pantanal vem para preservar a formação de “massa verde”, não da “seca”.

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